“Ninguém deixa de
morrer só
porque
os coveiros fazem greve”.
(Saint-Clair
Mello)
“Mas
se não houver quem se prontifique
a fazer os serviços por eles, ficam os
cadáveres
a contaminar toda a Terra”.
(A.
Figueiredo)
“OVOS”
DE PARDAL
(Preconização
da seca dos carburantes)
Que
vaticínio mais funesto! Mais ameaçador!
Qual Zandinga, qual professor Kabonga, –
criação do escultor de António Valente -, qual espiritualista Mamadu Batepapo,
qual carapuça?! Oráculo como este, não voltaremos a descobrir pela certa. Que
eu sinta, nenhum dos adivinhos de Oráculo de Delfos, na antiga Grécia, se
poderia comparar, se hoje existisse, a esta figura, cujas predições – para quem
acredita – são como: “Trigo Limpo, Farinha Amparo” – lembram-se desta?
“Isto já está a ser mesmo uma seca”.
Ainda não consegui compreender, como é que
um indivíduo, causídico de profissão, se arvorou em sindicalista sem se quer
pertencer à profissão em causa, e, artilhado de colossal ladainha, consegue
converter “meia dúzia de seguidores” e construir um pequenino bloco fumegante
de revolta, que raivosamente luta contra o Governo de um país.
Eu sei que David venceu Golias, mas,
bíblicamente, todas as analogias e parábolas são possíveis; mas um “Pardal
vencer um Governo!?
Aqui,
as coisas não funcionam da mesma maneira por tratar-se de uma realidade de
factos, que, se o Governo não põe cobro imediato a esta “bagunça” podem na verdade,
emergir problemas perigosos, não só para a passarada catequizada, como para
toda a comunidade portuguesa. Contudo, há sempre que ter em conta que a greve é
um direito, sim, mas não uma obrigação; como tal, é dever do Governo “lembrar”
os “democratas” líderes das greves, que obrigar alguém a trabalhar quando o não
deseje, é uma forma encapotada, ou mesmo exemplar, de indubitável ditadura.
No entanto, para tudo existe um limite, e,
pela minha análise, que até pode estar errada, sinto que esse limite já
ultrapassou o limite da condescendência.
Compreendo, como é natural (?), que por
questões tachistas e oligárquicas, há quem não queira chamuscar a côr da sua
roupagem partidária e sufocar as suas próprias ambições, até agora desmedidas,
tendo em conta que o sufrágio eleitoral está à porta, mas a ocasião não é para
menos.
O Governo (de passarões), vai ter de
partir os ovos desta pardalada para desmistificar a profecia transpirada, que
mais se assemelha a uma maldição que remonta a mais de cinco mil anos, emanada
dos reinados faraónicos.
Isto que acabei de proferir, também não
deixa de não constituir, mesmo a brincar, uma advertência, e faço questão em
repisar o aviso: cuidado com a eclosão dos ovos de pardal.
“Quem
avisa, amigo é”.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 16/07/2019
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