quarta-feira, 27 de novembro de 2013

ESTOU FARTO (Carta aberta ao Primeiro- ministro de Portugal)



Para que os portugueses não esqueçam. Esta foi a carta
aberta a José Sócrates, na altura Primeiro-ministro,
enviada para diversos periódicos. Para que, quem não
a leu, possa ainda ver a sua realidade actual, porém,
com uma expansão tenebrosa das mazelas apontadas,
adidas a outras, pela má gerência, da já péssima
herança deixada. E esta, ham?!
(Só tive o trabalho de actualizar a minha
 idade e mudar o nome do visado).
f

ESTOU FARTO!
(Carta aberta ao primeiro-ministro)


É verdade!... Exmo. Sr. Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
É tão verdadinha como eu ter sessenta e nove anos de duração neste odre de maus ventos que Zeus arrebentou.
Queira V. Exa. permitir que eu desarrolhe o batoque que me oprime, analise as palavras que vão pingando em forma da chuva miudinha provenientes de um céu cinzento de mal-estar onde me encontro e faça delas as cogitações de uma grande parte dos portugueses, principalmente os mais desfavorecidos socialmente; no trabalho, na reforma, no ensino, na saúde na segurança e na justiça.
Compreenda V. Exa. que a democracia não é somente deixar os cães raivosos (como eu e tantos outros) ladrarem e a caravana continuar o seu andamento, não uniforme mas aos tropeções, sem ligar patavina às balcadas que lhe aparecem, contudo, sempre incólume às responsabilidades que lhe são intrínsecas.
A meu ver, a democracia contempla a permissão de dar às pessoas o direito de poderem expor os seus pareceres e manifestarem a sua indignação, isto é, sem ultrapassarem as fasquias da moral e a falta de educação, em cujas linhas já não entro.
Se essa permissão me é devida, deixe-me a V. Exa. dizer: estou tão fartinho disto, que se a minha idade fosse outra, já eu teria zarpado para lugar desigual, quiçá mais organizado, política, económica e socialmente.
Não sou estadista, não tenho poder de oratória, sou medíocre na prosa, uma autêntica “besta” a analisar, como vai ter oportunidade de aferir, mas vou tentar justificar o que atrás acabei de mencionar, para que quando o Sr. Primeiro-ministro tiver uns minutos de lazer, nem que seja na casa de banho comodamente sentado, nesse momento de suma meditação possa ler e reflectir sobre quão difícil está a ser a vivência em Portugal e os pesadelos que estão esmagando a nossa sociedade, outrora mais harmoniosa, mais equilibrada e medianamente próspera, características que actualmente se encontram em franco declínio. Disso eu não tenho a mínima incerteza.
E plagiando a maneira que caracteriza V. Exa. quando entende que deve justificar alguma tomada de posição boa ou má, mas sempre justificável, vou encetar dessa forma e levar-lhe ao conhecimento, o que provavelmente não lhe será sobejamente alheio – é só para lembrar.
Primeiro: politicamente somos bons demais para nós, atendendo, como é evidente, ao verdadeiro significado da palavra político, sendo essa a razão mais indiscutível para não sairmos da cepa torta.
Segundo: já não falo de emprego, privilégio que não é extensivo a todos, contudo por muitos desejado, mas menciono o trabalho, que apesar de muitos dele dependerem, ele tem escorregado como enguias lodosas das mãos de muitos portugueses, que agora se vêem em palpos-de-aranha para fazer face à manutenção familiar, onde muita larica existe a coberto de uma pobreza envergonhada, alguma dela estampada nos semblantes tristes das pessoas, ou rabiscada, se houver algum crédito caucionado por haveres, nos cepos de velhas mercearias, agora soberbamente apelidadas de minimercados
