segunda-feira, 14 de junho de 2021

QUANDO A "inducação" ARRUINA A RAZÃO

 

Posso perdoar a força bruta,

mas a razão bruta é uma coisa irracional.

É bater abaixo da linha do intelecto.

(Oscar Wilde)

 

QUANDO “inducação” ARRUINA A RAZÃO

 

(Abam os links, e ouçam).

https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=2997777040435976&id=100006111272766

E

https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=3000190963527917&id=100006111272766

 


Costuma o povo dizer que, “burro velho, não tem emenda”; como tal, eu também não me sentiria satisfeito se este espécime escasso, onde o tino não franqueou as portas à educação, não levasse umas “cacetadas” para um polimento cívico na sua soez maneira de ser.

Para dar prosseguimento a este esfreganço, faço questão de salientar que não sofro de qualquer espécie de sectarismo, quer partidário, quer religioso. Sempre procurei orientar a minha vida dentro da lógica de parâmetros tidos como orientadores da nossa vivência harmoniosa nesta sociedade, em que, contra ou a favor da nossa vontade, estamos integrados.

De qualquer forma, não pretendo retirar a razão onde este “Sr. Carroceiro” alicerça os seus raciocínios, e, associadamente, pretendo enaltecer a valentia que teve para os trazer a público - talvez imaginando somente a sua presença e a da tela do aparelho de informática usado para efeito. Compreendo, no entanto, a robustez da sua sublevação onde impera um profundo e desanimador descontentamento, porque não é mentira nenhuma que as coisas Portugal, têm andado completamente desconchavadas e à “deriva”. Sendo por essa razão que letra de lei e o espírito da mesma, têm andado divorciados, dando origem a que a consequente imparcialidade na sua aplicação mareie na crista da “onda” mais possante; confirmando deste modo, que os díspares pareceres evidenciados para um mesmo crime funcionem segundo adágio popular, “cada cabeça, cada sentença”.  

O “Sr. Carroceiro” TEM RAZÃO, no que arrazoa. No entanto, condeno a configuração “artística” que adotou para o fazer, pela falta de educação apresentada, que certamente lhe angariou, em grande parte, a “perda” da RAZÃO SOBERANA, tida como elemento fundamental para a estabilidade e harmonia na nossa vivência comunitária.

Dictar, mais não é do que um acto de raciocínio para a criação de uma partitura musical capaz de unir os sons e extravasá-los numa harmonia sonora que agrade ao grande público. O registo dos sons pode estar correcto com o raciocínio de quem os criou; pode estar de anuência com as razões diversas que levaram à sua criação; mas também é natural que a sua consonância possa, em vez de catalisar consensos, atrair as opiniões de criticismo do público mais judicioso, por causa a sua sonoridade grosseira.

Por isso, criar argumentos com vista a sustentar uma razão, a meu ver, não será tarefa difícil. O problema consiste na sua exposição. É preciso saber dizê-las. No caso em consideração, entendo que foram transpostos os marcos da razoabilidade.

 Ser-se estúpido por natureza, pode ser considerado uma eventualidade da Criação. Mas, fazer-se de “estúpido” e proferir toda a espécie de bacoradas que lhe fermentam na queratina, socorrendo-se para esse efeito dos preceitos democráticos, é de aluado. Neste caso, apesar da “autenticidade” das razões apresentadas, a boçalidade com que o fez, desmoronou as muralhas do seu “castelo de verdade”.

Não interessa que seja do Norte, do Sul, do Centro ou das “Bordas”; a democracia e o civismo, complementam-se e devem ser para todos; embora reconheça, que às vezes não é bem assim – o conteúdo exibido nos “links” inicialmente postados, disso são um modelo.   

E este Sr. “Carroceiro”, comportou-se como um magnífico malcriado.

Logo, perdeu a RAZÃO.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 14/06/2021

  http://antoniofsilva.blogspot.com/

Nota:

Opto por não fazer prática do AO90.

 

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