domingo, 10 de janeiro de 2021

AULA MAGNA

 


Com o “rabo preso”, quaisquer fundamentos,

por muito bem exibidos que sejam,

 perdem credibilidade.

(A. Figueiredo e Silva)

 

         

AULA MAGNA

(Das eleições Presidenciais 2021 em Portugal)

 

De forma alguma é ambição minha, desvalorizar o mérito e o percurso curriculares de Ana Gomes. Não deixo por isso, de atribuir-lhe a minha mais franca homenagem e admiração.

Mas… há sempre um mas!?

Também devo acrescentar, que assisti ao debate mais civilizado e mais ponderado de todos os que até agora tenho conhecimento.

No entanto, com a moléstia e o frio que estão a assolar a Europa, especialmente Portugal, no dia do frente-a-frente para as eleições presidenciais, Ana Gomes já deve ter-se arrependido por não ter ficado em casa, à lareira, a tricotar uma camisola de lã e a saborear o calor irradiado pelos tições que lamentavam a sua sorte, com o artifício de crepitantes estalidos.

Procurou ardilosamente, bulir com a dignidade do seu antagonista, chamando à colação tomadas de posição por ela tidas como “erros crassos” devido falta de sensibilidade própria, interesses subjacentes, ou duvidoso conhecimento da Constituição da República Portuguesa, durante o seu mandato presidencial. No entanto, ele não baixou o florim e bem soube manejá-lo habilmente e com a sutileza de um bom mestre, esgrimindo com acentuada destreza todas as razões que o levaram a essas tomadas de posição com que era confrontado.  

Marcelo Rebelo de Sousa, tem uma dignidade e uma modéstia fora do comum, própria das pessoas de bom íntimo. É indulgente, compassivo e conciliador. Para lá disto, não me parece ter o cérebro vazio, nem atacado pela senilidade ou pela insipiência intelectiva. Ainda sabe muito bem o que deseja, e, quando no campo de batalha, como tem acontecido, sabe defender-se dos ataques que com alguma falácia lhe são dirigidos, combatendo-os com uma argumentação limpa, pragmática e concisa, realmente digna de um Professor sapiente, hábil, e de consciência limpa.

A tentativa de ”colagens” amistosas, falhas de veto, “falta” de promulgações ou ilegalizações de ideais políticos, (já legalizados), desconhecimento dos princípios instituídos, e outros temperos insinuados na caldeirada verbal arquitectada por Ana Gomes, não sortiram a materialização do efeito por ela ambicionado, apesar da convicção e tenacidade que usou na batalha “campal” da política portuguesa, concernente às Eleições Presidenciais 2021.

“TRICOT, TRICOT”!

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra,10/01/2021

 

http://antoniofsilva.blogspot.com/

Nota:

Faço por não usar o AO90

 

 

 

 

 

 

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