Eu
hei-de morrer um dia;
Não
sei a hora, nem quando!?
Tu
alegre e eu sem penas,
O
tempo vai-se passando.
(Desconheço o autor deste poema,
onde está implícita uma realidade).
A
PANDEMIA DO SÉCULO XXI
(Dissertação
para todo o Mundo)
DIE
PANDEMIE DES 21. JAHRHUNDERTS
(Dissertation für die ganze Welt)
(Dissertation für die ganze Welt)
ПАНДЕМИЯ
XXI ВЕКА
(Диссертация
на весь мир)
Não
sou diferente dos outros seres viventes; temo pela vida e luto pela minha
sobrevivência como qualquer deles. O medo também está enraizado no meu ADN, bem
assim, como no código genético de qualquer animal.
Vejamos: os que pensam e os julgamos que
não raciocinam, têm um objectivo em comum, que é lutar pela vida; o mais reles
pardal, foge do milhafre; a mais terna gazela, procura escapar-se do tigre; o
mais pacato cordeiro foge do lôbo; o mais ignorante cidadão procura escapar a
tudo o que atente contra a sua existência - como esta endemia virusal do Corona
Vírus - esse monstro aterrador. É natural.
No entanto, não deve escassear à
Humanidade, coragem para vencer as adversidades que na vida se lhe deparam, e que,
de vez em quando, fazem uma investida de surpresa com capacidade para colocar
um elemento ou mesmo toda a Humanidade, em frenético pânico, como acontece com a
actual pandemia. As consequências decorrentes desse pavor, são susceptíveis de
promover um desnorteio colectivo que se pode tornar tanto ou mais temerário do
que a perigosidade dessa arremetida virulenta. Suprimir de forma egoísta e
alienada, “tudo” das prateleiras dos supermercados desde o papel para expurgar
o traseiro – e outros “pavimentos adubados” - até ao último grão de arroz;
“limpar” os medicamentos das boticas, sem deixar um único frasco de tintura de
iôdo, um simples removedor de calos, uma “pírula” para as enxaquecas ou “para o
dia seguinte”; açambarcar todo o peixe das peixarias e a chicha dos
açougueiros, como se o mar fosse acabar, os porcos, bois e vacas etc. fossem perecer, ou os galináceos tivessem
resolvido bater a asa. É isto que não devia acontecer, porém o facto é que tem
sucedido. Reflictamos:
Não devemos despachar para as catacumbas
do esquecimento, que a vida, apesar de ser valiosa, é cíclica entre tudo,
conquanto que, limitada em si. Apesar
disso, é fundamental não descorarmos que a seguir a uma crise há sempre um período
de bonança, conquanto que contribuamos para isso; como tal, o que devemos é
precavermo-nos para minorar os efeitos prejudiciais desta crise pandémica, sem entrarmos
em apavoramento, individual ou colectivo e “orarmos” para que a sorte, se mais
não puder fazer, que, de todos os males, nos traga o menor.
Para
concluir, faço questão de transmitir a todos aqueles que possam, (“quem não pode morrer se deixa”), não negligenciem o que os organismos
ligados à preservação da nossa saúde aconselham, sobre os procedimentos para um
recolhimento conveniente e uma anti-sepsia (desinfecção) cuidada, tendo sempre
presente que tanto podemos contaminar, como sermos contaminados;
aliviem a carga emocional sem entrar em stress, porque… “o que tiver de acontecer, acontecerá” (lei de Murphy); mas, digo eu, se não fizermos nada para que
não aconteça… acontece mesmo.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 14/03/2020
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