quarta-feira, 15 de abril de 2020

SOU DO NORTE CARAGO!


“Nunca te desculpes. Se aquele que te pede desculpa é teu amigo,
não precisas dela; se é teu inimigo, não acredites nela”.
 (Há muitos anos que retenho esta frase na
memória, mas não me recordo do seu autor)

SOU DO NORTE, CARAGO!

Há longos anos que vivo no centro, gosto muito do “centro” (ainda não perdi o vício), mas jamais poderei esquecer o Norte.
Alimento em mim aquela forte pancada natural, brejeira ou agressiva, que por lá me foi talhada na alfaiataria “saloia”  (somente existente nos miolos reduzidos de algumas cabeças-de-brilhantina olissipenses), porém, natural e aberta, franca e frontal, que ainda hoje, com muito prazer me sirvo, para baixar a crista daqueles galispos mais manientos, que, no seu falhado autoconvencimento se julgam alguém, e não passam de meros capachos onde a “Alta Chefatura” da veiculação noticiosa – às vezes abusiva nos propósitos e nas acções - limpa as solas das “alpargatas” depois de haver calcorreado o chão de muitos quelhos microbianos alfacinhas, os alfobres onde durante anos num ambiente faia, viçou muita imundície.
É, é mesmo para e estação de comunicação televisiva, TVI.
Tão só para sacudir a cachimónia daqueles que, fazendo parte deste organismo, quando redigem para o rodapé da tela LED, ou de Fósforo, (consoante a riqueza material da cada um), não têm a verdadeira noção do que fazem.
Alguns esquecem-se de que maior fortuna que podemos ter, é a riqueza racional. É esses que quero abanar as orelhas até que o fluído dos canais semicirculares dos seus ouvidos internos entrem em parafuso e lhes provoquem uma caganeira, diarreia, esfoira, soltura, ou desarranjo intelectual, (como melhor entenderem), para que reflictam, e, numa análoga circunstância, pensem duas ou três vezes antes de procederem à transformação do seu parecer em palavras, cujo conteúdo pode ferir a maneira de ser de muitas pessoas, e compeli-las a saírem do seu estado de quietude e serem menos bem educadas, e chamarem os bois pelos nomes, como é uso no NORTE – e não só . Cum caraças!!! – p’ra não dizer outra coisa, que está subentendida nesta expressão.
Devem, não; têm, a obrigatoriedade de ter a noção de que a realidade não se confina a um monitor apenas; para além desse monitor, estão milhões de ouvidos e olhos a perscrutar os infortúnios, elogios ou baboseiras que dali podem ser emanados, e que, apesar de serem “menos educados, mais pobres, mais envelhecidos e concentrados em lares” (?), a maioria ainda desfruta de discernimento suficiente para fazer frente aos inopinados “ataques” de que foram alvo. Se por quaisquer razões não o fizeram, faço-o eu por eles.
Está escrito, para quem acredita: “Se o teu inimigo te der uma bofetada na face, oferece-lhe a outra”. Certo – mas não diz para deixares a apanhar outra. Contudo, também está “escrevido”: “Com a medida que medires os outros, essa mesma também medirá a ti”. Certo.
Eu opto pela segunda, porque…

SOU DO NORTE, CARAAMBAAA!

António Figueiredo e Silva
Coimbra,15/04/2020
Nota:
Não uso o AO90.


E agora…
“A LIÇÃO”
(Antítese)

Abandono a crítica derrotista, - na medida justa - como velho menos educado e mais pobre, mas (concentrado” na sua choupana), do Norte, e passo a optar pelo eufemismo, porque faço parte de uma estirpe ranhosa, belicosa e por vezes intolerante, chamada SER HUMANO. Tenho a percepção absoluta disso.
Compete-me também, alijar o erro cometido pela “TVI”, não por rebate de consciência, mas por uma questão de compreensão, que é devida a todo aquele que raciocina, que judicia, mas que muitas vezes deve colocar-se no lugar do outro – a TVI, não é esse outro a quem me quero referir!?
Não devemos levar a peito aquelas palavras, porque creio firmemente que não terão sido criadas com a intenção de beliscar quem quer que fosse. Escrevo esta “lição”, porque “errar é humano”.
 Sabemos que a TVI não é humana, contudo, é humano quem lá labora, quem lá ganha o seu pão; logo sujeito, além de pressões de todo o género, e a todos os defeitos e virtudes, como qualquer um de nós.
Portanto, perdoem-lhes. Eu vou fazer a minha parte, não tendo abdicando, contudo, de dar-lhes a minha traulitada na tola, para lhes abrir o cérebro, que creio existir, mas…
“Quem dá o pão, também deve dar a educação”.
Já fiz a minha parte.
Já lhes dei a traulitada; agora perdoo-lhes o erro cometido - penso que irreflectidamente.
Chuto do Centro, mas sou do Norte.

António Figueiredo e Silva
Coimbra, no mesmo dia.
Nota:
Não uso o AO90




  


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