terça-feira, 2 de agosto de 2016

OS IMPOSTOS/(POUP)PANÇA





Caros leitores.
A revolta que me abala é tão grande, que não consigo
ortografar os meus entendimentos sem recorrer a
vernaculismos inconvenientes para consumo linguístico;
porém,  independentemente dos gostos de cada um,
eles constituem o tempero acre  da minha opinião.


OS IMPOSTOS/(POU)PANÇA


Decorrentes de arranjos mal enjorcados, sazonados no interior de abóboras porqueiras que espontaneamente nasceram sobre montes de estrume pseudo-intelectualizado e que o sol da insensatez impiedosamente amarelece, as justificações para as consecutivas subidas de impostos, não param de germinar. É imperativo por isso, que os tempos verbais do Presente do Indicativo do Verbo Poupar têm forçosamente que ser adaptados à realidade dos nossos dias tristes da injustiça por inexistência do sol da razão.
Assim:
Eu poupo (ainda penso que tenho cabeça para isso).
Tu poupas (se não o fazes, a tal serás coagido).
Ele não poupa (ou é desmiolado ou tem poleiro alto).
Nós poupamos (se outra via não houver, que remédio temos)!?
Eles não poupam (estão-se cagando porque vivem à nossa custa e ninguém lhes pede contas).
Bem, perante todos os agravamentos impositivos que se têm vindo a verificar, eu, pela minha parte, depois de muito cismar, - realidade a que ninguém corta as asas – faço questão apresentar uma sugestão que penso poder resolver a dificuldade em controlar o aforro forçado aos lacaios dos nossos governantes, para pagamento das agravações de que eles se servem para delapidar.
Podiam instalar um contador de merda, para quantificar a pesagem do que cada família caga, e, por comparança, saber a quantidade que agregado come, chegando por fim a uma análise concreta sobre a poupança geral, porque “quem não come não caga”. Ora, sendo este acto fisiológico uma demonstração correcta do nosso aforro obrigatório
no que trata à manutenção física pela sobrevivência, vai dar certo, até atingir o limiar sombrio mas não longínquo de, “quem não caga não come”.
Quando o Ser Supremo criou o Universo, a fertilidade da mente humana, ainda embrionária, criou, e com uma certa lógica, a metáfora de que, “o sol quando nasce é para todos”; actualmente, pelo menos em Portugal, esse privilégio já não vai estar ao alcance de todos.
Ao que nós chegámos!!!
Por este andar, qualquer dia, quem tencionar expôr os tomates aos infravermelhos naturais, ainda que em casa, vai ter de pagar uma taxa pela torra; o que significa que, meus caros concidadãos, “o sol quando nasce já não é para todos”, pelo menos no nosso país.

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 02/07/2016

Ou:
www.antoniofigueiredo.pt.vu


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