quinta-feira, 27 de maio de 2021

OS HEBREUS

 


“Quem não sabe se defender nesta vida,

apanhará para toda eternidade.”

(Wesley D’Amico)


OS HEBREUS

האנשים

ЕВРЕИ

DIE HEBRÄER

 


    Após a Segunda Guerra Mundial, através de uma deliberação da ONU, foi atribuído aquele recôndito e minúsculo sítio, para Pátria dos Judeus. Porém, desde a proclamação da sua independência, em maio de 1948, como país titulado de Israel, consolidado como um Estado Judeu e Democrático, nunca mais aquelas gentes usufruíram de um sono descansado. Aliás, sempre foram perseguidos através dos tempos. É o desígnio dos filhos de Judá, rebento de Jacó – segundo reza a história.  

Apesar de ter “queimado” pestanas durante largas horas dedicadas a leituras sobre o tema em quesito, nunca cheguei a entender por que é que este povo foi sempre anatematizado.

Será que aquelas pessoas não têm direito a uma pátria sua aonde possam viver em paz?!

Logo que foi declarada a independência, com os “respeitosos cumprimentos”, no dia seguinte, os “abutres” caíram-lhe em cima. O Líbano, a Síria, o Iraque e o Egito, fizeram o seu ataque surpresa contra aquela leira de quatro por cento, apartados da imensa área árabe (ainda sobra muito terreno para criarem muitos camelos), para concederem um cantinho destinado ao repouso daquele povo e à uma identidade própria, como nação. ISRAELITAS.

Depois de tudo o que aquela gente tem passado, entendo que sim.

Esta comunidade, que durante tantos séculos foi cosmopolita compulsivamente por força de circunstâncias diversas, porque não havia de ter direito a um bocadinho seu, neste planeta de invejosos?! Não lhes foi atribuído um paraíso; o que actualmente existe, foram eles que o construíram.

Transformaram uma ínfima parte de deserto seco, pedregoso e estéril, num oásis verdejante e colorido; devido à escassez de água, foram os inventores do processo de fertirrigação (rega gota-a-gota), para fazer germinar e desenvolver as suas culturas, tendo em cuidado a economia hídrica. Onde só havia calhaus e areia amarelada, que o sol agreste calcinava, levantaram cidades, vilas e aldeias; fizeram “milagrosamente” brotar das areias áridas, grandes pomares de sumarentos citrinos. Têm mostrado ao Mundo, que o sacrifício e a perseverança, usadas por medida, compensam.

Já vi que o mal não reside naqueles que se contentam com pouco, mas nos outros, para quem o muito não lhes mitiga a avidez.

Espertos, são de certeza; só que vão muito além dessa esperteza; são INTELIGENTES, IVENTIVOS E ARGUTOS. Se não tivessem estas virtudes, já haviam sido varridos do planeta, como meros e imprestáveis trastes, uma vez que não faltaram tentativas para que isso tivesse acontecido. Só nestas probidades pode residir a causa de tamanho ódio àquele povo.

Todos sabemos.

Por onde passaram, deixaram marcas dos seus resultados; quer na religião, quer nas artes, quer em várias vertentes da ciência. Além disso, muitos, mas muitos, ainda deixaram todos os seus haveres ou foram chacinados às mãos de impiedosos verdugos - alguns deles assumidos crentes em Deus.

Estou tão cheio de os ver serem espezinhados, que a minha força moral já não deixa calar o meu grito de revolta.

São odiados porquê? Só pode ser por cobiça. Por ansiarem ser como eles são. Por não terem capacidade de lhes comerem as papas em riba da cabeça.

Estou crente de que se deixarem de os atacar, eles não farão mal a ninguém.

A sua nação é pequena, contudo, a inteligência daquele orgulhoso e obstinado povo, tem-lhe dado umas dimensões que têm superado o inimaginável.

Deixem-me relembrar de que, dois dos Homens que modificaram o Mundo, eram judeus; Jesus Cristo e Albert Einstein.

Deixem os Israelitas, hebreus, judeus, ou que queiram chamar-lhes, em paz.

Ainda cá cabemos todos.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 27/05/2021

http://antoniofsilva.blogspot.com/

Nota:

Procuro não fazer uso do AO90

Sem comentários:

Enviar um comentário