Terceiro: a protecção social tem-se escavacado em desenfreado galope chicoteada a golpes de falta de senso; apesar do aumento das reformas ser parco em relação ao acréscimo do custo de vida, ainda os reformados são contemplados com o pagamento de impostos, aumentos nas taxas moderadoras e até nas comparticipações medicamentosas.
Quarto: o ensino que temos não prima pela qualidade e a sua eficiência é deficiente. Tão deficiente, que a qualquer calhau pode ser ilibado o saber, sem contudo deixar de obrigatoriamente concluir os seus “estudos” obrigatórios.
É frequente e degradante, alunos não respeitarem os professores, figuras essas que deviam ser prestigiadas porque lhes cabe a difícil tarefa de transmitir o conhecimento, a partir do qual se constrói um país e uma sociedade equilibrados. Quero frisar que somente me refiro àqueles que sabem ser professores, excluindo assim, muita escória que com os verdadeiros se mistura.
Quinto: a saúde!... A saudezinha! Essa, desgraçadamente tem andado doente, cambaleando pelos córregos da amargura. Em consequência dessa maleita, ela amargamente tem provocado bastantes enxaquecas em muitas cabeças, com mais incidência naquelas que estão a subir para o patamar da senilidade e coroam corpos combalidos por artroses, artrites reumatóides, arterioscleroses, Parkinson/s, AVC/s, enfartes cardiovasculares e mais um sem número de mazelas. Já não falo em Alzheimer/s porque essas, coitadas, até esquecem tudo - é mau, mas talvez estas vivam um mundo melhor, voando no abstraccionismo gerado pela endemia!... Não sei?!
Sexto: a nossa segurança, face ao avanço do banditismo paralelamente à flacidez da lei e à hibernação compulsiva do casse tete, juiz da mão direita que para quem não era canhoto, aliviava muitos processos que agora entopem os tribunais, cada vez está pior e não me admiro nada que uma pessoa ordeira, amanhã não possa ocupar o lugar do bandido ou do injusto, por ter feito justiça pelas suas próprias mãos.
Sétimo: apesar dos impostos subirem, de ser promovida contenção na despesa pública, accionados despedimentos onde existiam contractos precários, de serem aplicadas medidas de “austeridade” por tudo quanto é canto, o nosso poder de compra não tem aumentado e quanto aos direitos adquiridos, a muitos retirados, a sua reposição é uma miragem e isto não anda p’rá frente!?… Então o que se passará, Sr. Primeiro-ministro?
De mim já não quero que haja compaixão, pois certamente só me restará roer mais meia dúzia de côdeas!… Mas, e os outros?... Os desventurados do nosso país, que constituem uma mancha negra na faixa dourada das cabeças pobres em bom senso?
Queira colocar-se V Exa. no meu lugar, usar a minha visão, ainda que tolhida pelo estrabismo, ouvir o que dizem, mesmo sofrendo de mouquice, sentir o que eu sinto, mesmo com a sensibilidade endémica e reflicta se também não estaria farto.
Pois eu também estou! Estou empanturrado com a fartura.
Sr. Primeiro-ministro, venho pedir-lhe que concretize as magníficas propostas que formulou durante eleições, porque os portugueses vão ser como os santos; esperam mas certamente não irão perdoar!...
Atentamente


António Figueiredo e Silva
Coimbra, 29/11/2007
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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A FARSA APLICADA À POLÍTICA



"A ironia é o primeiro indício de que a
consciência se tornou consciente.
(Fernando Pessoa
)

A FARSA APLICADA À POLÍTICA


Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais caprichosos na conquista de posicionamentos com acentuada gibosidade e muito mais se a sua sobrevivência dessa valia depender.
No campo da política isso tem vindo a acontecer com bastante frequência, porque fora dela a mediocridade não dá frutos comestíveis para alimentar o corpo e a alma. Não dá status social e não dá impunidade para aqueles que cometem erros por negligência, por mera vontade própria ou por extrema jumentada. Daí que o campo político seja um manancial na fertilidade de incompetências cinzeladas, não exceptuando contudo que no meio de muita escória não existam grandes crânios com alta capacidade organizativa direccionada para uma boa governação, séria, rigorosa, equitativa e transparente.
Estes nunca dizem que têm vocação de poder; não dizem que vão fazer; não prometem para não faltarem à palavra. Limitam-se a dirigir ou a governar e vão fazendo aquilo que podem em função das circunstâncias existentes, sem disso fazerem alarde.
Quando aparece uma figura com “discursos” acirrados e demolidores, direccionados ao sorribamento da estabilidade, prometendo mundos e fundos e denotando extrema preocupação pelo nosso estado de vivência, o que ela pretende na realidade é atarraxar com segurança a sua sobrevivência à grande e à francesa, com os parafusos da boa-fé dos outros. Aliás, se repararmos, há pessoas que enchem páginas e páginas de papel com faladura, que no fim de perdermos um bom bocado a analisá-las, encontraremos apenas a repetição dum parlapié de onde não brotam ideias, e se algumas afloram, são desprovidas de qualquer essência aproveitável.
O embuste é comummente usado na política como sendo a cocaína do povo, que é tido como um meio para atingir um fim determinado: O PODER!
Assim dizia Mao Zedong: “aprenda com as massas e depois ensine-as”. E realmente ele deu grandes lições!... Só que eu não as desejo para mim.
Por isso eu digo: é extremamente necessário distinguir a farsa da realidade, se não seremos “ensinados” com aquilo que ensinámos… E “assinámos”.
Se não pararmos para reflectir, por um minuto que seja, se não nos aventurarmos a ver para além do couro cabeludo, se não soubermos ler nas entrelinhas, se não levarmos em conta atitudes e gestos insignificantes que muito nos podem dizer, se não empregarmos a nossa atenção na detecção das incoerências existentes em muitas prédicas… Aí, com as nossas “lições”, certamente que nos ensinarão e de que maneira!...
Politicamente o problema não está em saber qual é o melhor e qual é o pior, mas em saber dos males qual é o menor.
 Sei que na maior parte das vezes não se está como se deseja. Porém, é preferível estar assim-assim do que mudar para pior.
Temos que ter muito cuidado com os farsantes. Eles já deram início à sua entrada “triunfal” muito antes da victória, carpindo “copiosamente” a nossa sorte, colocando-se ao nosso lado, mas sempre do lado esquerdo, regendo a musicalidade da sua retórica sob a batuta virtual da transparência e do rigor e outras palavras agradáveis antecipadamente escolhidas, com as quais constroem a pauta musical da farsa “estadística”, com a qual, se subirem ao corêto, nos hão-de dar cabo das têmporas e do tímpanos, num xinfrim que só a falta de palavra e o autoritarismo deles, consegue fazer-nos admitir a realidade que não ansiávamos.


António Figueiredo e Silva
Coimbra, 27/02/2008
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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

AO MEU AMIGO ZÉ



AO MEU AMIGO ZÉ (VII)


Quando o direito de morrer sem sofrimento não é autorizado pela vontade expressa do enfermo no gozo pleno das suas faculdades mentais, este converter-se numa forma de assassinato […].
É certo que existem formas diversas […] que não deixam de justificar a volatilização da vida humana sem a sua autorização atestada […].
Entre […] desmaiadas opiniões falaciosas, a nata pútrida […] que se tem por ser constituída por pessoas de bem, está apostada em roubar-nos a existência sem o nosso beneplácito […] onde as doutrinas são distorcidas com a ajuda do calor da ambição atiçado pelo sopro protector da impunidade.

