O MUNDO EM CONVULSÃO


“Aquele que acredita na existência de um
 Deus Único e Universal, já ultrapassou a
 crença de um Deus pessoal; sendo assim,
jamais se sentirá solitário, seja neste mundo
ou em qualquer outro”.
(Jailson Cardone)

O MUNDO EM CONVULSÃO
МИР В КОНВУЛЬСИИ
DIE WELT IM KONVULSION
די וועלט אין קאַנוואַלושאַן

Sabendo que Ícaro, a mais distante estrela fotografada, se situa a 9 milhões de anos-luz do nosso planêta e equacionado que a luz se propaga uma velocidade de 300 mil quilómetros por segundo, - conforme cálculos científicos - a sua luminosidade demorou nove milhões de anos para chegar à terra.
Evidenciando o tempo percorrido para que a luminosidade da sua presença pudesse ser registada pelos nossos mais apurados meios científicos, podemos “imaginar” a grandeza incomensurável do Universo, do qual fazemos parte integrante, mas que, infelizmente, para nossa decepção científica, ainda não sabemos o que é. Sabemos apenas que é um Todo em “perpétuo” movimento, cuja dimensão escapa aos nossos sentidos e aos mais afinados e precisos aparelhos de medida e rastreamento. Apesar de todos os avanços da ciência, da teoria dia do Big-bang (não passa de teoria), apesar de todas as descobertas alcançadas pelo poder do telescópio e de todas as observações efectuadas com o alcance do mais sofisticado microscópio, mesmo com simulações feitas nos grandes aceleradores de partículas, ainda o Homem não descobriu o fim do tamanho do espaço cósmico ou o princípio da sua origem. Isto é incrível. Existe sempre mais um, mais-além, quer abaixo quer acima, que torna o Universo num misterioso espaço “maciço”, onde as partículas que o formam, estão no caos e em constante movimento, num frenético borbulhar de intensa energia, até alcançar a sua estabilidade, que poderá demorar triliões de triliões dos nossos anos, a atingir essa plenitude; concorrendo para essa estabilidade a sua solidificação sob forte gravidade ou a sua desintegração, que o levará a um novo principio cósmico, sem contudo alterar a equivalência da sua massa, mantendo-se esta,  equivalente  à libertada, ou vice-versa; contudo, o seu mistério continuará eternamente por desvendar. Não deve; tem de existir um Força Cósmica Suprema, que comanda todo sistema Universal, do qual fazemos parte, não como nos idealizamos, porém, como uma partícula invisível no meio desse Grande Todo.    
Partindo destes pressupostos, a minha curiosidade, leva-me a questionar: afinal quem somos, para onde vamos, quem nos colocou aqui e com que finalidade?
Utilizando a proporcionalidade relativa da distância entre Círius e a Terra, nós, humanos, no Universo devemos representar apenas uma partícula que, vista à escala manométrica, deverá ser inferior às dimensões do COVI-19; nem equivalente será.
Não fará a vida, parte de um Todo, “estranho” e confuso, que, mercê do avanço tecnológico (consideramos) imprudente, nos arrogámos a infectar parte de algum órgão respeitante à estrutura do Ser Universal que foge à nossa compreensão, e ele tomou medidas para sua desinfestação?
Existem fenómenos vastos e díspares que se situam muito para além do conhecimento humano e enchem o meu sentido cognitivo de interrogações.
Qual será a Força Universal que que conserva e orienta todo o Sistema Cósmico? Não me subsistem dúvidas de que ela existe.
É muito provável que jamais o Ser Pensante a conhecerá e continuará eternamente na dúvida, prosseguindo alienadamente e de “olhos vendados”, na sua pesquisa, criando e recorrendo às mais complicadas artimanhas até dar cabo desta molécula cósmica, a que chama Terra; esquece-se de que ela flutua sem rumo, no vazio escuro do espaço sideral, esbarrando com outras partículas (poeiras) até colidir com uma, cuja massa lhe provocará a sua total desintegração. Desta colisão, decorrerá mais uma transformação de massa em energia que, à semelhança do pavio de uma fraca candeia, luzirá como um pequenino, um quase invisível pontinho, a um canto qualquer do incomensurável Espaço Cósmico.
Se todos pensassem nisto, inclusivamente eu, a paz seria uma evidência, nesta nave espacial onde todos vivemos, que há muito tempo tem ”andado à deriva” e actualmente tem o  pavor hospedado.
Porque padeço da “corneta”, às minhas incertezas, que “buzine” que a tiver afinada.
MEDITEM!

António Figueiredo e Silva
Coimbra,21/03/2020
Obs.
Ainda sou contra o AO90


   

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