segunda-feira, 12 de agosto de 2019

REQUISIÇÃO CIVIL


“As vacas podem fazer greve;
 já existe leite em pó”.
 (Autor desconhecido)


REQUISIÇÃO CIVIL
(Greve dos Transportes de Matérias Perigosas)

Outra vez greve?!
Aqui há pardal!?
As nossas leis têm sido como uma manta rôta; buracos por todo o lado. Isso permite que toda a animalada atravesse a malha que separa o correcto do incorrecto, a razão fique desvirtuada e a ilegalidade penetre legalmente, com um à vontade fora do comum, sem que ninguém ouse retesar-lhe as rédeas.
Por este entrançado manhoso, passa tudo; ratos de esgôto e ratazanas, pássaros, passarões aves de arribação e cucos; agora também passam pardais, pardalinhos e paradalocas.
De todos estes espécimes, - presentemente - um dos que se tornou mais indesejável foi um passareco chamado pardal. Isto porque atenta em paralisar a vida nesta seara à beira –mar plantada, e eu estava a ver que ninguém se arranjava uma “armadilha” legal para o poder refrear e dirigentes com coragem, se necessário, para o “fritar”.
É! Para mim era inconcebível que um bando de oitocentos pardalitos, encabeçados    um pardalão, ousassem paralisar um país, ao declarar uma greve como um dado absoluto e por isso, incondenável.
A actuação do Governo foi na medida certa, na hora certa, e na proporção exacta da força bruta e descabida desencadeada pelos grevistas – que não eram todos.
Considero a greve um direito legal, bem assim como facultativo deve ser o direito à sua adesão, o que de facto não tem vindo a suceder; logo, sou levado a concluir que existe um abuso desse direito, na medida em que a vontade própria de quem não deseja alinhar fica em suspensão compulsiva, por retaliação de outrem. Isto não pode acontecer.
Entendo, apesar de não gostar do governo vigente, que dou por bem tomadas as medidas, que tomou.
Na panóplia de tantas medidas com maus frutos que tem decretado, chegou a hora de florescer uma, íntegra, por uma causa justa.
É assim que se “ensina” a quem não quer aprender.
Vamos lá a ver no que isto vai dar!?

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 12/08/2019
www.antoniofsilva.blogspot.com

Nota:
Não quero saber do
Novo Acordo Ortográfico




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