quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

NÃO ME CAPACITO!?


“Eu não devia estar aqui. Eu deveria estar na minha escola, do outro lado do oceano. E vocês vêm até nós, jovens, para pedir esperança. Como vocês ousam? Vocês roubaram os meus sonhos e a minha esperança com as vossas palavras vazias”.
“As pessoas estão a sofrer e estão a morrer. Os nossos ecossistemas estão a morrer. Nós estamos vivenciando o começo de uma extinção em massa. E tudo o que vocês fazem é falar de dinheiro e de contos de fadas sobre um crescimento económico eterno.
Como vocês se atrevem?”
(Greta Thunberg)

NÃO ME CAPACITO!?

 “Eu não devia estar aqui”. Ah, pois não!? Devia certamente estar na escola – como bem refere - a adquirir conhecimentos para um dia poder versar sobre tão melindroso assunto, que tem queimado muitos neurónios àqueles que realmente sabem e se têm debruçado sobre a matéria em questão.
Largar os estudos e dedicar-se, de cabeça vazia, ao incentivo à “greve das escolas pelo clima”, é muito mais fácil do estudar, isso já eu sei. Abandonar as aulas (a fonte do saber) para ir protestar, seja qual for a causa e o lugar, também é simples, todavia, para mim, não é inteligível.
Falo assim, porque tenho a nítida noção das condições climáticas que podem ser catastróficas - criadas pelo Homem. Estas são fruto da ciência aplicada à tecnologia, cuja aceleração está a afastar-se de controlo humano, originando que mais tarde ou mais cedo todo o ser vivente sucumba e este planêta se transforme numa “esplendorosa”, mas árida, paisagem marciana. E fico somente por aqui, porque não foi este o propósito que aqui me conduziu.
Pois, bem. Que eu saiba, não é do meu conhecimento que alguém tenha pedido ou acenado esperança aos jovens, e muito menos a Greta.
Nós, isto é, TODO O SER HUMANO, deve alimentar a expectação, mas procurar meios para tornar esse sonho realidade. Porquanto, se não houver uma esperança, o Mundo não roda; o que se torna necessário é arranjar maneira de o fazer girar para o lado bom, no verdadeiro sentido da palavra – onde todos possamos viver em salutar euritmia e desfrutar de todas as benesses que a natureza nos coloca à disposição. Mas para isso não será necessário o recurso à hostilidade – apanágio de todos os activitas - que me parece ser o caso desta menina.
 Não sei se ela brotou geneticamente revoltada, ou se a moldaram com recurso a uma lavagem cerebral, para uma finalidade definida. Porque não credencio que a construção do palavreado, agitado e belicoso, seja obra sua, mas sim de elementos integrantes de uma obscura – ainda – engrenagem, que se encontra por detrás da sua também, angelical imagem, retirando dela benefícios, que até agora são desconhecidos.
Nas palavras de Greta Tunberg não existe qualquer réstia apelativa no sentido da diminuição do problema ambiental - que não deixa de não ser uma realidade. Subsiste sim, uma sublevação, uma hostilidade, uma histeria e um ódio, quer no tom, quer na coreografia -  provavelmente pré-encenada - como se todos fôssemos uns criminosos.
Uma menina ainda na adolescência, que se farta de falar e não apresenta quaisquer soluções para concretizar o objectivo que “a” norteia; propõe-se simplesmente alertar.
Uma garota, que eu considero sem conhecimentos sobre o que é a vida e sem saberes científicos, que lhe permitam versar sobre tão delicado conteúdo. Penso que ainda devia andar na escola, seguir o seu trajecto preciso, para depois poder versar obre a matéria, há muitos anos já analisada.
Alguém, que não eu, está a lucrar com esta história. Sinto que ela está a ser vítima de interesses subjacentes, empurrada e manipulada com esse fim.
As reacções daquela pequena – porque é mesmo uma miúda - ainda sem conhecimentos profundos sobre a matéria climática, quando abre a fornalha, coitadinha, só expele um fôgo incinerador dragónico que, se possível fosse, liquefaria todo o ser vivente e ela ficaria sozinha a admirar-se, sem saber que existia.
Todos sabemos que existem seres que estão a morrer por causa da mutação climática; é do conhecimento geral a origem dessa mutação assustadora; tem-se sido gasta muita saliva e tomadas directrizes para refrear a situação que encaminha o planêta para uma expedição catastrófica sem regresso – por uns milhões de anos, talvez.
Mas, a menina… o que sabe esta menina sobre isto?
No entanto “ELA”, na sua imaginação de adolescente e hipoteticamente manipulada, conseguiu criar uma revolução sofista em algumas mentes, que não resolvem o problema, mas colocam, pelo menos a Europa, em aceso burburinho.
Isto, dito ironicamente, é um bom exemplo para todos os jovens abandonarem a escola e se dedicarem à causa ambiental.
Não compreendo!?

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 05/12/2019
www.antoniofsilva.blogspot.com

Obs:
Não uso o AO90    












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