segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

"TRIUNVIRATO"

 

 

“TRIUNVIRATO”

 

Deparei com este “post” no Facebook; desconheço, porém, o obreiro de tão engraçada montagem fotográfica, a quem não posso deixar de apresentar as minhas
congratulações. São figuras que vão ficar para a história como símbolos da mais “pura honestidade e nobreza” (?).

Reconheci tanta piada à obra, que resolvi tecer um “reles” cobertor criticista, aproveitando para o trabalho de tecelagem, os “puídos retalhos” dela decorrentes. Ao que parece, o civismo, a ética e a moral, apesar de terem encontrado as portas trancadas, estas figuras continuam a voejar e a crocitar livremente no seio da nossa pobre “machamba” populacional, entorpecida e pasmada, contudo, inerte.

Não, esta não foi a coligação política instituída em 60 a.C., na República Romana, entre Júlio César, Pompeu, e Marco Licínio Crasso, que se manteve até 53 a.C..

Este “Triunvirato” é outra loiça! É fraca de porcelana ou ordinária faiança produzida em Portugal. Até porque, na época de Júlio César, não havia nascido o Menino Jesus, e assim sendo, ainda não tinha sido inventado o Natal!?

Estas fisionomias aqui retratadas e bem tratadas, são algumas das “flores” desabrochadas no nosso século, (há muitas mais), que cresceram azotadas com alforges de oportunismo permitido por uma política oligárquica debilitante, (tem-se visto), propícia ao crescimento de “amigos ricos”, à proliferação de compadrios, a “herdanças” chorudas guardadas em cofres de ficção, e ao abandalhamento da ordem e do pregresso, sem se apiedar da população que até agora nos tem governado – este “governado” estou a mentir.

Esta política governativa de caca, infectada pela soltura, permitiu que os sistemas económicos com reputação e idoneidade entrassem em derrocada, e os seus mentores continuem a pavonear-se, deixando, no entanto, os saldos negativos, para o povo solver. Já sei que a crise vai ser derramada sobre as costas fortes da moléstia pandémica, à qual presentemente vão ser atribuídas as culpas. O engraçado é que a passarada mais arredia, não vai para o “Hotel de Évora ou outro estabelecimento idêntico, passar umas merecidas férias em confinamento forçado.

Será que o Natal deste “Triunvirato” vai ser excelente?

É natural que sim. Porque o pudor e a vergonha são inexistentes onde não houver um robusto plantio de formação moral e cívico. Subjacente a estes predicados, pouco abonatórios, diga-se, e para ajudar à concretização dessa felicidade natalícia, grande parte da justiça também está podre por dentro e cega por fora, e os órgãos que tentam zelar pela nossa segurança, são desvirtuados. Todos estes “condimentos” têm vindo a contribuir para essa “Tri-Santa Felicidade” – além destes três, existem outros “Poli-Bem-aventurados.

Bem, no fim, a própria Natureza se encarregará de repor a PAZ E A IGUALDADE ENTRE OS HOMENS, REGALANADO-OS COM UMA DEMOCRACIA VERDADEIRA E ETERNA.

Por isso, e para concluir, gostaria de citar a frase que se segue, que não é minha, mas de alguém que assinou, Xico Xavier:

Gostaria de dizer-te, para que vivas como quem sabe que vai morrer um dia, e que morras como quem soube viver direito.

 

Então, BOM NATAL.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 21712/2020

http://antoniofsilva.blogspot.com/

Nota: faço por não fazer uso do AO9.0

 

 

 

 

 

  

 

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