domingo, 4 de outubro de 2020

VENENO "SILENCIOSO"

 

Suporto mais, que me espicaces com a pureza de uma verdade,

do que tentes iludir-me com a intransparência de uma mentira.

(A. Figueiredo)

 

VENENO “SILENCIOSO”


Não será bem “silente”, porém esparrinhado em impercetível surdina, por aqueles para quem o trabalho não azeda e consagram o seu tempo de lazer para fazerem uns ajustes intencionalmente mal calculados, na fatiota do seu semelhante, quando este não está presente, cerceando deste modo a sua contestação, se fosse caso disso.

É nas esquinas, nos caminhos, encostados às ombreiras das portas, debruçadas sobre o muro, nos tanques de lavagem, nas mercearias de bairro, nas tascas da santa terrinha e fora dela, ou nos considerados “elegantes” cafés, nos adros das igrejas, nos mortórios, e até no espaço dos campos-santos, onde os falecidos, por deficiência auditiva definitiva e eterna, são completamente moucos.

É neste pegajoso venêno lingual com o sabor a maldade, contudo, sem fundamentos de verdade, que germina e cresce o boato. Estou convicto de que todo o povo sabe o que é um boato. Mas, por via das dúvidas, faço questão de esclarecer: é um zumzum informativo incógnito, que, muito embora sejam desconhecidos os seus progenitores, é propagado por pessoas que também desconhecem os seus ascendentes, com o firme intuito de prejudicar o seu semelhante. É, é verdade.

A natureza do boato reside no desvio inicial de uma verdade suportada por uma realidade aparente, que se fundamenta numa mentira deliberadamente pensada por criaturas de má-índole.

Esta peçonha que tem a faculdade de fazer “badalar” muitas línguas “bífidas”, passa de boca em boca, espalha-se com velocidade alucinante a coberto de esfarrapadas desculpas, tais como, “diz que disse, ouvi dizer ou dizem p’raí”, e, num ápice atinge a idade adulta. O seu acelerado crescimento deve-se à mama que o alimenta, chamada fantasia plebeia, cujo úbere é descomunal magnitude. Esta maléfica peçonha, que reflecte os pensamentos tendenciosos de alguns seres humanos, com recurso a uma particularidade que é o orgasmo da língua. Esta só pára e relaxa, após haver difundido a polémica novidade há algum tempo em maquinação.

O boato, é a ferramenta preferida dos pobres de espírito, dos fracassados e dos insatisfeitos, que a usam, como uma moeda atirada ao ar, para deturpar a realidade, porque aqui só há duas condicionantes; ser verdade ou ser mentira.

Este venêno “mudo”, para aqueles não se encontrem imunizados, pode causar-lhes graves danos psicológicos e até físicos. Porque ele é aproveitado para a deformação da verdade, entronizando em seu lugar a autenticidade da impostura.

O vírus da alcovitice corre tão depressa, que quando a verdade consegue fazer a sua triunfal emersão (quando consegue) e se apresenta como facto indesmentível, já ele deixou para atrás de si um descomunal e tentacular rasto de destruição diversificada.

Desconhece-se, no entanto, o antídoto contra essa peste lingual, que tem vindo apavorar meio mundo.

CUIDADO.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 04/10/2020

http://antoniofsilva.blogspot.com/

 

 

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

A...

 

A

Pois… há muito disto a “passarinhar” em Portugal. O crime, e a inquietação estão a minar a sociedade portuguesa e não noto que o Governo tenha feito algo para refrear isto.

Quando nada mais existe na caixa-dos pirolitos do que reles escórias de má formação cívica, ela (a merda), se não escorre pelos canais auditivos, faz destacar a sua presença através do seu odor fétido, onde é suposto vicejar uma prometedora incapacidade mental. “O gesto é tudo”.

 Esta moléstia tem vindo a invadir a abóbora de muitos que amanhã poderão vir a ser alguém de “destaque”, se não mais, pelas piores razões,  perante os alienados propósitos soezes e anárquicos que fazem questão de, com aparvalhada e excêntrica “valentia”, provocar o seu alastramento pelo lavradio comunitário - porém inculto - onde devia germinar a paz social, a estabilidade e o respeito.

Ai, se não há princípio que justice a depredação provocada pela “merda” que por aí vagueia, escorregaremos nela e seremos asfixiados por ela, podem ter a certeza.

 Isto é previsível, se o aguilhão da regra não lhes fizer chegar o cu à relha.

Sempre fui amigo de “passarada”. Mas aquela, que com características acéfalas, pretende esvaziar o corrimento fétido que lhe atafulha a caixa craniana, em riba da minha cachola, não lhes perdoarei a minha chumbadazinha – e se pudesse, usava zagalotes.

Não olho à espécie da “passarada”; tanto faz ter a “penugem” curta como comprida, ou até em forma de ninho de cegonha; o que desejo é que ela não propague a merdice que a ela está grudada.

Há que pôr termo aos abusos diarreicos não contidos, por falta de educação.

PORRA! ISTO ASSIM, NÃO DEVE CONTINUAR.

 António Figueiredo e Silva

Coimbra, 02/10/2020

http://antoniofsilva.blogspot.com/