A FULGÊNCIA DA SENSATEZ


 

A estabilidade robusta do silêncio dos fortes,

sempre incomodou a flacidez instável dos “fracos”.

(A. Figueiredo e Silva)

 

A FULGÊNCIA DA SENSATEZ

 

Está mais que demonstrado; quando a reserva no palavreado é comedida ou silêncio é excelso, não é essencial ser palrador para subir a uma posição de destaque.

Enquanto que uns se atropelam, esgrimam e denigrem entre si, há um cidadão que, audazmente se preservou na quietude da plateia, serena e pacatamente, a observá-los no seu pregão efusivo, porém calculista, a favor da “distinta” (?) qualidade da sua mercância, que os poderá levar à representação dos portugueses no Mundo, na primeira figura deste país; ser Presidente da República Portuguesa.

Num redemoinho de vocábulos previamente bem articulados, - e artilhados -, prometem mundos e fundos, notoriamente por conveniência própria. Descoram, porém, que Portugal não comtempla uma governação por um sistema semi-presidencialista: ao Presidente da República, concerne, tão só, desmoronar um Governo se este não cumprir os cânones da Constituição da República Portuguesa; promulgar ou vetar legislação aprovada no Parlamento, consoante ele entenda ser benéfica ou nociva ao país, ou, em caso de incertezas, - se entender -, remetê-las para o Tribunal Constitucional, para uma escrupulosa análise; todavia, no caso de não promulgação, se esta retornar ao Parlamento e fôr aprovada, é “coagido” a promulgá-la. Além disto, promover o efeito catalisador, (imprescindível), com vista a diluir quaisquer discordâncias que possam existir, entre os elementos constituintes da Assembleia da República, etc., etc.

Para tal, não adianta ser um bom papagaio, astuto “comentadeiro” televisivo ou barulhento vendedor de peixe. Nada disso.

O mais relevante da questão, é que, apesar da relativa “limitação” de poderes, a figura em causa, será sempre tida como uma entidade de estilo e relevo, representante da presença de Portugal no Mundo. Deve por isso, e acima de tudo, ser banhado por uma diplomacia congénita, que lhe permita ser o embaixador da sua Pátria; ponderado nas palavras e nas atitudes; apaziguador e protector dos princípios edificados na nação que o viu nascer; servir o seu país, com dignidade e perseverança, sem dele se servir, e ser diplomaticamente independente.

Sem pretender criticar as opiniões de ninguém, - cada um terá as suas, que eu respeitarei -, no meu despretensioso entendimento, esta é a figura ideal, – não direi perfeita porque ninguém o é -, para representar os portugueses na Europa e no Mundo.

Para isso, não é essencial falar demais.

O aparente “mutismo” do cidadão Henrique Eduardo Passaláqua de Gouveia e Melo, disso é prova manifesta.  O meio-silêncio fala por si, e já incomoda muita gente.

Não adianta eu estar p’ráqui a desenfardar mais, porque, “p´ra quem não é cego, meia palavra basta”.  

Como tal, o meu voto será p´ra ele.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 1 de Dezembro de 2025

 

Obs:

Não utilizo o AO90.

 

  

 

 

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