Alguns ainda entendem como sendo
"democracia",
o direito de
retirar a liberdade de escolha dos outros...!
PRINCÍPIOS
E DOUTRINAS
De
esquerda ou de direita, a política é sempre uma via de tráficos comercias,
interesses privados ou conjuntos, maldizeres, corrupção e chafurdice; sendo a
ideologia centrista, um campanário de desejos montado na torre que encumeia um carácter
inseguro; volta-se para o lado donde melhor lhe sopram os ventos da ambição e
da conveniência.
Vivemos uma democracia inquinada e mafiosa
que entrou no poder através uma conversão das massas em estado de euforia e
loucura, cuja miragem lhes tem saído cara.
Esta democracia, destituída de qualquer
pureza, apesar de “promover”, com camuflada condicionalidade, a autonomia da
imprensa, liberdade de expressão e afiançar a intimidade do cidadão e o seu
direito a julgados e sentenças justos, ao mesmo tempo não deixa de não
reconhecer que o poder é um atractivo isco, para pessoas corruptas, sem
carácter, sem honra em sem palavra. Isto é pandémico. Poucas democracias se
devem afastar desta minha conjectura. Pelos menos, é o que me tem sido dado
observar.
Enquanto, com relativa contenção, ladrando
ou ganindo, “podemos” refilar, impávida e tranquila, a caravana do insucesso
vai continuando o seu caminho rumo ao abismo, arrastando-nos conjuntamente. O
resto, são sketchs ou meras peças
teatrais com coreografia populista, que se resume em dizer ao “Zé Povinho” as
falácias que ele, com o cérebro enrijecido pela secura de serotonina, ouvidos
cheios de cerume e palitando o migalhame
da dentuça, mais gosta de ouvir.
Uns argumentam sobre a liberdade, enquanto
que outros é sobre a igualdade. O mote dos primeiros é acabar com a pobreza,
pugnar por uma justiça imparcial com a promoção dos direitos e deveres iguais
para todos. O mote dos segundos, é fazer florir (num campo estéril) a igualdade
com a decantação do capitalismo para os mais carentes e desprotegidos da
sociedade. Está mais do que provado que isto não passam de meras falácias!? É
com estes paralogismos que todos os “propagandistas” têm construído solidamente
o seu reino, para depois, com recurso a regras rígidas, manipular e sacrificar
a plebe e manter assegurada a descendência dinástica, abrangente a todos os
elementos da côrte.
É normal na mesma barca democrática, serem
permitidas edeologias diferentes; é bom por um lado, mas é mau por outro. É
bom, porque muitas verdades são postas ao léu, o que afecta a credibilidade de
alguns, mas não lhes faz grande mossa. Não é bom, porque em toda a diversidade
doutrinal existe a que é chamada de esquerda, que não é nada tolerante para com
as outras ideologias. Só eles se têm como senhores absolutos da razão. O que
não é verdade. Apesar de também caucionarem tudo e mais alguma coisa ao povo,
são como os restantes; o que garantem é a plena satisfação dos desejos a eles
próprios.
O poder e o bem-estar, são ambições comuns
todos eles sem excepções edeológicas. Na sua essência são todos iguais ou
semelhantes no papagear, com ou sem ou papel à frente, antecipadamente
“martelado” para os que não sabem o que dizer duas p´rá caixa, mas têm de
grasnar alguma coisa.
No fim, a liberdade que eles consideram
para o povo, não será mais do que aquela que eles interiorizam para si próprios,
que pode não ser a que as massas desejam, mas sim, a que lhes vagueia no
interior da cachola; após alcançarem o seu assento parlamentar, almofadados por
bons honorários e protegidos pelo e escudo pela imunidade, podem cometer as
barbaridades que quiserem que não são responsabilizados por isso. Estão como o
peixe na água! E o povo, imbecilizado e pachorrento, vai amargurando.
Ou sei que a democracia é um estado de
governação, no qual uma população também tem – devia ter - poder de decisão. No
entanto isso não tem acontecido. Quando muito, somente tem direito ao voto,
creditando este sufrágio (na sua boa-fé), num dos vários cabeçudos espertos que,
através de bem ataviado disfarce, melhor soube catequizar as massas,
seduzindo-as com prometimentos impossíveis, que no fim se reduziram a nada, ou pior
do que isso. Depois de serem os donos do Poder, seleccionam os que “entendem”,
dentro os “asnos” da récua, desde que estejam na lista de amigos (interesseiros),
familiares ou amigos destes, que na sua maioria as populações até desconhecem.
Então, onde é que o povo teve poder de
decisão nesta senda comercial?
É o que tem vindo a suceder e ninguém é
chamado à pedra. Ou por outra; lá vai um ou outro, como um 48, que acaba por não ter
“culpa nenhuma” e apenas contribuiu para pluralizar as “vítimas” do sistema.
Coitado/s!
No meio de toda esta trama, que é a
política, existem os extremos, tanto de esquerda como de direita, que utilizando
meios diferentes, acabam por se tocar nos fins. Logo, ambos são perigosos. São
convencidos, autoritários empedernidos, teimosos que nem uma mula e não toleram
a ideias daqueles que lhes fazem oposição; afinal, o seu desejo é destruir a
liberdade de pensamento e acção de todos quantos lhe façam frente, para a que
sua própria liberdade possa vingar e viçar.
Porém, o mais engraçado, (sem piada
nenhuma), os extremos, tocam-se. São radicais na sua forma de pensar e servem-se
do povo como um meio para atingirem um fim, que é império d’O PODER. O DOMÍNIO
- irresponsável, incondicional e absoluto.
De resto, o que existe são DOUTRINAS;
contudo, destituídas de PRINCÍPIOS.
Enquanto assim for… não, não há por onde
escolher.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 16/05/2020
Nota:
Não
faço uso do AO90
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