“Um grande estado não pode ser governado
com base nas
opiniões de um partido.”
(Otto von
Bismarck)
DÁ QUE PENSAR, NÃO DÁ?!
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Atingiu,
em Abril; e agora, que já passou Maio?!
É de ficar reticente e apardalado, caraças!
Verdadeiramente, dá que pensar!
Principalmente a mim, que julgo ter sido
um dos privilegiados, por a Natureza me haver atribuído um bom recheio de massa
encefálica para ocupar o interior do meu tortulho racional. Embora um pouco
debilitado pela “juventude” aneira, ainda vai discorrendo algo que pode ser
utilizado, se não mais, para arrebunhar a letargia incapacitante, de outros
encéfalos considerados mais “brilhantes”, porém menos capazes de prosseguir com
os objectivos a que se propuseram – quando a “garfada” é maior do que a
cavidade “bocal”, engasga.
Então apareceu, vasculhado não sei de aonde,
uma figura tida como uma preciosidade em magnificência económica – ás tantas
desportiva – e depois de nos colocar na sargêta, meditabundo, coça a piolheira?!
Agora, o fármaco já vem tarde; a gestão foi asfixiada.
Gerir o labirinto económico de uma nação,
mesmo sem perceber nada de economia e finanças, tenho a certeza de que não é a
mesma coisa que orientar uma “Loja dos Trezentos”, onde qualquer mercadoria
desfruta de idêntico preço, ou uma tasca ranhosa, onde se transaccionam uns
carapaus fritos em molho-de-escabeche, umas pataniscas-de-bacalhau - sem ele -
e uns púcaros; daí que, para essas incumbências de alta finança, os elementos
que se prontificam a fazê-lo, têm mesmo que ser detentores uma capacidade e
visão congénitas, para a aritmética económica, não só no plano local, mas
também no plano global; isto porque, apesar de existir uma independência –
relativa – de cada “quinhão”, esse bocado está intrinsecamente ligado a um todo;
como tal, está sujeito às mutações envolventes do seu aglomerado. Com isto, só
quero dizer, que o Mundo é “apertado”, manhoso e traiçoeiro.
Ora, estas competências “aritmológicas” e
economicistas – nem sei se escrevo bem ou não, mas espero que os ledores
compreendam – não estão, como é provado, ao alcance de todo o ser pensante,
independentemente da sua erudição ou da posição que ocupa numa comunidade e
dela sendo componente.
Isto leva-me a colocar em causa a Infinita
Grandeza Divina, pela injustiça que sinto ter sido feita aquando da repartição
da sapiência ao ser humano, virtude para a qual concebeu sérias fronteiras,
enquanto que para a incompetência, colocou à sua disposição um território de
área interminável! É certo que não acho justo, mas também não contesto; só a Deus,
Criador destes “prodígios”, cabe saber as razões.
Vou
ser aberto e usar de toda a sinceridade; a primeira vez que vi esta icástica
fisionomia, numas interpelações feitas por jornalistas, a soldo de uma qualquer
estação televisiva, pela maneira como se exprimia – ou espremia - a minha fé
desabou. Ainda houve quem me tivesse criticado por isso. Eu só disse: a
fisionomia é o espelho da alma, e, para o meu gosto, é bem abonado no capilamento
cabeçal. Claro, que esta minha “apologia”, tem como base eu nunca ter visto algum
burro careca – não apartando, contudo, que também existem alguns com tais
características, porém em reduzido número.
Se acertei ou não, os factos respondem por
mim, porém ao paladar do entendimento de cada um, contra o qual, nada tenho a
obstar; se assim não fosse, não estaríamos em democracia, não é?!
Após esta tralha gráfica, e por certo
idiota e descabida, resta-me afirmar o seguinte:
Sei que, obrigatoriamente, vou de sofrer
um rombo no meu quinhão individual, apesar deste já se encontrar no estágio
lunar de quarto-minguante, assim como o da maioria dos portugueses; contudo,
como não foi escolha minha, pessoalmente, entendo que não é justo eu ficar empenhado
por isso. Nem eu, nem os que sentem “trapaceados”, como é evidente.
Isto de afundar o barco e dar-à-sola, não
faz parte da minha náutica.
Comandante que se preze, submerge sempre
com a embarcação.
Quem as faz é que as deve pagar.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 03/06/2020
Nota:
Não
uso o AO 90
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