A política... há muito tempo deixou de ser ciência
do bom governo
e, em vez disso, tornou-se arte da
conquista e da conservação do poder.
…QUE
NÃO SABIA?! ...NEM
EU!?
(Opúsculo
ao Sr. Primeiro-ministro de Portugal)
850
MILHÕES de “patacas”, é, evidentemente, uma irrelevante mixaria
susceptível de trespassar as malhas do mais apertado controlo e escapulir sem
deixar esteira; isto é, obviamente, se cada “pataca” não tiver a equivalência de
1 €uro.
A estopada é que, neste caso, cada “mísera pataca”, tem, na realidade, essa
equipolência.
Portanto,
OITOCENTOS E CIQUENTA
MILHÕES de €UROS, é uma dinheirama do
caraças, Sr. Archiministro! E o Sr.
diz que desconhecia. Queira escusar-me, mas eu gostaria de acreditar em si, e é
coisa que não consigo. Não duvido das suas “honoráveis” palavras, quanto à
intenção, mas o meu siso não consegue credenciá-las por muito esforço que eu
aplique, a não ser que seja coagido a patranhar, que não é meu hábito; queira
ter a resignação de saber, por mim, que não pertenço à tribuna da política.
Eu até compreendo, e louvo-o pela “coraige” e descontraída frontalidade,
com que assumiu o quiproquo, da
transferência “patacal”, concretizada à revelia do seu magnificente
conhecimento; realmente, usou de uma ínclita coragem para pedir desculpa ao BE (Bloco
de Esquerda). Sim senhor, foi um gesto de grande hombridade para com um partido
referenciado, mas não perante os portugueses; porque, é meu dever lembra-lhe, que
o BE, não representa os portugueses; como tal, penso – se nesta
pseudo-democracia me é permitido cogitar - que, logicamente devia ter sido aos
portugueses que as remições de V. Exa. deviam ter sido dirigidas, ainda que o
problema principal, não se configure com as desculpas, mas com os valores
materiais, referentes ao pilim, que vai sair dos bolsos dos cidadãos, já mais
repletos de cotão do que de “patacas”, para pagar as quantias mal geridas, por
pessoas, mentalmente incapacitadas para esse fim.
O Sr., como Primeiro–ministro da nação,
desconhecia uma coisa de tão alto vulto?! Estranho!? É que não se trata de
míseras migalhas, porém, de um balúrdio, que todos os portugueses vão ser
obrigados de solver, sem terem tido culpas no cartório.
É natural V. Exa. entenda que isso está
certo, e tal não contesto; mas p´ra mim, que sou o ZÉ, o “MEXILHÃO”, entendo que não está correcto.
Bem, reconheço que não passo de um rústico
que mal sabe assinar o nome, contudo, gostaria que de saber, se para isso tiver
tempo, qual é o papel de um Primeiro–ministro, que se preze de sê-lo, mesmo que
tenha sido “eleito”, não por sufrágio universal, porém com recurso a composturas
híbridas, com interesses oligárquicos a temperar o caldinho.
Sr. Primeiro-ministro, olhe que 800 milhões de €uros,
é muita fruta! Acredito que Sr. não sabia e ninguém é responsável pelo acto
consumado à revelia do excelso conhecimento de V. Exa. Lamento! Posso lamentar,
não posso?! –Agora já nem sei.
Mas, para lhe ser franco, sinto uma grande
dificuldade em atinar com a filosofia estructurada na doutrina de onde emergem
as regras que fundamentam os nossos princípios legislativos, pela simples
razão, para mim incompreensível, de que deve ser o lesado – neste caso, os
lesados - a pagar os prejuízos consequentes da incompetência irresponsável do
criminoso.
Julgo que a argumentação se desvia das
linhas que confinam espaço da ética, da moral e do bom senso.
Não lhe quer parecer?!
Quanto ao resto, o Sr. não sabia?! –
Pronto, está certo.
Nem eu!?
Mas gostaria de vir a saber, sem ter de
esperar pelas sínteses da História, porque nessa altura já terei mudado de
residência por não pagar a renda ao senhorio, por causa da pandemia, e não
farei parte dos vivos, para gritar de contentamento e dizer… EUREKA!!! (Ανακάλυψα!!!)
Atentamente.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 10/05/2020
Nota:
Não
prático as normas do AO90.
Sem comentários:
Enviar um comentário