sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

“VIGARISTA?!”

 


"A vitória é saborosa ao sábio que observa

os insultos de um tolo obediente indignado."

(Desconhecido) 

 

“VIGARISTA?!”

 


O insulto é “arma” dos fracos; é o “calhau” que atiram como último recurso aqueles que se sentem a afogar no lodo inconsistente das suas afirmações; é o grito enraivecido, distinto das criaturas que têm a personalidade franzina; é a resultante da baixeza dos que alimentam o rancor encardido no seu interior, quando sentem que a fiabilidade das suas evangelizadas “verdades” é posta em causa;  é último alento de um espírito ressentido quando sente que a defesa da sua causa está a ser abalroada; é o último grito do “cisne” quando a vida está perto do fim.

É sabido que não sou entusiasta de André Ventura, nem da grande maioria daqueles que fizeram da política a sua ocupação para “trabalharem” o povo; a vaca leiteira que lhes alimenta o corpo e sustenta os seus vícios caprichos; a fonte luminosa de indulgências, cuja aura os protege e livra de todas as merdas que possam fazer, mesmo que para isso tenha de ser sacrificada uma população completa.

Ora passamos ao assunto:

 

“André Ventura que na realidade é um vigarista”.

 

Ulteriormente a uma oposição sem pujança e insalinizada, esta foi a frase que mais marcou a vitória e a postura negativas de Mariza Matias. Foi a forma mais tosca de acusar o seu desalento, face ao sentimento da derrota anunciada.

Foi a oportunidade que André Ventura aproveitou para pôr em prática a lição que lhe havia sido “oferecida” na véspera por Marcelo Rebelo de Sousa, durante o anterior debate.

Manteve-se calmo, em vez de “espingardar”. Talvez como forma de reconhecimento encapotado ao Sr.  Professor Marcelo

“Vigarista!”

Da boca de quem partiu, entendi este vocábulo, não como uma forma de coragem, porém como uma falta de polimento da personalidade, e, ao mesmo tempo, como uma anuência à capitulação.

Tenho ouvido muitas vezes esta palavra ao longo da minha vida, em momentos de exaltação, porém pronunciada por pessoas acometidas por baixo nível eruditivo e temperamental, por norma depreciativamente titulados de labregos.

Partindo do princípio que a política deve ter como objectivo a busca de concordâncias para a existência de comunhão pacífica no seio de uma comunidade. Ela é fundamental, para aplainar e estabilizar as diferenças de pensamento, uma vez que vivemos em confraternização; sendo que, nem todas as pessoas raciocinam da mesma forma.

A política deve ser exercida a pensar no bem de num povo, e não num colorido partidário. Os resultados das reflexões devem ser límpidos e primar pela igualdade de direitos e DEVERES. Se ao contrário, deixa de ser política. É politiquice, mexeriquice, peixeirice, sujeira e oportunismo.

Até agora, só reconheço os adjectivos do parágrafo anterior. Assim sendo, foram estes predicados, em nada louváveis, que aos poucos têm vindo carcomer a nossa economia, a nossa segurança e a nossa coesão como membros de uma mesma comunidade.

Mais devo declarar: estávamos bem entregues à bicharada com Presidentes da República deste quilate!?

PORRA!?

Mais não digo.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 08/01/2021

 

http://antoniofsilva.blogspot.com/

 

Nota:

Faço por não usar o AO90

 

  

 

 

 

 

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