Há uma espécie de
pobreza espiritual na riqueza,
que a torna semelhante à mais negra miséria.
“CHALAÇAS”
DE “MARAJÁ”
Enquanto os párias angustiam, há sempre quem
ouse galhofar com a negra situação que atravessamos.
Que o sorriso gozador, é uma das suas
grandes particularidades, já eu tinha notado; porém, jamais me passou pela
cabeça que o Primeiro-ministro de Portugal, António Costa, fosse capaz de descer
do seu dourado palacete, a um tão “rústico palanque”, para se abalançar na
concorrência à comicidade, por vezes balofa, de Ricardo Araújo
Pereira.
É muito simples, para quem não tem noção
de responsabilidade, tomar como mote, uma situação que os portugueses condenam,
para persuadir a população importunada e descontente da nação, a rir do
burlesco. Só aqui. E só o presumível postulante a “humorista”, António
Costa,
até hoje o conseguiu fazer. Bem-haja! Foi ridiculamente engraçadíssima a
analogia, sem “logia” alguma, como é
sabido.
O Ricardito
que se ponha à tabela, porque está sujeito a perder o emprego, porque o nosso
Primeiro-ministro é muito melhor do que ele. Olarila! O único tafulho de que o Ricardito
dispõe, é dizer amen e sorrir, ainda
que com pálida côr e sem vontade alguma, mais para fazer o jeitinho, se não
pode ser mesmo corrido do panelão do parlapié.
Bem, ele não é patego e bem sabe que as arreatas da érea informativa estão nas
mãos do Sr. Primeiro-ministro, que, mesmo falando a sério, parece estar a troçar.
Esta da “injecção,
para combater o vírus”, deu-me cá uma mocada na
bigorna que a deixou a meditar coisas impensáveis, que, pela sua belicosidade,
precisam de ser resguardadas no cofre-forte da minha imaginação, bem longe das
vistas do público, não vá o Diabo tecê-las.
E para concluir o “ramalhête de cravinas”,
ainda argumenta, pluralizando, convencido de “esmerada” sapiência, - a honra
lhe seja feita - que “A
vacina é para nós ficarmos imunes aos vírus, os antibióticos é (devia
querer dizer, são) para
combater os vírus” – valente piada! Isto são raciocínios que
não germinam em qualquer em qualquer “triturador” encefálico, por muito
brilhante que seja considerado. É obra, caraças!
Aqui é que está a graça, cuja emersão gera
nos portugueses um misto de estupfacção comiseração irrisórias, que por alguns
momentos anestesiam as dores de calos infligidas pela “agulha volumosa” e mal
“desinfectada”, utilizada na dita “injecção para a combater o vírus” que
vitimou o BES e de certeza que vai infectar, sem
apelo nem agravo, as algibeiras dos pacíficos (na sua maioria) portugueses.
É engraçado, atão num é?!
Sinto algum remorso por não ter “botado”
na sua pessoa para integrar a governação nacional, mas, fica para a próxima botadura.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 01/07/2020
Nota:
Opto
por não fazer uso do AO90.
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