Pensem bem antes de
votar;
a Política deve ser
analisada pelo raciocínio
e não pela simpatia do eleitor
pelo POLÍTICO e/ou
PARTIDO.
*O VOTO
Considerando que o sufrágio o produto de uma análise conscienciosa, não me arrogo ao direito de condenar nem de criticar quem elege, pertença a que “pigmentação” pertencer. Condeno sim, aqueles que, depois de eleitos, traíram a confiança dos eleitores. Deslealdade essa, que me impulsiona a estar sempre do lado dos mais fracos; os votantes traídos. Aqueles infelizes, que se deixaram levar por fantasias ou interesses individuais alheios, e arrastaram os outros para o fundo do fosso.
É
compreensível que, finalizada uma campanha, quando o corpo governamental começa
a tomar forma e a dar novas feições às normas anteriormente estabelecidas,
muita cabeçona (não tem outra designação), coça o piolho, mineiro do
arrependimento, mas já não há remédio para a cura.
A festa já passou, a esperança esfumou-se e as
calosidades da realidade dão-nos cabo do refrigério, retiram-nos
compulsivamente dos braços de Morfeu e arremessam-nos sem piedade para o buraco
negro da insónia onde as preocupações nos capam o sono.
Não é caso
para menos!?
Há muito tempo
que, de quatro em quatro anos, a sorte nos tem batido à porta e por temo-la
deixado escapulir, porque no-la têm apresentam encharcada de limos
escorregadios, plantados nas nossas débeis mioleiras por palavras falaciosas, artística
e antecipadamente assimiladas, para, de rajada, as arengarem em “científico improviso”,
cujo conteúdo é inocentemente atestado por alavajados almoços, jantares e
ceias, abrilhantados ao som de gaitas-de-fole, concertinas, pífaros e cornetas
sob o frenesim de ranchos folclóricos, palhaços, trampolineiros, aldrabões e
pessoas de bem, que vão maneando os bandulhos ao compasso de cavernosos e
fedorentos arrotos, trauteando a musicalidade pelas trincadelas no palito ao
canto da boca, acabando sempre com um ensurdecedor e despropositado bater de
palmas.
Quando o
martelo começa a bater no cravo é que são elas.
Lá começa o
barulho silente mas enlouquecedor, na bigorna da consciência daqueles que contribuíram
com a sua conivência para uma maioria absoluta, que eles pensavam na boa-fé,
ser a melhor solução.
Enganaram-se!
É natural. Isso só não acontece aos burros e aos que não arriscam uma cartada;
por isso merecem ser perdoados e se possível corrigidos, para que numa próxima
etapa não venham a cair na mesma palermice.
O voto direccionado
para uma maioria absoluta, dá como resultado uma democracia minada por um
despotismo incontrolável, aparafusado à trilogia do “quero mando e posso”, mas
onde ninguém é responsável por nada. Neste sistema, nunca ninguém é conhecedor
de quem fez o rombo no barco.
Por este ano
as condições climáticas terem sido de temperaturas amenas, estou esperançado
que as memórias não tenham congelado obrigando o poder analítico a hibernar.
Oiçam bem o
que vos transmitem, e, se forem moucos de um ouvido, enfiem um velho funil no
outro, que ajuda ouvir muito melhor.
Aprendam a
distinguir as verdades das aldrabices, porque quem vos linguaja as “caldeiradas
palavrório”, não são pessoas inteligentes, porém poços de manha, onde a esperteza
desponta; analisai bem, senão correis o sério risco das promessas benéficas se
transformarem em dívidas insolúveis. Já tivestes a prova.
Agora,
mantende-vos “acordados enquanto dormis” e aparentai dormir quando estais
acordados!... Depois, elegei segundo o vosso arbítrio! Sem festas, sem palhaçadas,
sem lambuzices, pois não sabeis o que acontecerá a partir do dia seguinte.
As coisas boas
devem festejar-se depois de construídas e não, quando ainda estão embrionárias.
Devem executar-se pela realidade dos factos e não pela esperança dos mesmos.
Entendido?...
Espero bem que sim!?...
António Figueiredo e Silva
Coimbra,03/08/2021
http://antoniofsilva.blogspot.com/
*Não é meu
costume, porém, desta
vez, vou ser delicado e compreensivo.
Nota:
Faço por não usar o AO90
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