“O
abuso de promessas é uma confissão implícita
da insuficiência moral humana”
(Nicolas
Boileau)
Por via disso, “cautela e caldos de galinha,
nunca
fizeram mal a ninguém”.
(Ditado
popular)
PENSAMENTO
DE “PICA-MIOLOS”
(Esta
é para iniciar o Novo Ano)
Sinto-me incapaz de suportar o frenesim que bole comigo, se nada mais “comentar” sobre as eleições presidenciais. O “queijo” que muitos ratos espertos ambicionam “rilhar”.
A
pequena redacção que aqui vou lavrar, apenas se enlaça à minha opinião pessoal.
Mesmo suceptível de discordâncias, concordarei, como é óbvio, mas não mudarei o
azimute ao meu raciocínio.
Para
inaugurar a dissertação sobre tão importante matéria, para mim, e penso, para
os portugueses, vou começar por alguns predicados que para o cargo devem ser requeridos.
Antes
de continuar com a ladainha, quero dizer que, meu ver, não é o lugar apropriado
para nenhum dos “novos” concorrentes, visto que, para exercer tal função, são
exigidas particularidades que alguma da “pardalada” não tem, apesar de se
julgar como tal – mas, certo; errar é humano, e em proveito próprio, mais certo
ainda.
Porque,
para a realização deste tão alto e nobre exercício, que é a função presidencial,
não é simples; são necessárias algumas características, cujas diferenças salientam
um dos de mais concorrentes, entre as quais, inteligência aguçada, requinte,
ponderação e diplomacia. Além de incluir uma boa capacidade psicanalítica e
amplo conhecimento social e económico que lhe possibilite tomar decisões em
face do estado da nação que se propõe representar, porque ele vai ser o Chefe.
As
as suas decisões, criteriosas ou inconscientes, afectam sempre o povo que
representa, para o bem ou para o mal. Exigem, por isso, uma grande virtude, que
não está ao alcance de todos: a ponderação.
No
concerne à substância deliberativa, deve ser pragmático e sensato, sem deixar
de ser corajoso. Acredito, não ser uma tarefa fácil.
Deve
ser uma figura que prima por colocar a Nação acima dos seus interesses
pessoais. Amar o que faz, mesmo que para isso tenha de fazer sacrifícios.
Estar
sempre pronto a receber pareceres, sem, contudo, abdicar da sua própria
intuição sem dela duvidar, por forma a que esses juízos não embaralhem a sua
apreciação pessoal, formada pelos factos que se lhe deparam e pelo seu próprio
instinto de imparcialidade.
É
indispensável ser portador de uma apurada dicção, que lhe permita ser um bom e
agradável comunicador e um catalisador da simpatia dos eleitores.
É
condição essencial não padecer do “veneno da partidarite”, e não prometer
coisas, que à partida, não podem ser feitas. Claro que é de ter sempre em mente,
que o Presidente da República, não legisla; apenas lhe compete promulgar ou
vetar princípios que estejam de acordo com a filosofia “decantada” nos
estatutos da Constituição da República Portuguesa.
Com
todos estes atributos, não subsistam dúvidas, de que teríamos um bom presidente
da nossa República – plagiando: não ignoro que é profundamente trabalhoso
encantar os gregos e deliciar os troianos.
Mas
por tudo o que tenho observado nas reacções dos “ciclistas novatos”, candidatos
nesta corrida às presidenciais, nenhum deles aparenta que vá lá das canetas.
POR
MUITO QUE ARENGUEM OS NOVOS POSTULANTES, NÃO PREENCHEM, NEM A PENUMBRA DESTES
REQTUISITOS. Por isso… berimbau!?
Cabe
a nós o saber seleccionar, não qual é o bom e qual é o mau, (são todos “bons”,
cada um à sua maneira), todavia, dos “males”, qual é o mal menor.
Ouçam-me! Entendo
ser melhor não mudarmos de “moleiro”. Apesar de todas as “imperfeições” que lhe
desejam imputar, tem sido o “moageiro” mais fiel nos princípios e nos valores,
e mais prudente na maquiagem.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
01/01/2021
http://antoniofsilva.blogspot.com/
Obs:
Sou contra a usança do AO90.
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