(Retirado de uma crónica que há muito tempo escrevi, denominada EUTANÁSI A.
                                                                                                           
Olha Zé, poderia ter começado de uma forma mais linear, porém optei por iniciar esta escrituração com uns farrapos retirados de uma antiga crónica minha, infelizmente ainda actual, que pressuponho, deves ter lido; se o não fizeste ainda tens possibilidade disso, através do meu blog.
Como sempre, espero que estejas bem e lúcido; se não mais, o suficiente para compreenderes o que muitos acanudados não entendem, nem à marretada, cuja causa provável mais não será do que estupidez empedernida e falta de formação cívica.
Bem, tu, na teoria, podes considerar-te fora da epidemia porque estás bem servido pela calvície, mas na prática, apanhas tanto como eu no cabeçote, conquanto que ainda me restem alguns folículos capilares a frutificar.
Para que não sobrecarregues mais os teus neurónios com interrogações, que são agrestemente prejudiciais para os velhos como nós, sabias que fazemos parte de uma endemia nacional denominada “PESTE GRISALHA”?
Pelo menos foi o que “disse” um sr. de nome Carlos Peixôto, que, ao que parece, é deputado no nosso endémico parlamento.
Ó Zé, não fiques admirado com estas bacoradas, porque muitas mais e com idêntica desfaçatez surgirão… vais ver!
Não sei se é do teu conhecimento, mas os grisalhos da peste e não só, encharcados por uma turbulência raivosa caíram-lhe em cima, com os vocábulos mais jocosos, zombeteiros, gozativos e cáusticos, afincados nos mais elogiosos epítetos à sua sêmola intelectual, provavelmente pulverizada em excesso por fungos de auto-estima, onde os velhotes podem profetizar um verdadeiro déspota em germinação.
Mas sabes mais, ao que parece esse referido sr., depois de ter dito o que disse, ainda ficou bastante colérico e indignado, com as críticas dos elementos da PESTE GRISALHA e seus apoiantes, e ao que parece, “jurou dar-lhes caça”.
Ó Zé, vamos lá a ver se a escopêta encrava, senão os visados serão “retalhados” na praça pública à sua semelhança. De qualquer de maneira, é sempre bom ficares a saber, porque, se tiver que ser erradicada a PESTE GRISALHA como implacável maleita contaminadora da sociedade portuguesa sadia, esse sr., se puder, será certamente um dos verdugos intervenientes no seu desaparecimento coercivo, utilizando talvez o método hitleriano da eutanásia compulsiva e aplicando a sistema biológico da semente, que só germina quando encontra as circunstâncias oportunas para o efeito.
E para teu melhor esclarecimento, o sr. em causa, chama-se: António Carlos  Sousa Gomes da Silva Peixôto.
Porque a imunidade não é generalizada, nem podia ser, faço questão em levar-te este incidente ao teu conhecimento para, no caso de me suceder alguma coisa de “bom” tu poderes esgrimir em minha defesa, ok?
Se não bater a caçolêta, como muitos desejariam, mais tarde dar-te-ei notícias minhas, perante as quais se calhar vais ficar meio zonzo.
Um grande abraço e até breve.

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 21/11/2013

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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O EGOCENTRISMO DE UM POVO



