segunda-feira, 12 de agosto de 2019

QUEM NÃO ESTÁ BEM, MUDA-SE. Wer es nicht gut geht, wechsle. Кому не хорошо, меняй. Who is not well, change.


“Aos incapazes da gratidão,
nunca faltam pretextos para a não ter.”
(Gustave Flaubert)

QUEM NÃO ESTÁ BEM, MUDA-SE.
Wer es nicht gut geht, wechsle.
Кому не хорошо, меняй.
Who is not well, change.


Não, não gosto muito de gelados.
Sou mais amante de cidadania, onde haja respeito pelo próximo, e todos possam coexistir, comungando de um conjunto de cânones, social e politicamente estructurados, pelos quais se devem reger.
É evidente que as normas variam de nação para nação, assentando as regras nos usos e costumes de cada povo, que devem ser respeitadas, quando se entra no seu espaço geográfico. É até comum dizer-se, que “em sua casa cada um é rei”. Por outro lado, e para asseverar o fundamento da frase acima esgrimida, ainda acrescento esta, “Se fores a Roma, faz-te romano”.
Penso que dá para entender.
Naturalmente, que devemos respeitar as nossas “visitas”, sem olhar a cores, raças, credos ou procedências, conquanto que elas não tentem assassinar as nossas regras e se façam romanos, mesmo não o sendo – é uma questão de respeito.
Em Portugal, isto não tem vindo a suceder, porque é notória uma tentativa de desestabilização comunitária, propagada pelas “visitas” – não algumas, mas muitas - a quem franqueámos a porta do nosso “lar”.
Isto revolta-me. E revolta-me, pelo cinismo e pela fúria selvagem como são exibidos os protestos, recorrendo adjectivos raivosos e rácicos, que no final, estão hospedados apenas no espaço reservado ao recalcamento doentio, no espírito de quem protesta, na maior parte das vezes, sem razão para o fazer.
Se as palavras da Sra. Ministra da Justiça, transcritas no Jornal Expresso, são realidade, só quero dizer o seguinte:
Portugal é uma nação democrática, - com regras próprias - que devem ser cumpridas; é um país com livre circulação de pessoas e bens (até dinheiros em offshores), mantendo por isso abertos os cadeados fronteiriços (que foi uma grande asneira, porque não se sabe quem cá entra, onde pendura o pote), não fazendo a retenção daqueles que, pelas mais diversas razões por aqui não queiram estar, por não se sentirem bem.
Mais devo dizer à Sra. Ministra da Justiça, que eu, se tivesse sido bem tratado em África, não estaria aqui, neste país *pobre, - que muitos dizem não prestar e sentirem-se perseguidos, mas não zarpam - mas teria feito parte das infraestruturas técnicas para ajudar a guindar aquele continente – que sempre teve condições para isso - a uma posição de relevo no Mundo! Que infelizmente não tem.
Fui coagido, por uma política retaliativa e racismo exacerbado, a “dar de mão-beijada, a minha preciosa bicicleta”, a quem não soube pedalar – não por ausência de tíbias, porém, por insuficiência neuronal no recheio da caixa craniana.
Aqui, neste país que por ingratidão, muitos desprezam, ninguém é obrigado a entregar a “bicicleta”, e goza de liberdade absoluta para se pôr a mexer que lhe der na mona.
A liberdade cá instituída, ainda permite dizer, “quem não está bem, muda-se” - nem que seja para o Senegal.

António Figueiredo e Silva
Vidago, 12/08/2019
www.antoniofsilva.blogspot.com

*A sua maior pobreza, reside na aplicação da lei
com a imparcialidade que lhe é devida, na defesa da
 tranquilidade dos cidadãos pacíficos.
Democracia não é bandalheira.

Obs:
Procuro não fazer uso do
Novo Acordo Ortográfico.


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