Tudo aquilo que engana,
parece libertar um encanto.
(Platão)
É
CHATO!
Com
o fim do Estado de Emergência, inúmeros cidadãos se deslocaram para os areais,
sôfregos de vitamina “D” e ávidos de uma lavagem geral, com o amolecimento das
cascas acumuladas durante o confinamento. É natural.
Nestas corridas à “banheira”, há sempre
acontecimentos dignos de registo, dos quais alguns mirones mais atentos se
aproveitam, se não mais para matar o tempo, na “segurança” obrigatória da sua
máscara, como mandam as regras
Para
os “paparazzi” de “meia-tigela”,
qualquer niquice serve para fazer trabalhar o opturador da maquineta
fotográfica.
Penso que deviam ter mais um bocado de estimação
para com a privacidade alheia, mesmo que esta demonstre alguma tangência pelo
caricato.
É verdade que causa alguma piada, mas que
diabo, só porque se trata da primeira figura da nação, já não é dado o direito
de estar à vontade como qualquer ouro cidadão?! Bolas!
Apareceu-me esta foto no “face”; olhei com muita atenção, e, após
analisar a sua para posição e expressividade em toda plenitude, de facto, esta
quer induzir-me a pensar que qualquer coisa de alienígena, está a querer
apoquentar o sistema fisiológico nosso Presidente Marcelo
É evidente
que não poderei afirmar o resultado da minha conclusão, contudo, confiando na sensibilidade
da minha apreciação, o homem apresenta – a meu ver - estar atacado por
tempestuosa flatulência que o apoquenta e lhe faz inflar a derme do peritoneu,
e que ele logra uma oportunidade para aliviar o “sofrimento”, ou então, compelido
por aflitiva emergência, preceder a uma lavagem da uretra, mesmo por baixo da
toalha, com um copioso fluxo urinário, fazendo a vontade à bexiga impertinente
reclamante.
São situações como esta, que as máquinas fotográficas
deviam ser cegas, e por vezes até vêm demais – como se calhar, eu.
Eu sei que um “home é um home e um bitcho é um bitcho”, mas… que diabo! Este é o
simpático Sr. Presidente da República Portuguesa.
Vamos lá a ter juizinho!? Há que respeitar
o “sagrado recato” de cada um – se foi este ocaso.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 01/06/2020
Nota:
Não
uso o AO 90
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