quarta-feira, 19 de maio de 2021

A DIGNIDADE

 

O conceito jurídico dignidade da pessoa humana,

 é o conceito fundamental da ciência jurídica.

(Roberto Wagner Lima Nogueira)

 

A DIGNIDADE

 


Quando não defendemos os nossos direitos perdemos a dignidade e esta não é negociável. Ela desponta e medra em função do respeito por nós próprios. Manifesta-se pela possante força de vontade, de, quando entendemos que os nossos procedimentos estão no caminho errado ou navegam na crista das vagas da dúvida, sermos capazes de dizer não, a nós mesmos. Obviamente que toda a estructura fulcral implicada na formação da honorabilidade reside na concepção lógica de que nós nos devemos colocar no lugar do próximo, antes de procedermos a julgamentos fúteis e sem nexo, ou tomarmos decisões negligenciadas do uso da razão.

Naturalmente que, apesar de ser nosso dever alimentar uma maneira de ser purista, em relação à nossa honradez, é também obrigação nossa, ter sempre presente a noção de que sozinhos nunca conseguiremos mudar a estrutura de alguns elementos das comunidades, quanto à sua maneira de pensar e agir; porém, ficaremos com a certeza plena, de que não fazemos parte do monte de esterco, do qual fazem parte aqueles que dela não usufruem.

O valor da dignidade pessoal é de elevada relevância para manutenção da solidariedade entre as pessoas, através do respeito mútuo, para o qual não existe outra forma de o conseguir.

Na inexistência da respeitabilidade, que até está a evidenciar um aumento na sua frequência, podemos observar e sentir, que o Mundo anda e continua a mover-se a passos largos, para uma grande confusão, que provavelmente acabará no funesto caos.

As pessoas devem consciencializar-se de que podem ser resolvidos com mais facilidade grande parte de todos os dilemas, se colocarem em evidência o respeito pela dignidade dos outros.

Acredito que o ser humano foi criado para pensar; logo, em vez de pensar bem, não vejo razão para pensar mal – a menos que seja alucinado. Mas isso já pertence ao foro das aberrações da Natureza, cujos meandros ou propósitos transcendem a minha capacidade de compreensão.

Não existem outros meios de avaliar conhecimento das pessoas a não ser pela sua personalidade (que é nata), pelo seu temperamento e pela sua honorabilidade.

Há quem acredite – erradamente - que os “metais” são avalistas imaculados da dignidade humana. Mas eu assim não o entendo.  Considero-os apenas como medidas enganadoras que não estão aferidas para esse fim, porém tidas como tal, por muitos patetas destituídos dessa dignidade, que vagueiam por este mundo, corrompendo a sua estabilidade - até que o seu dia se aproxime!

Pessoa sem dignidade, não passa de um ser miserável, fortemente pontapeado pelos protestos asfixiados pela tirania ou libertos pela coragem indomável e colérica da censura colectiva.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 19/05/2021

 

http://antoniofsilva.blogspot.com/

 

            Nota:

Faço por não usar o AO90.

 

 

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