sábado, 14 de março de 2020

A PANDEMIA DO SÉCULO XXI


Eu hei-de morrer um dia;
Não sei a hora, nem quando!?
Tu alegre e eu sem penas,
O tempo vai-se passando.

(Desconheço o autor deste poema,
onde está implícita uma realidade).

A PANDEMIA DO SÉCULO XXI
(Dissertação para todo o Mundo)
DIE PANDEMIE DES 21. JAHRHUNDERTS
(Dissertation für die ganze Welt)
ПАНДЕМИЯ XXI ВЕКА
(Диссертация на весь мир)

Não sou diferente dos outros seres viventes; temo pela vida e luto pela minha sobrevivência como qualquer deles. O medo também está enraizado no meu ADN, bem assim, como no código genético de qualquer animal.
Vejamos: os que pensam e os julgamos que não raciocinam, têm um objectivo em comum, que é lutar pela vida; o mais reles pardal, foge do milhafre; a mais terna gazela, procura escapar-se do tigre; o mais pacato cordeiro foge do lôbo; o mais ignorante cidadão procura escapar a tudo o que atente contra a sua existência - como esta endemia virusal do Corona Vírus - esse monstro aterrador. É natural.  
No entanto, não deve escassear à Humanidade, coragem para vencer as adversidades que na vida se lhe deparam, e que, de vez em quando, fazem uma investida de surpresa com capacidade para colocar um elemento ou mesmo toda a Humanidade, em frenético pânico, como acontece com a actual pandemia. As consequências decorrentes desse pavor, são susceptíveis de promover um desnorteio colectivo que se pode tornar tanto ou mais temerário do que a perigosidade dessa arremetida virulenta. Suprimir de forma egoísta e alienada, “tudo” das prateleiras dos supermercados desde o papel para expurgar o traseiro – e outros “pavimentos adubados” - até ao último grão de arroz; “limpar” os medicamentos das boticas, sem deixar um único frasco de tintura de iôdo, um simples removedor de calos, uma “pírula” para as enxaquecas ou “para o dia seguinte”; açambarcar todo o peixe das peixarias e a chicha dos açougueiros, como se o mar fosse acabar, os porcos, bois e vacas etc.  fossem perecer, ou os galináceos tivessem resolvido bater a asa. É isto que não devia acontecer, porém o facto é que tem sucedido. Reflictamos:    
Não devemos despachar para as catacumbas do esquecimento, que a vida, apesar de ser valiosa, é cíclica entre tudo, conquanto que, limitada em si.  Apesar disso, é fundamental não descorarmos que a seguir a uma crise há sempre um período de bonança, conquanto que contribuamos para isso; como tal, o que devemos é precavermo-nos para minorar os efeitos prejudiciais desta crise pandémica, sem entrarmos em apavoramento, individual ou colectivo e “orarmos” para que a sorte, se mais não puder fazer, que, de todos os males, nos traga o menor.
Para concluir, faço questão de transmitir a todos aqueles que possam, (“quem não pode morrer se deixa”), não negligenciem o que os organismos ligados à preservação da nossa saúde aconselham, sobre os procedimentos para um recolhimento conveniente e uma anti-sepsia (desinfecção) cuidada, tendo sempre presente que tanto podemos contaminar, como sermos contaminados; aliviem a carga emocional sem entrar em stress, porque… “o que tiver de acontecer, acontecerá” (lei de Murphy);  mas, digo eu, se não fizermos nada para que não aconteça… acontece mesmo.

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 14/03/2020 



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