sábado, 22 de janeiro de 2022

CORRIDA AO “ÚBERE” (Legislativas 2022)

 

A democracia não é um sistema feito

para que os melhores sejam eleitos, mas

 para impedir que os ruins fiquem para sempre.

(Margaret Thatcher)

 

O meu pensamento:

A nossa “democracia” é falaciosa, precisamente

para garantir a continuidade dos ruins.

(António Figueiredo e Silva)

 

 

CORRIDA AO “ÚBERE”
Legislativas/2022
(Opinião abrasiva, mas franca)

 

    E mais uma vez, cá temos os “atletas”. São muitos! São mais do que as mães.  Por isso, não lucro nada em verbalizar sobre toda a “ilustre” cambada, que com dissimulada estima, informalmente anda a percorrer arruamentos, trilhos e veredas, tascas, cafés, restaurantes e tendas, com grande lábia, a relacionar-se com povo, em “amistoso” atilho social, na caça ao sufrágio. Arrulhos de pombo!?

Vou apenas comentar sobre os dois principais contendores no renhido conflito para abichar a alcândora, qual deles, apostado em “governar” Portugal e “arredores”. Portugal, vá que não vá, mas, “arredores”?! Acho que não passa de imaginação.

Um já é conhecido de ginjeira, porque tem vindo há bastante tempo a biscatar na oficina da governação, que, também infectada por um vírus, (muito pior do que o COVID19), se encontra em deplorável estado comatoso, dando origem a uma deflação no poder de compra, que, economicamente nos botou no atoleiro - e não só!?

A gravidade é tal, que a União Europeia decidiu, por misericórdia, (a verdade seja dita), fornecer um “ventilador” monetário, conhecido por Bazuca, (pr’a rir!), que vai ficar caro ó Zé, (não tem nada a ver com Zé Sócrates), como todos sabemos, - menos os mentecaptos -, para encher alguns balões de oxigénio, não para salvação nacional, mas para serem distribuídos pelos distintos oligarcas que comandam (mal), os canteiros deste jardim “plantado” na parte Sul do continente Europeu.

Apesar daquela carinha enfeitada com um sorriso gozador, donde saem umas palavrinhas de messiânica esperança, eu não acredito nos seus desígnios. Mas não contradigo quem se liquefaça com elas. Ainda bem que o irrealizável também catalisa (de)votos.

Pertence ao naipe daqueles que garantem tudo e tencionam não distribuir nada – a não ser inflacionar os impostos. É lógico. Então se nada há, como pode distribuir? Há é que rapinar, porra!

Não desconheço que existem muitos que acalentam esperança no seu populismo (ôco), mas eu já estou velho e senil para ir na onda; não quero impedir, contudo, quem queira surfar sobre na sua crista – Sant’António, bois’ó rêgo! Entre cabeças rachadas e ossos partidos, alguém há-de escapar.

Mas este não me cheira!?

O outro, que também entrou na traulitada, se bem que seja economista, nunca o vi administrar uma nação. No entanto, quer parecer-me mais conciso, mais prudente, mais seguro, e, acima se tudo, mais sincero ao expôr os motivos pelos quais se movimenta – é evidente que também terá outros interessezecos subjacentes, que não confessa – e burro seria se o fizesse.

Mas tem uma característica que eu analiso como uma virtude; não se arma em prestidigitador; não promete conceder aquilo que não pode dar.

Não sei até que ponto isto não virá a ser prejudicial para ele, e, consequentemente, para os portugueses; mas, a ver vamos – como diz o cego.

Há, porém, um atributo que os une: ambos (como tantos outros), tiveram esperteza e a finura suficientes para ver na política um meio de vida sem muita labuta nem responsabilidade. Agarraram-se à gamela, e assim têm vivido lautamente, à custa do Zé Pacóvio.

A única coisa que os diferencia, é que um, armado em satiagraha (em sânscrito Grande Alma), fingido, afirma dar tudo, sem ter nada.

O outro, promete, semear para colher e depois distribuir – parece-me mais consensual e lógico.

Aos que acreditam no milagre da “multiplicação dos pães”, aconselho que entreguem o voto ao primeiro.

Aos descrentes nesse paralogismo, que votem no segundo.

Para ultimar, apenas quero aqui referir um pensamento meu, talvez porque o interiorizei como sendo uma realidade: “se algum dia for retirada a imunidade àqueles que mandam”, (estou a falar de cargos políticos/públicos), tenho a certeza de que as arruadas para a caça ao tacho acabarão, e a partir desse momento, o deixa de ser enganado.

É que… a lei devia ser igual para todos; não apenas na letra, mas também, na sua aplicação.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 22/01/2022

 

www.antoniofsilva.blogspot.com     

 

Nota:

Não faço uso do AO90

 

 

 

 

 

 

 

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