Não existe racismo maior do que odiar
a ti mesmo.
“TRATAMENTO
DEMOCRÁTICO”
Tenho
andado bastante azoratado cá da caixa dos pirolitos por andar com um peso na
consciência que me tem rapinado o sono,
com a consequente afectação do meu sistema nervoso, que tem capitulado perante
a coação de tensa irritabilidade. Há pessoas “corajosas” deviam estar no lugar
certo e não se aventuram a isso, porque nesses sítios, o ambiente é tempestuoso
e letalmente imprevisível. Quer dizer que, a sua “bravura”, não passa de disfarçada
cobardia ataviada de “arrogância”.
É caso do “Mamadu” e outras
ppppppp,fffffffffff,pvpvpvpv… fi…figuras, que não se têm poupado a esforços,
para institucionalizar a violência na confraria lusitana, que tem sido
permeável e complacente para todas as raças, cores e crenças, que se têm
amontoado neste Portugal francamente democrático. Não. “Extravagantemente”
popular, onde é consentido a qualquer reles carriça, venha ela de onde vier,
fazer-nos o ninho atrás das orelhas. Estamos nisto.
Este “ícone” do racismo, um obstinado
contestatário às actuações das forças policiais - além de outros figuras
enfermas do mesmo mal – está aqui a perder-se em Portugal, quando tem outros
caminhos pela frente, em locais que mais dele necessitam e onde terá
oportunidade de colocar o seu pescoço à disposição, por uma causa justa, que
ela abraça com assolapada paixão, contida entre apertadas aduelas de profundo e
revoltado fundamentalismo, que tem demonstrado, ao querer colocar a sua
convicção fungosa como uma verdade absoluta. O racismo.
Só que, não existem verdades absolutas; todas elas são relativas e obedecem a
valores; temporais, geográficos, humanos, religiosos, políticos e muitos
outros, que interferem na maneira de pensar e promovem uma luta “sanguinolenta”
entre o cérebro que pensa
e o cérebro que sente.
Habitualmente, quando o
cérebro que pensa se deixa dominar pelo cérebro que sente,
surge a primavera dos “mamdus” destemidos, que só crescem e se reproduzem
quando o “terreno é mole” e as condições “climáticas” estejam de feição para a
sua multiplicação.
Mas o racismo,
seja ele colorido ou étnico, desfruta do mesmo nexo causal. É uma forma de psicopatia
dolosa que fervilha num caldeirão de complexos de inferioridade, salinizados
com laivos de inveja à mistura, interiorizada por mentes débeis, que
regularmente são sustentadas por intelectos situacionistas e acabam por gerar
sérios comportamentos anti-sociais. Fácil, não é?
Mas porquê, aqui, se há tanto campo para
desbravar por esse Mundo fora, onde a chaga rácica
é bárbara, desapiedada e manifestamente desmiolada? Aí a coragem vacila, não é?
Não há escassez de gumes afiados à espera de um gorgomil ou uns balázios
“perdidos” à procura de uma cabeça no local errado.
É mais “poreiro”
estar por aqui, não é?! - Pois, só chove ameaços. Mesmo no rubro da mais
inflamada bandalheira, de antagónica e conflituosa balbúrdia, até é sereninho!
Cada um late no tom que mais lhe almeja, no uso, embora por vezes abusivo, do pleno
direito ao pregão das suas convicções, ainda que contrárias à ordem e á
estabilidade de uma comunidade, que é a nossa; onde todos podemos viver em paz,
se não existirem rufiões que se recusem a aceitar os direitos e os deveres nela
instaurados, e, por via disso, instigarem à insurreição, à desordem.
Platão,
estimado como o patrono da civilização ocidental, assim registou: “Não se pode esperar que a liberdade
extrema conduza a algo que não uma mudança para a escravatura extrema” – era
bruxo, digo eu.
Resumindo: não posso com isto.
Tem de haver um qualquer “tratamento
democrático” para a cura desta complexa moléstia, que tem vindo a contribuir
para a instabilidade social interna, e para a dignidade negativa de Portugal no
Mundo.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 05/06/2020
Nota:
Procuro não fazer uso do AO90.
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