A LUZ DA RAZÃO
Para
os pobres, é dura lex, sed lex (a lei é dura, mas é lei.
Para
os ricos, é dura lex sed latex ( a lei é dura, mas estica).
(Fernado
Sabino)
A
LUZ DA RAZÃO
(“Peste
Grisalha”, honrada!)
Transmite esta pequena dissertação, a
última novidade sobre um incidente que, de tão afamado e reprovado que foi,
ficou para a história, conhecido como o
CASO “PESTE GRISALHA”.
Foi um enrodilhar de situações que
dançavam à volta de uma carta aberta, escrita por mim e enviada ao sr. Carlos Peixoto, mais propriamente, António Carlos Sousa Gomes da Silva Peixôto
- o nome é comprido, mas vale a figura – deputado do PSD – na altura assim se
assinou -, e divulgada nos meios de comunicação, que despoletaram as mais
tristes, agressivas, lapidares, gozativas e insultuosas - aqui já não concordo
mas… - reacções, não só da “velhada”, como também de muita gente com olhos na
cara e massa encefálica bem aferida, quer fossem figuras de alto índice
intelectual, ou da mais elementar camada social – sim, porque a visão aguçada,
propriamente não define camadas, senão estaríamos melhor.
O certo é que depois de renhida peleja
na busca da razão que andava a baloiçar na imponderabilidade da (in)justiça
portuguesa, - primeiro absolvição depois condenação - e após a interposição de
um último recurso para o TEDH (Tribunal Europeu dos Direitos do Homem), do qual
Portugal faz parte, lá se ergueu a “barreira” que estancou esse movimento
pendular judicial, de uma vez por todas – mais uma vez. Digo mais uma vez,
porque não a primeira vez que Portugal apanha no pêlo, por causa das injustiças
da nossa Justiça.
Como é emanado pela doutrina desse
Tribunal, os argumentos apresentados pelo recorrente são analisados por
diversos juízes que, se concluírem que a razão está do lado do apelante, depois
de formarem um juízo, expõem-no aos contendores, e, em primeiro lugar, procuram
a que eles cheguem a um mútuo assentimento, constituindo a anuência, uma das
formas mais céleres de encerrar o processo com menos custos, e logicamente
menos trabalho para aquela instituição e os de mais intervenientes.
Ora foi isto que ocorreu com o processo
de litígio entre mim e o sr. Carlos
Peixôto, deputado do PSD.
Por proposta, não de filosofia compulsiva,
todavia aconselhadora, daquela instância europeia, o Governo português e eu,
concordámos com a decisão procedida e ratificámos as propostas enviadas.
Em conformidade dos factos apresentados,
o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, decidiu em meu benefício, o Governo
português não se opôs, e o processo foi concluído, repondo a razão no devido
lugar, e naturalmente a minha dignidade e ao mesmo tempo, a honra de toda a
“PESTE GRISALHA” que na nossa Pátria existe.
O
press release (comunicado de
imprensa) foi divulgado hoje, dia 26 de Julho de 2018, às 10 horas locais (10 h
Lisboa) pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem,
através do seu site: (www.echr.coe.int)
A data de um incidente que mais uma vez manchará
com o sinête da vergonha a decisão deficientemente reflectida da nossa justiça,
e que certamente ficará para a História turbulenta da nossa jurisprudência; ou
seja, a maneira de interpretação jurídica (deficiente) e aplicação legal dos
preceitos por parte de alguns Tribunais.
Tenho dito.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 27/07/2018
www.antoniofsilva.blogspot.com
https://portugalcontemporaneo.blogspot.com/2018/07/algo-de-errado.html
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