terça-feira, 5 de janeiro de 2021

“PAPAGAIOS & ARARAS”

 

(A corrida às eleições Presidenciais,

 deve ter provocado muitas enxaquecas e diarreia,

 àqueles que labutam com obstinação, por trás da

boca-de-cena partidária!

Isto é que é uma gaita!?)

 

“PAPAGAIOS & ARARAS”

 "ПОПУГАЯ И АРА"

“PAPAGEIEN & ARAS"

"PARROTS & MACAWS"

 


Sempre desconfiei dos propósitos, a não ser um, pelo qual luta com garra, (e requintado saber), por ser aquele que mais pode satisfazer a sua pontiaguda sofreguidão de notoriedade – interna e internacional.

Não desejo, no entanto, escamotear que, a maior parte das suas argumentações, têm como fundamento verdades que a muitos doem. O que não creio, é nas suas “boas” intenções e entendo que devo manifestá-lo,.

Assumir-se como o redentor carismático para arrancar da “miséria” intelectiva e material, em que “chafurda” uma grande fatia da sociedade portuguesa, não me leva à certa. Afigura-se-me que segundas objectivos se sobrepõem àos primeiros. É evidente que este pensamento não consiste, de maneira alguma, numa asseveração. Muito longe disso. São meras concepções de um ser, que, ao longo de mais de quarenta anos está mental e fisicamente empanturrado de discursos prometedores, cujos objectivos neles narrados nunca foram concretizados.

E mais: este papagueia p’ra diado! Aos menos poderia, também, deixar os outros falarem.

Não é minha intenção ofender ninguém, mas vou recorrer a um ditado que encontrei amortalhado no tempo: “Quando um burro fala, o outro abaixa as orelhas”. Este parágrafo vem a propósito do debate que visionei na TVI24 entre André Ventura do CHEGA e João Ferreira do PCP.

Entendo que é uma questão de civilidade e deontologia, ceder a vez que cabe ao antagonista nos diversos estágios da “faladura”. Ora, isso não ocorreu. Ofereceu como resultado, uma cascata vocabular que não deveria ter permitido aos “visionadores”, “alienados” como eu, um ajustamento de pareceres, subsistindo ainda assim, alguns conceitos quanto às intenções dos “distintos” palradores. Mas foi mais uma peixeirada – com algum aproveitamento, claro.

Teriam mais fiabilidade as “doutrinas” de André Ventura, se tivesse falado menos, (como sempre não acontece), em vez de tentar assoberbar com rudes interferências todo o debate, (que foi mais a mixordice de um Frente-a-Frente), e também uma tentativa de “assassinato” à intervenção da “paciente” moderadora, (a minha vénia), Carla Moita.

Isto configurou um abalo telúrico no perfil de André Ventura como candidato à Presidência da República Portuguesa.

Seguidamente a esta invernosa e “sacanória borrifadela” a frio, também não me vou conter sem “afiambrar” algo no outro “palrador”, João Ferreira, representante do PCP, que se desenrascou lindamente (assim, assim!?), recorrendo a uma camuflagem de realidades inconvenientes para uma democracia plena, mas que o povo já as conhece de ginjeira.

Ora bem, valorizar realidades comprovadas com recurso a afirmações carentes de fundamento, para atingir, seja que objectivos forem, é uma enorme falta de ética e, quiçá, de vontade própria.

O quê?! Defender realidades apodridas, (que são do conhecimento geral), no esforço de “tapar o sol com uma peneira”, são indícios de que: ou tem carência de conhecimentos, ou não fala por vontade própria, mas sim em subjugação à rigidez estabelecida nos princípios da ideologia política que professa e o coage a defender, por imposição, fanatismo ou pertinência própria.

Quando veio à baila, a questão, (entre outras), da Coreia, advogou: “Eu defendo o direito que cada povo, independentemente da latitude ou longitude onde vive, a escolha livremente do seu destino”.

“Grande paladino da liberdade”!

Quem fala assim, não é tartamudo. Porém, não é necessário mais paleio para traçar o seu perfil interior, que é o mais relevante.

            Mas eu sei que ainda sobra p´raí a esvoaçar mais uns papagaios e araras, que também não cativam a ninguém, mas reconheço-lhes o direito à sua bicada, mesmo que fiquem com “fome” - que é o mais certo. São mais uns servos dos partidos que representam do que uns fiéis representantes de si próprios. Todavia, não abdicam de assumir-se como leais representantes dos portugueses. Aqui, há gato!?

Tenho a certeza que em todo o bando misto e colorido que p’raí anda em busca da “alpista”, só um se vai safar, e não me vou retrair sem dizer porquê; mas, para o expor, devo parafrasear as palavras de Jean-Jacques Rousseaux; “A juventude é a época de se estudar a sabedoria; a velhice é a época de a praticar”.

Como se pode constatar, a “velhice” é tida como um repositório de saber.

Logo, deve ser aproveitada.

Julgo que os portugueses me entendem e estou confiante de vão saber atribuir-lhe a importância a devida.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 04/01/2021

http://antoniofsilva.blogspot.com/

Nota:

Faço por não usar o AO90

 

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário