O MEU PROGENITOR
O MEU PROGENITOR
(Artur de Oliveira e Silva)
Não é porque muitas vezes não me lembre dele, mas especialmente hoje, porque foi instituído o seu dia; O DIA DO PAI.
É
certo que não vou aqui santificá-lo porque foi um Ser Humano, que toda a vida
conservou os defeitos e virtudes com que a Natureza o talhou. Porém, sempre me
ensinou a ser honesto, tolerante (que talvez eu não o seja em demasia),
respeitador e educado, cujas probidades nunca lhe faltaram.
No
entanto, FOI MEU PAI! Foi a esta figura aqui impressa, que eu, vastas vezes dei
muitas dores de cabeça e preocupações, pelas quais ele sempre me absolveu. Como
tal, seria ingrato da minha parte, não reconhecer com realçada gratidão a minha
descendência, da qual bastante me exulto.
Reconheço,
com imenso prazer, que sou o producto da sua semente, à qual tive o prazer de
dar continuidade.
Este
Homem que aqui vêm, incutiu-me as maneiras mais sublimes para a minha vivência
em sociedade. Isto é: respeitar os outros, para que sejamos respeitados e não
fazer ao próximo o que não queremos que nos façam. No entanto, sempre me
alertou para não ser servil; porque, a subserviência, demonstra falta de carácter
– in virtude que muito se tem desenvolvido na sociedade em que vivemos,
e da qual, actualmente, muito se sustenta.
Foi
este Homem que me fez sair do ninho e voar sem andar à volta dele, (ninho), em
voos curtos e rasantes, na mira de quaisquer migalhas.
Depois
de uma vida de luta, e talvez com ventos mais favoráveis, aqui estou, em
representação da sua imagem, que muito venero – não sei por quanto tempo.
Que
a Paz Eterna esteja com ele.
Um
dia, encontrar-nos-emos!
António
de Figueiredo e silva
Coimbra,
19 de Março de 2025
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