EU, NÃO SABIA!?
(Rebate da voz da minha consciência)
Eu não sabia da existência das
(minhas) obrigações que devia saber; burro!
Também não sabia que por não saber,
seria penalizado; andei a dormir.
Ainda não sabia que tudo o que me
aflui ao bolso, não deve ficar inteiramente nele; oh! Conveniência própria -
porque tolo não sou!?
A engrossar a minha “ingnorância”,
também não sabia o que devia saber; talvez por fingimento, mas já esqueci.
Não sabia que o desconhecimento da
lei, não implicava na inibição das penas impostas pela coercividade da mesma a
que houvesse direito; camelo.
Afinal o que é que eu não sabia?
Bem… lá no fundo era porque não
queria saber, mantendo a ilusão de que nunca viria a ser destapado; malandrice!
Pois é… É caso para perguntar-me: e
agora como descalças a bota, plonso?
Uma coisa fiquei a saber; sempre que
haja uma canzoada no meu encalço, salivando de raiva a tentar morder-me os
calcanhares, tenho que manter uma “corrida” certinha e rápida, se não… mordem-me
mesmo.
A corte-de-foice, sugeria que no
acordo ortográfico, onde tanta cavalada existe para assassinar a nossa língua, o
pretérito imperfeito do verbo saber,
fosse ajustado e aprovado, juntando-lhe as afirmações ou negações necessárias, transformando-o
num verbo irregular como o abaixo exposto, mesmo com as barbaridades nele
contidas, porque se adapta melhor à realidade dos nossos dias:
Eu não sabia (!)
Tu sabias (.)
Ele não sabia (!?)
*Nós sabíamos (desconfiávamos…)
Vós sabíeis (.)
Eles sabiam (.)
Na expectativa de uma franca
colaboração, antecipadamente fico grato aos engenhosos eruditos da Língua
Portuguesa, que merecem toda a minha estima.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 02/03/2015
*O mexilhão é como os cornudos: pode
desconfiar, mas é sempre o último a saber.
Blog: www.antoniofigueiredo
.pt.vu
Ou:
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