terça-feira, 3 de maio de 2022

CARTA ABERTA A VLADIMIR PUTIN


 


Prólogo:

Aguardo que o eco desta dissertação contribua para que uma sublimação de consciência possa devolver a plenitude à razão.

(O Autor) 


 

CARTA ABERTA A VLADIMIR PUTIN

B ОТКРЫТОЕ ПИСЬМО ВЛАДИМИРУ ПУТИНУRIEF

OPEN LETTER TO VLADIMIR PUTIN

ВІДКРИТИЙ ЛИСТ ДО ВОЛОДИМИРА ПУТІНА

OFFENER BRIEF AN VLADIMIR PUTIN

LETTRE OUVERTE A VLADIMIR POUTINE

 

Sr. Vladimir Vladimirovitch Putin 

Presidente da Federação Russa

(Президент Российской Федерации).

 

Não considere esta minha postura como consequência de qualquer doutrinamento (lavagem cerebral) político doentio, contudo, observe-o como resultado da sensibilidade e tolerância humanas que sempre me acalentaram, e se mantêm presas pelos filamentos emanados dos princípios da moral e da ética, da paz e da concórdia, tidos como pontos fundamentais e orientadores imprescindíveis da harmonia e da paz universais.

Tomei a deliberação de lavrar este pequeno escrito e levá-lo ao seu conhecimento, (se isso vier a acontecer), por não me parecer que estas características ocupem um lugar digno na influência meditativa que ocorre no cerne da mente que o anima.

Dar início um conflito é sempre fácil; a dificuldade reside em terminá-lo. Se esta equação nunca lhe ocorreu à mente, é sinal de que a ponderação e sensatez não são as particularidades dominantes no seu estado de espírito. Contudo, sem elas, um entendimento fica enfraquecido, desequilibrado, e tudo se pode esperar das decisões dele provindas.

Мистер. Президент Российской Федерации (Sr. Presidente da Federação Russa).

Já pensou nos milhares de vidas que têm vindo a ser torturadas e ceifadas, sem culpa formada, só porque o Sr. incutiu a si próprio uma pretensão apaixonada pelo poder político e domínio territorial, pondo de lado ou não equacionado bem, as consequências prejudiciais daí decorrentes?

Eu sei quão excitantes podem ser a política e a guerra; não desconheço que a primeira, quando isenta de diplomacia, tende a fazer deflagrar a segunda, que é revestida por uma implacabilidade sanguinária, considerada como um dado inseparável; todavia, também não me são alheios, os resultados finais gerados pelo conúbio entre ambas, cujas desfechos levam ao sofrimento, à miséria, ao desespero e à morte de populações e nações completas.

Sou “pequenino” para ousar submetê-lo à justiça dos homens, porque também erro, mas creio que a Divina Providência se encarregará de o fazer. Mesmo assim, não vou deixar de não lhe expressar o meu sentimento revoltoso e o carpir do meu estado emotivo, por tudo o que tem acontecido na Ucrânia.

Queira permitir-me este desafogo… por entender que é inconcebível, além de lamentável, desgostoso e cruel!

Mais devo acrescentar, que bem pode ganhar a batalha (não sei?!), mas tenho a certeza de que a perderá (como de facto já a perdeu), na arena internacional. E o povo que “democraticamente” (segundo diz), governa, padecerá também, sem culpa atribuída e seguramente revoltar-se-á. Isto porque, sob a sua determinação, Мистер. Президент Путин, (Sr. Presidente Putin), foi dado início a uma “dívida de vingança” que seria escusada. Sabe, quando os grandes não se entendem, os pequenos é que pagam, (mas não esquecem), e como o Mundo dá muitas voltas, logo que o raiar da primeira oportunidade surja, os lesados ou seus descendentes, irão pugnar por serem ressarcidos. Digo isto, porquanto hei a firmeza de que o Ser Humano não possui (desgraçadamente), a virtude, nem a capacidade de perdoar, e que as dívidas a saldar serão sempre reivindicadas pelos prejudicados, até que sejam integralmente restituídas - com usuras de mora sempre avantajadas.

Peço-lhe: acabe com o conflito na Ucrânia; apesar de cruelmente dilacerada, deixe-a recompor-se e voltar à serenidade que por direito lhe é devida. Se ponderar bem, concluirá que é sempre mais valorizada uma paz relativa, do que um “triunfo glorioso” resultante de uma invasão desnecessária. Isto, para ambas as partes, como é compreensível.

O SER HUMANO TEM SÊDE DE PAZ NO MUNDO, CARO PRESIDENTE!

Medite nisto.

Atenciosamente.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 03/05/2022

http://antoniofsilva.blogspot.com/

 

Nota:

Faço por não usar o AO90

 

  

 

 

 

   

 

 

 

   

2 comentários:

  1. È lamentável uma agressão: comentar e não esclarecer que qualquer agressão, sempre tem motivos «mais ou menos fortes», não explicar que a Ucrânia, violou sem justa causa os acorde de Minsk, subestimando que o efeito dessas provocações, podia ter a resposta violenta que está a ter, é no mínimo, falta de experiencia para lidar com situações de tamanha responsabilidade...

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  2. Não tenho nada a esclarecer. Apenas expresso a minha opinião. Certa ou errada, é minha.

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