Compreendo
que a “velhice” é uma grande escola,
se bem que, não descoro que uma vaidade cega,
é
uma colossal imperfeição que pode converter-se
numa ameaça desvantajosa para uma comunidade.
(António
Figueiredo e Silva)
O
“MERCADOR”
Sinto-me
radiante por descobrir que lá dos lados onde nasci e vinguei, apareceu alguém,
que, além da política, seu ganha-pão prediletco, é senhor (diz), de uma veia
para o mercantilismo, ramo sobre o qual tem lições para dar ao Mundo! Não fosse
ele oriundo de uma zona altamente industrializada nas mais diversas vertentes;
máquinas de costura, moldes para plástico, cortiças, calçado e chapelaria;
sendo esta última, conjuntamente dedicada ao fabrico, não só de chapéus, mas de
outros resguardos cabeçais de relevo, como barrêtes, bonés e carapuças, que
também têm bastante procura, principalmente nas épocas sazonais eleitoralistas,
porque, quando bem esticados, além de manterem a mioleira quente a refogar as
ideias vazias de conteúdo, também podem servir de manufacto obstructivo à
visão, estreitando o seu horizente.
Sei que ali pelos arrabaldes, subsiste um “formigueiro”
de sucateiros, mas nunca me passou pela cabeça, que houvesse uma mente
sanjoanina com propensão, vivacidade e sapiência mercantis, para se direccionar
à compra de 51 “tipóias” de comboio, já calejadas de tanto andarilhar, (“sucata”),
que após uma “curta” convalescença com vista à sua recuperação, consta que
serão ofertadas como prenda de Natal e de Réis, num gesto de beneficência ao
norte do país. Vão direitinhas, carrilar (?) na linha do Minho. Que sorte vão
ter os minhotos! Bai haber festa
rija. Ai bai, bai!
“Convictamente”, (não confundir com
convincentemente), O Digmo. Ministro, referiu que foi um bom alborque. Segundo
argumentou, são para consertar, mas os gastos serão uma bagatela. Compra 51
pelo preço de uma?! É obra! Mas c’óbra!?
Fico contente, porque, graças à sua
mestria “comercieira”, soube aproveitar-se da “ignorância” dos “espanhóis,
passou-lhes a perna e fez-lhes uma pega de cernelha – deve ter sido mesmo uma ganda negócio!
E
mais, ainda se gabarola de ter ficado com uma lição, para dar lições ao mundo,
mostrando com este gesto, que não é egoísta.
E,
como diz o povo; “Com
papas e bolos, se enganam os tolos”!
Gostei
muito deste bocadinho.
Os meus parabéns a Pedro
Nuno Santos, Ministro das Infra-estructuras de
Portugal.
António Figueiredo e Silva
Coimbra,07/07/2020
Nota:
Não faço uso do AO90.
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