terça-feira, 14 de julho de 2020

A VERDADE, DÓI! TRUTH HURTS! ПРАВДА РАНИТ!


“Para criar inimigos não é necessário declarar guerra,
basta dizer o que se pensa”.
(Martin Luther King)


A VERDADE, DÓI!
TRUTH HURTS!
ПРАВДА РАНИТ!



A frase acima inserida, é de uma figura que sempre admirei, pela resistência e coragem demonstradas na defesa dos seus ideais, no que diz respeito à liberdade de pensamento e de acção, por uma sociedade mais justa, mais humana; logo, mais tolerante.    Lamentavelmente, esse ideal por ele sonhado, está muito longe de se tornar realidade; oxalá que sim, mas duvido que algum dia isso venha a ser uma evidência.
Raros são os “animais” que condescendem com os desafogos de um pensamento livre, se estes não forem favoráveis às suas crenças, sejam elas ideológicas, políticas ou religiosas, mesmo que estes sejam edificados em realidades de irrefutável contestação.
Considero o cérebro humano um microcosmos dentro do Universo, que, apesar da sua aparente “independência”, é regido por essa Grande Força Universal. Não digo somente que é bastante complexo, porque entendo esta apreciação ser diminuta para o mistério em causa, porém, é de uma complexidade de tal grandeza, que a compreensão do seu sistema funcional, escapa à investigação dos mais experientes vasculhadores da Mente.
Ao longo do percurso da minha existência tenho observado que esse misterioso espaço constituído por massa cinzenta, tem espicaçado o ser vivente de consciência obstruída, à conquista da supremacia, em todos os aspectos da vida mundana, procurando todos os meios, por mais carrascos que sejam, para atingir, o que considera a Superioridade. Se, as valências da lógica, forjadas nos cânones da ética, mostrarem um sentido desapiedado e os objectivos não são alcançados, sobrevém a grande chatice personalizada, que se vai naturalmente avolumando, até se tornar num grande problema Global. É o que tem vindo a ocorrer.
É por isso que a realidade, quando exposta com franqueza, dói; é capaz até, de destruir considerações. A sua dor, é sempre na razão directa da fundura atingida pela sovela da coerência no estado apodrecido dessa Superioridade endémica, que a falsidade impunemente corrói e a obstinação preserva.
Mas, o ser pensante é assim!?
O direito de pensamento, quando expresso com franqueza, tem a qualidade de estropiar sempre o capricho de alguém; sendo por isso óbvio, que, quase sempre, não tem lugar vago na assembleia que confirma a liberdade de pareceres. A verdade, é absoluta sim, enquanto se mantiver reprimida com “pavor” da crítica invasiva gerada pelos insensatos (os prováveis inimigos sem guerra). Quando é remetida ao silêncio; existindo apenas em estado embrionário no útero quimérico do pensamento. Quando se dá o parto da verdade, e esta sobe à superfície das águas turvas da dúvida e vê a claridade do dia, deve causar tanta dor naqueles que desejam dissimular a impostura que com devotado fingimento suportam, que muitos preferem, caladinhos, continuar a viver no vazio do logro que criaram, para não darem a mão à palmatória, ou sublevarem-se com catapultas de impropérios e maldizer, sob o palavreado da mais rasca linguagem que o nosso léxico possa conter.
            Por isso, a liberdade opinativa é um mito. Quando o seu sentido analítico é racional, são sempre erguidas, por artífices aldrabões e de ambição incontrolável, paliçadas esconjuradoras de impropérios, que dificultam o seu avanço, aos olhos dos enceguecidos, ou daqueles que se recusam a ver (teimosos, fanáticos, aduladores, sectários, interesseiros etc.).
Como “rezou” Lau Tzé, “Se o desejo escraviza o pensamento, a verdade foge de imediato pela janela mais próxima. Quando as pessoas abandonam sua natureza essencial para seguir seus desejos, as suas acções nunca são correctas“…
É por isso que, A VERDADE DÓI! - AOS “CONVENCIDOS”.

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 14/07/2020


Nota:
Faço por não usar o AO90



Sem comentários:

Enviar um comentário