O EGOCENTRISMO DE UM POVO…

…Infectado por um complexo de superioridade insalubre.
Quero salvaguardar, desde já, a imagem de D. Filipa de Lencastre que não tem nada a ver com o assunto; contudo, a maneira de estar dos ingleses perante o mundo, principalmente perante os portugueses, deixa muito a desejar.
Antes de continuar a prosar sobre esse “nobilíssimo” povo, muito gostaria eu de saber em que é que ele nos beneficiou até hoje. Naturalmente que muitos irão objectar sobre que bicho me mordeu para começar desta maneira tão contundente e sarcástica. É fácil?! O sarcasmo é a virtude genética que possuo e com a qual ataco aqueles a quem o demérito marca pelas punhaladas traiçoeiras que vão dando na sociedade incauta ou adormecida; a contundência é para mim a arte mais nobre de ataque frontal, pois sou avesso à subtileza – a diplomacia, deixo-a para os diplomatas. Isto é, não sei dizer coisas desagradáveis, agradavelmente, porque as pessoas podem fingir-se de estúpidas e fazer que não compreendem, porque não lhes convém, por isso, procuro ser duro, claro e directo, permitindo com esta postura a contestação e defesa a quem de direito, em refutação às minhas equações opinativas, porquanto eu não me considero detentor da absolutez da razão. No entanto procuro sempre firmar o que escrevo suportado por factos indubiamente abalizados.
Ainda não consegui e talvez nunca venha a conseguir digerir a teimosia maleitosa de que a comunicação social britânica se remediou, para denegrir a aura de comprovada competência da nossa Polícia Judiciária, como se os ingleses fossem o néctar da sapiência, da competência e da infalibilidade.
Não, isto não é de modo algum uma revelação xenófoba, antes porém uma ostentação de desconforto raivoso pelas cínicas críticas que têm feito e que não deixam de meter nojo e revolta a quem se sente português; porque, que eu tenha conhecimento, ainda não foi provado cientificamente que a inteligência inglesa é mais refinada do que a portuguesa ou do que a de qualquer outro povo do mundo, por mais abascado que ele seja.
Para não falar dos outros, porque a defesa é pertença de cada um, a nós bem nos têm lixado ao longo dos tempos desde a subida do Mestre de Avis ao trono de Portugal.
É do meu conhecimento mais uma manifestação desta “amizade” histórica, no período que remonta às invasões francesas, onde os nossos “amigos” ingleses, depois de saques, violações e mortes com que marcaram a época, arremataram-na com a pena capital, por enforcamento, do Tenente-General Gomes Freire de Andrade, liberal democrata.
Se têm curiosidade em saber porquê, leiam, porque a história fala por si! Eu não sou historiador. Mas que eles deixaram uma fama pouco abonatória por estas bandas, deixaram.
Seguidamente e passados uns anitos, sem razão fundamentada a não ser a cobiça e o despotismo de sua majestade, enjambraram o celebérrimo Mapa-Cor-de-Rosa, donde brutou (é mesmo brutou!) ao estilo inglês, um fastidioso Ultimato que devido às politiquices, ainda hoje na moda, culminou na perda da área geográfica entre Angola e Moçambique e serviu de fermento para o regicídio na pessoa do Rei D. Carlos, consumado por Manuel José dos Reis da Silva Buíça.
Apareceram agora os iluminados media de Sua Majestade a denegrir a actuação da nossa Polícia Judiciária no caso dos Mac’Cann, - espero bem que lhes saia o tiro pela culatra - como se a polícia inglesa desvende todo o mistério que lhe aparece, à laia de Sherlock Holmes, fantasia ficcionista do escritor britânico Conan Doyle.
Para mim, este sentido de auto-imaculação faz-me assomar à face um sorriso cor de limão e efervescência encefálica co que o meu sistema periférico não consegue lidar.
Vejamos: entre muitas outras coisas, nunca souberam quem foi Jack o Estripador e, há bem pouco tempo, mataram um cidadão brasileiro por engano (?) depois de tê-lo andado a seguir, como sendo um terrorista; agora miseravelmente desculpam-se, alegando que não foi crime, mas equívoco.
Como!? -Pergunto eu. A polícia inglesa nunca se engana!?... Seria bom, não seria?
Além do mais, por todos os reveses que têm havido naquele Kingdom a nível político e social, acho que é tempo de eles deixarem de olhar somente para o seu próprio umbigo e convencerem-se de que não são povo com autoridade moral e precisão crítica suficientes para dar lições de vida ou satirizar seja quem for. E muito menos a Polícia Judiciária portuguesa que se desunhou com o triste caso, e até o próprio povo que tem pago todas as despesas que o erário público tem dizimado com este incidente, cujo preço não será certamente irrisório.
Acho mais conveniente os ingleses abandonarem a filosofia do must be e encaminharem pela de could be, se não será de toda a conveniência you had better hold your tongue.


António Figueiredo e Silva

Coimbra 24/10/2013