terça-feira, 21 de setembro de 2010

OS "EMPREGADOS" DA PULÍTICA


OS "EMPREGADOS”
DA PULÍTICA


Enxameando e zunindo à nossa volta, fazem de nós a escrava massa obreira de que precisam para a sua opípara sobrevivência e também para a continuidade da sua “monarquia” sem direito a coroa, usufruindo no entanto do poder ceptral.
Uns, filhos do pai e da mãe, outros só filhos do pai, alguns, apenas da mãe e outros sabe-se lá de quem, unem-se numa cerrada matilha e provocam uma canzoada tal, que destroçam a nossa orientação e a nossa condescendência.
Não são organizados por qualquer sindicato que promova a sua união; porém, não é duvidosa a existência de uma coesão entre eles, que dá origem a uma força tutelar entre si, criando para isso barreiras (legais) que lhes são favoráveis e não estão ao alcance de qualquer “palhaço”, por mais inteligente que seja.
No cosmos pulitiquista, lá vem um ou outro, sensato, lúcido e integro, mas mais tarde ou mais cedo se não é de determinação vincada, acaba por ser corrompido pela a moléstia da “cochonilha” materialista, cuja ânsia destrói a sensatez e semeia o terror dos povos onde ela se vulgariza, cujo sintoma central é o aperto da cilha com consequências desastrosas.
Até chegarem ao cume, Os “Empregados” da Pulítica, com “plangente sacrifício” – isso é que era bom! – como fiéis seguidores de Sísifo, carregam a sua pedra; entre sorrisos amarelos, beijocas com hálito cadavérico e empanturramentos gastronómicos sem fome, forçadamente sorridentes e cantando victória, quando a derrota não bate pela porta do cavalo, enfeitam o desfecho com uns ramalhêtes de locuções, expressões e propostas, que fazem dilatar os globos oculares dos “amblíopes” que os escutam de orelha afiada, fazendo-lhes germinar uma réstia de esperança sebastianista; só que, quando chegam ao topo, agarram o calhau de tal forma, que o raio da pedra não volta a rolar pela vertente abaixo. Concluem como os pegadores numa festa brava, onde só o animal tem valentia. Seguram o touro pelos cornos e nunca mais largam o pedregulho.
Aí, os “cegos” que os ouviram, que acreditaram nas suas propostas e que depositaram neles, ainda que longínqua, a esperança de uma “terra prometida”, maldizem de si próprios e acabrunham-se no lodaçal em que se deixaram meter, arrastando sem querer (?) o resto do populaça com eles. Porque começaram a abrir os olhos tarde de mais e a colacionar que Os “Empregados” da Pulítica estavam a ter posturas pouco dignificantes e com uma desfaçatez fora do comum, o que não era aguardado.
Os “Empregados” da Pulítica fazem questão em puxar o lustro à sua imagem, para que esta se torne convincente e logicamente vendável. Sim, vendável! Deslocam-se em bólides de última gama, albardam-se por medida, não é qualquer “manjedoura” que lhes serve, por causa da sua delicada dentição também não é qualquer palha ou feno que ousam trincar, aboam em classe VIP e metem na mioleira as prelecções antes de as proferirem ou rapam de um escrito e descarregam, na maior parte das vezes, aquilo que outros “Empregados” da Pulítica (os tarefeiros) fizeram ad hoc, segundo a solenidade do evento e da pardalada que se ajunta com natural hipocrisia ou limitada cultura, para bater palmas, num gesto de copioso zelo pela manutenção dos “tachos” que lhe cabem, concomitantemente com a arraia miúda a fazer monte e a contar um voto, que não será virtual. É triste!...
Todas estas coisas acontecem à nossa volta diariamente com tanta subtileza, que quem não estiver atento vai no fole e até se esquece de que Os “Empregados” da Pulítica estão vacinados contra os valores da ética, da moral e do bom senso, virtudes sob as quais a sociedade devia funcionar, não passando isto porém, de uma pura ilusão.
Que exemplos poderão tirar os povos d’Os “Empregados” da Pulítica?
Sem pretender normalizar, porque existe sempre alguém que fica fora de cesto, o que acontece é que Os “Empregados” da Pulítica, falhados por natureza, viram nesta profissão o asilo dourado para desovar a sua incompetência e agarraram aquela tábua de salvação onde entraram de pata rasa ou mesmo descalça, podendo depois usufruir de quase tudo, à custa da sua lábia e da tutela da seita a que pertencem, apresentado depois e compulsivamente a factura aos “marretas”. Tudo isto a expensas da boa-fé ou da ignorância dos povos que se deixaram arrastar, uns pela sua simplicidade e outros pela falta de conhecimento.
No entanto, Os "Empregados" da Política é que beneficiam sempre!... Eles comem as papas e os lorpas rapam as sobras.
É no entanto de frisar, que no monte de rolhas social que ovaciona Os “Empregados” da Pulítica, também existem os manhosos, que não sendo perspicazes nem inteligentes são solícitos capachos mas exímios artistas em puxar a teta para si e rapar o maior quinhão do resto das papas sobreviventes na panela.


António Figueiredo e Silva
Coimbra.

Blog: http://www.antoniofigueiredo.pt.vu/



































quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A PROPÓSITO DE...


Fico contente quando aparece alguém que, atacado
por indigestão partidária, despeja cá para fora os
seus ressentimentos quando a maré não toca a seu
favor. Bem, mas isso é o menos!? Contudo, ao não dar
a cara, interrogo: qual a classificação que deverei atribuir
ao procriador de tal atitude?




