“Aos incapazes da
gratidão,
nunca faltam
pretextos para a não ter.”
(Gustave Flaubert)
QUEM
NÃO ESTÁ BEM, MUDA-SE.
Wer
es nicht gut geht, wechsle.
Кому
не хорошо, меняй.
Who
is not well, change.
Não,
não gosto muito de gelados.
Sou mais amante de cidadania, onde haja
respeito pelo próximo, e todos possam coexistir, comungando de um conjunto de
cânones, social e politicamente estructurados, pelos quais se devem reger.
É evidente que as normas variam de nação
para nação, assentando as regras nos usos e costumes de cada povo, que devem
ser respeitadas, quando se entra no seu espaço geográfico. É até comum dizer-se,
que “em sua casa cada um é rei”. Por outro lado, e para asseverar o fundamento
da frase acima esgrimida, ainda acrescento esta, “Se fores a Roma, faz-te
romano”.
Penso que dá para entender.
Naturalmente, que devemos respeitar as
nossas “visitas”, sem olhar a cores, raças, credos ou procedências, conquanto
que elas não tentem assassinar as nossas regras e se façam romanos, mesmo não o
sendo – é uma questão de respeito.
Em Portugal, isto não tem vindo a suceder,
porque é notória uma tentativa de desestabilização comunitária, propagada pelas
“visitas” – não algumas, mas muitas - a quem franqueámos a porta do nosso “lar”.
Isto revolta-me. E revolta-me, pelo
cinismo e pela fúria selvagem como são exibidos os protestos, recorrendo adjectivos
raivosos e rácicos, que no final, estão hospedados apenas no espaço reservado
ao recalcamento doentio, no espírito de quem protesta, na maior parte das
vezes, sem razão para o fazer.
Se as palavras da Sra. Ministra da
Justiça, transcritas no Jornal Expresso, são realidade, só quero dizer o
seguinte:
Portugal é uma nação democrática, - com
regras próprias - que devem ser cumpridas; é um país com livre circulação de
pessoas e bens (até dinheiros em offshores),
mantendo por isso abertos os cadeados fronteiriços (que foi uma grande asneira,
porque não se sabe quem cá entra, onde pendura o pote), não fazendo a retenção
daqueles que, pelas mais diversas razões por aqui não queiram estar, por não se
sentirem bem.
Mais devo dizer à Sra. Ministra da
Justiça, que eu, se tivesse sido bem tratado em África, não estaria aqui, neste
país *pobre, - que muitos dizem não prestar e sentirem-se perseguidos, mas não
zarpam - mas teria feito parte das infraestruturas técnicas para ajudar a
guindar aquele continente – que sempre teve condições para isso - a uma posição
de relevo no Mundo! Que infelizmente não tem.
Fui coagido, por uma política retaliativa
e racismo exacerbado, a “dar de mão-beijada, a minha preciosa bicicleta”, a
quem não soube pedalar – não por ausência de tíbias, porém, por insuficiência neuronal
no recheio da caixa craniana.
Aqui, neste país que por ingratidão,
muitos desprezam, ninguém é obrigado a entregar a “bicicleta”, e goza de
liberdade absoluta para se pôr a mexer que lhe der na mona.
A liberdade cá instituída, ainda permite dizer,
“quem
não está bem, muda-se” - nem que seja para o Senegal.
António Figueiredo e Silva
Vidago, 12/08/2019
www.antoniofsilva.blogspot.com
*A sua maior pobreza,
reside na aplicação da lei
com a imparcialidade que lhe é devida, na defesa da
tranquilidade dos
cidadãos pacíficos.
Democracia não é bandalheira.
Obs:
Procuro
não fazer uso do
Novo
Acordo Ortográfico.
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