O RACISMO II DER RASSISMUS II THE RACISM II РАСИЗМ II די ראַסיסם וו
“Enquanto
a côr da pele for mais importante
do que o brilho dos olhos, haverá guerra”.
(Hailé
Selassié)
O
RACISMO II
DER
RASSISMUS II
THE
RACISM II
РАСИЗМ
II
די ראַסיסם וו
Uma realidade que a hipocrisia social
teima em esconder e da qual muitos se servem para legitimar actos vandálicos
praticados em contravenção com os valores estabelecidos ou usá-la como muleta
de fundamentação para uma situação particular menos favorecida no aglomerado de
uma comunidade. Habitualmente, aquela que os agasalhou.
Quer admitamos quer não, o racismo existe.
É uma evidência. No entanto, considero a síndrome rácica um condimento
genésico, se bem que, simplesmente dispensável, que atinge todos os seres,
sendo, contudo, possível contorná-lo, com recurso ao uso do entendimento do
Homem, que, como ser racional, deve aperfeiçoar-se e manifestar uma conduta
consciencializada de igualdade entre todos, independentemente da sua côr, da
sua crença ou dos seus ideais.
Obviamente que isto implica no cumprimento
de estatutos que concernem aos deveres e direitos instituídos nas comunidades
que habitam o planêta, cuja diversidade é bastante abrangente e obriga como
tal, a uma psico-adaptação colectiva que, sem perseverança e determinação, por
vezes não é conseguida. Naturalmente que, na falta destas particularidades, a
“desordem” prossegue e ninguém se entende.
O que tem vindo a adensar o conceito de
racismo – que continuo a dizer, é uma evidência – é a marginalização ou evasão
à adaptação aos preceitos, apresentando para o efeito, argumentos
auto-vitimizadores, em minha opinião, de duvidosa validade.
Quando o racismo é contaminado pelo ódio,
- como se tem presenciado - deixa de ser racismo, para se transformar numa
caldeirada de efervescente de ódio e vingança, sendo por isso, difícil, porém
não impossível, refreá-lo.
O racismo emerge de conceitos pré-formados,
que consistem, não só numa discriminação dos povos entre si, como também numa
segregação no seio das diversas comunidades que constituem essas mesmas populações;
no entanto, com uma boa vontade cosmopolizada ou comunitária, podemos criar uma
estabilidade humanizada com igualdade duradoura nos direitos e nos deveres,
resultando numa sã e franca convivência, onde todos podem conviver livremente e
atingir os seus objectivos - pelo menos
os que tiverem capacidade para isso, e não aqueles que consagram a sua vida à indolência
e à sementeira do vandalismo e do rancor, com é evidente.
O asco, já consiste numa sensação patológica
de ódio, cuja intensidade fragiliza e pode até mesmo destruir a busca de
qualquer meio de pacificação entre dois conceitos antagónicos, porque destrói a
ponderação que é o factor principal para o entendimento universal ou local.
O que tem vindo a fazer “meia dúzia” de
hipócritas e recalcados agitadores, - auto-intitulados de activistas - a quem
as redes sociais tem dado demasiado crédito, é promover a incitação ao ódio e à
vingança e não diligenciar em acções catalisadoras que contribuam para a
harmonia comunitária.
Estes, racistas-de-puro-sangue, que são
obstinadamente hostis às normas regulamentadas para a estabilidade social, são os
primeiros a incitar à revolta, com discursos caniculares e hidrofóbicos, borrifados
com baba-e-ranho e ninguém lhes diz nada. Insto é inconcebível.
No meu entender, não devemos julgar
ninguém pela côr da pele, (sei que dentro da mesma coloração, o racismo é uma
realidade), porque não é o factor dérmico que revela a qualidade da pessoa ou a
sua índole.
Muito gostaria de sentir que o meu país
gozasse imparcialidade, onde todos pudéssemos viver em igualdade de deveres e
direitos sociais, independentemente do seu cromatismo ou etnia.
Mas, para que isso possa acontecer, é
indispensável erradicar o activismo, acabar com a vitimização gratuita, acatar
e cumprir as normas regulamentadas por todos quantos aqui queiram permanecer
como residentes, nacionalizados ou turistas.
No
que concerne à minha apreciação inserida no parágrafo anterior, a lei deve
permanecer serena, mas implacável, e imputar o castigo ou a indulgência sem
olhar a extractos sociais, ou peças teatrais que resultem em prejuízo da nossa
estabilidade comunitária.
Só desta forma, a realidade racial poderá
ser ultrapassada.
Agora, rebuscando numa velha prateleira
que o tempo há conservado, uma frase, já cheia de pó e com cortinados de teias
de aranha, vou rematar esta minha dissertação: “Para
quem não se sentir bem, a porta de entrada será sempre a mesma para a saída”.
Cá ainda existe liberdade de opção.
António Figueiredo e Silva
Coimbra,05/03/2020
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