A PROPÓSITO DE…


“CARCÔMA NA PALHÊTA”, editado em 10 de Setembro 2010, neste periódico, cabe-me urdir alguns comentários, por coerência comigo próprio, por conveniência na defesa da minha linha opinativa (não afirmativa) e pela condenação da covardia de algumas pessoas, se hipocritamente assim posso considerar, que, tecendo acidificados comentários, ao que parece de origem arreigadamente facciosa e endémica de comatosa idolatria, se escondem por detrás do anonimato.
Eu jamais me considerei um “arauto da verdade”; por tal motivo, tudo o que possa ter escrito ou verbado, que venha a dizer ou a rabiscar, é sempre passível de discussão (não confundir com altercação) uma vez que eu tenho a certeza de que quanto mais sei, mais aumenta a minha ignorância, apanágio que infelizmente não cabe na abóbora cabeluda ou careca de muitos sabedores de coisas.
Sempre fui apologista do debate franco, aberto e frontal, onde as ideias e os factos são apresentados, analisados e questionados, com o objectivo de atingir determinadas conclusões através do consenso ou não, das partes constituintes na “refrega”.
Até dá a impressão aos leitores, de que estou aqui a atirar palavras para o vácuo, sendo lógico porém, que elas encurralam mesmo uma finalidade cujo objectivo e determinação, é atingir a imbecilidade de anónimos que, com a coragem decapitada, se coíbem de mostrar a sua identidade, não deixando contudo, entre cartas ou telefonemas, de catapultarem meia dúzia de melindrados gemidos, denunciadores do seu traumatismo ideológico, do qual não tenho culpa alguma.
Não quer dizer que eu trilhe sobre o caminho correcto, mas faço questão em expôr o producto das minhas observações em face dos factos que dentro da nossa sociedade vão surgindo, obviamente acarretando com a responsabilidade das minhas palavras que muitos mesquinhos não gostam, porque elas certamente fustigam com acentuada robustez os seus interesses ou as suas convicções.
Mas que hei-de eu fazer?!
E, finalizando, para validar tudo o que acabei de ortografar, devo dizer que nunca me escondi atrás dos merdosos montes da palha do anonimato, remoendo o que me vai na alma em nervoso monólogo. Sempre dei a cara.
Não sei se com esta marretada conseguirei demolir o muro pedregoso que separa a coragem da fraqueza de espírito.
Quedo, fico à espera.


António Figueiredo e Silva
Coimbra

Blog: www.antoniofigueiredo.pt.vu

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"CARCOMA NA PALHÊTA"

“CARCOMA NA PALHÊTA”

Há uns tempitos para cá, tem sido insuficiente, por descrédito, a “musicalidade” do cidadão José Sócrates, nosso Primeiro-ministro – que Deus o conserve (?...) – no que diz respeito à persuasão do público. A sua outrora aguçada e apurada palhêta já não causa narcotização em ninguém. O carcoma do desgaste provocado por uma administração de escopêta e por demais duvidosa, tem dado cabo dela.
Para além de já estar depreciado como o demonstraram os portugueses, nas últimas eleições para a UE (União Europeia), perante infortúnio de ter escolhido para aspirante às mesmas eleições como cabeça de lista, um avozinho porreiro, com a cabeça nevada, mas com cabelo a mais para a idade, denotando um símbolo de dúbia intelectualidade para o efeito. É sempre bom convocar estes acontecimentos à colação para manterem o interior da piolheira dos nossos patriotas em franca actividade.
Foi um segundo plano mal concebido, que obrigou o nosso Primeiro-ministro a usar infrutiferamente e ainda bem, de toda a sua rotineira cantata, que vastas vezes me faz assomar à memória o Imperador Nero, que cantarolava e arranhava a harpa, enquanto Roma queimava.
O nosso país também está a arder, ele continua a “cantar” e os portugueses bem sentem a ardência flamejante e tórrida da fogueira ateada pelos seus “discípulos” sob o seu obstinado comando.
Agora a crise internacional é que paga tudo. Mas não é tudo!?
O PS, possuído de uma diabólica soltura interna, não consegue aplicar na governação, directrizes por conta, peso e medida! Ou sonega a conta, ou amplia no peso ou alarga a medida. Mas a perturbação é manifesta. Já nem Augusto Santos Silva lhe pode acudir, apesar da sua filosófica retórica empedernida de cinismo a tentar defender o indefensável; nem todos os santos que no Céu existem, farão inverter o rumo a uma inevitável derrota, que apenas deixará como despojo um “rectângulo” pejado de “ovos podres” e quem vier que se desencrave.
Nem mesmo o irritante tubérculo Vitalino Canas, que mais parece um tarefeiro do partido do que outra coisa, conseguiu até agora fazer algo para manter a legião com cabeça da fora da água turva onde lentamente vem submergindo.
Para os portugueses, o problema não está em o “barco” atolar-se; a dificuldade reside nos custos que todos teremos de suportar por causa do timão que por incúria foi mal manobrado e o timoneiro não paga por isso. Isto é, não existem arguições pelas irresponsabilidades cometidas. Todavia, encarando de outro aspecto, existir, existem, o que acontece é que elas ao colidirem com o escudo da imunidade desfazem-se sob o peso das argumentações sem crédito, várias vezes tuteladas pela lei.
O Governo e o nosso Primeiro-ministro sabem disso. Porém, como José Sócrates é o porta-voz de todo elenco governamental, existe uma manifesta impressão de que a sua dantes afinada palhêta, está agora a fugir do seu tom e do seu aguerrido volume.
Ninguém pode garantir que não seja o carcoma que lhe ataca a palhêta, quem sabe?!
Estou com pena!



António Figueiredo e Silva
Coimbra

Blog: antoniofigueiredo.pt.vu