“Para criar
inimigos não é necessário declarar guerra,
basta
dizer o que se pensa”.
(Martin
Luther King)
A
VERDADE, DÓI!
TRUTH
HURTS!
ПРАВДА РАНИТ!
A
frase acima inserida, é de uma figura que sempre admirei, pela resistência e
coragem demonstradas na defesa dos seus ideais, no que diz respeito à liberdade
de pensamento e de acção, por uma sociedade mais justa, mais humana; logo, mais
tolerante. Lamentavelmente, esse ideal por ele sonhado,
está muito longe de se tornar realidade; oxalá que sim, mas duvido que algum
dia isso venha a ser uma evidência.
Raros são os “animais” que condescendem com
os desafogos de um pensamento livre, se estes não forem favoráveis às suas
crenças, sejam elas ideológicas, políticas ou religiosas, mesmo que estes sejam
edificados em realidades de irrefutável contestação.
Considero o cérebro humano um microcosmos
dentro do Universo, que, apesar da sua aparente “independência”, é regido por
essa Grande Força Universal. Não digo somente que é bastante complexo, porque
entendo esta apreciação ser diminuta para o mistério em causa, porém, é de uma
complexidade de tal grandeza, que a compreensão do seu sistema funcional,
escapa à investigação dos mais experientes vasculhadores da Mente.
Ao longo do percurso da minha existência
tenho observado que esse misterioso espaço constituído por massa cinzenta, tem espicaçado
o ser vivente de consciência obstruída, à conquista da supremacia, em todos os
aspectos da vida mundana, procurando todos os meios, por mais carrascos que
sejam, para atingir, o que considera a Superioridade. Se, as valências da
lógica, forjadas nos cânones da ética, mostrarem um sentido desapiedado e os objectivos
não são alcançados, sobrevém a grande chatice personalizada, que se vai
naturalmente avolumando, até se tornar num grande problema Global. É o que tem
vindo a ocorrer.
É por isso que a realidade, quando exposta
com franqueza, dói; é capaz até, de destruir considerações. A sua dor, é sempre
na razão directa da fundura atingida pela sovela da coerência no estado
apodrecido dessa Superioridade endémica, que a falsidade impunemente corrói e a
obstinação preserva.
Mas, o ser pensante é assim!?
O direito de pensamento, quando expresso
com franqueza, tem a qualidade de estropiar sempre o capricho de alguém; sendo
por isso óbvio, que, quase sempre, não tem lugar vago na assembleia que confirma
a liberdade de pareceres. A verdade, é absoluta sim, enquanto se mantiver reprimida
com “pavor” da crítica invasiva gerada pelos insensatos (os prováveis inimigos
sem guerra). Quando é remetida ao silêncio; existindo apenas em estado
embrionário no útero quimérico do pensamento. Quando se dá o parto da verdade,
e esta sobe à superfície das águas turvas da dúvida e vê a claridade do dia,
deve causar tanta dor naqueles que desejam dissimular a impostura que com
devotado fingimento suportam, que muitos preferem, caladinhos, continuar a
viver no vazio do logro que criaram, para não darem a mão à palmatória, ou
sublevarem-se com catapultas de impropérios e maldizer, sob o palavreado da
mais rasca linguagem que o nosso léxico possa conter.
Por isso, a
liberdade opinativa é um mito. Quando o seu sentido analítico é racional, são sempre
erguidas, por artífices aldrabões e de ambição incontrolável, paliçadas
esconjuradoras de impropérios, que dificultam o seu avanço, aos olhos dos enceguecidos,
ou daqueles que se recusam a ver (teimosos, fanáticos, aduladores, sectários,
interesseiros etc.).
Como
“rezou” Lau Tzé, “Se o desejo escraviza
o pensamento, a verdade foge de imediato pela janela mais próxima. Quando as
pessoas abandonam sua natureza essencial para seguir seus desejos, as suas acções
nunca são correctas“…
É por isso que, A
VERDADE DÓI! - AOS “CONVENCIDOS”.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
14/07/2020
Nota:
Faço
por não usar o AO90
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