“Eu não devia estar aqui. Eu
deveria estar na minha escola, do outro lado do oceano. E vocês vêm até nós,
jovens, para pedir esperança. Como vocês ousam? Vocês roubaram os meus sonhos e
a minha esperança com as vossas palavras vazias”.
“As pessoas estão a sofrer e estão
a morrer. Os nossos ecossistemas estão a morrer. Nós estamos vivenciando o
começo de uma extinção em massa. E tudo o que vocês fazem é falar de dinheiro e
de contos de fadas sobre um crescimento económico eterno.
Como vocês se atrevem?”
(Greta Thunberg)
NÃO
ME CAPACITO!?
“Eu não
devia estar aqui”. Ah, pois não!? Devia certamente estar na escola – como
bem refere - a adquirir conhecimentos para um dia poder versar sobre tão
melindroso assunto, que tem queimado muitos neurónios àqueles que realmente
sabem e se têm debruçado sobre a matéria em questão.
Largar os estudos e dedicar-se, de cabeça
vazia, ao incentivo à “greve das escolas pelo clima”, é muito mais fácil do
estudar, isso já eu sei. Abandonar as aulas (a fonte do saber) para ir
protestar, seja qual for a causa e o lugar, também é simples, todavia, para
mim, não é inteligível.
Falo assim, porque tenho a nítida noção
das condições climáticas que podem ser catastróficas - criadas pelo
Homem.
Estas são fruto da ciência aplicada à tecnologia, cuja aceleração está a
afastar-se de controlo humano, originando que mais tarde ou mais cedo todo o
ser vivente sucumba e este planêta se transforme numa “esplendorosa”, mas
árida, paisagem marciana. E fico somente por aqui, porque não foi este o
propósito que aqui me conduziu.
Pois, bem. Que eu saiba, não é do meu
conhecimento que alguém tenha pedido ou acenado esperança aos jovens, e muito
menos a Greta.
Nós, isto é, TODO O SER HUMANO, deve
alimentar a expectação, mas procurar meios para tornar esse sonho realidade.
Porquanto, se não houver uma esperança, o Mundo não roda; o que se torna
necessário é arranjar maneira de o fazer girar para o lado bom, no verdadeiro
sentido da palavra – onde todos possamos viver em salutar euritmia e desfrutar
de todas as benesses que a natureza nos coloca à disposição. Mas para isso não
será necessário o recurso à hostilidade – apanágio de todos os activitas - que
me parece ser o caso desta menina.
Não
sei se ela brotou geneticamente revoltada, ou se a moldaram com recurso a uma
lavagem cerebral, para uma finalidade definida. Porque não credencio que a
construção do palavreado, agitado e belicoso, seja obra sua, mas sim de
elementos integrantes de uma obscura – ainda – engrenagem, que se encontra por
detrás da sua também, angelical imagem, retirando dela benefícios, que até
agora são desconhecidos.
Nas palavras de Greta Tunberg não existe
qualquer réstia apelativa no sentido da diminuição do problema ambiental - que
não deixa de não ser uma realidade. Subsiste sim, uma sublevação, uma hostilidade,
uma histeria e um ódio, quer no tom, quer na coreografia - provavelmente pré-encenada - como se todos
fôssemos uns criminosos.
Uma menina ainda na adolescência, que se
farta de falar e não apresenta quaisquer soluções para concretizar o objectivo
que “a” norteia; propõe-se simplesmente alertar.
Uma garota, que eu considero sem
conhecimentos sobre o que é a vida e sem saberes científicos, que lhe permitam
versar sobre tão delicado conteúdo. Penso que ainda devia andar na escola,
seguir o seu trajecto preciso, para depois poder versar obre a matéria, há
muitos anos já analisada.
Alguém, que não eu, está a lucrar com esta
história. Sinto que ela está a ser vítima de interesses subjacentes, empurrada
e manipulada com esse fim.
As reacções daquela pequena – porque é
mesmo uma miúda - ainda sem conhecimentos profundos sobre a matéria climática,
quando abre a fornalha, coitadinha, só expele um fôgo incinerador dragónico que,
se possível fosse, liquefaria todo o ser vivente e ela ficaria sozinha a
admirar-se, sem saber que existia.
Todos sabemos que existem seres que estão
a morrer por causa da mutação climática; é do conhecimento geral a origem dessa
mutação assustadora; tem-se sido gasta muita saliva e tomadas directrizes para
refrear a situação que encaminha o planêta para uma expedição catastrófica sem
regresso – por uns milhões de anos, talvez.
Mas, a menina… o que sabe esta menina
sobre isto?
No entanto “ELA”, na sua imaginação de
adolescente e hipoteticamente manipulada, conseguiu criar uma revolução sofista
em algumas mentes, que não resolvem o problema, mas colocam, pelo menos a
Europa, em aceso burburinho.
Isto, dito ironicamente, é um bom exemplo
para todos os jovens abandonarem a escola e se dedicarem à causa ambiental.
Não compreendo!?
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 05/12/2019
www.antoniofsilva.blogspot.com
Obs:
Não
uso o AO90
Sem comentários:
Enviar um comentário