terça-feira, 25 de junho de 2019

TRIBUNAL COM ESTE GADO…


“Quem o seu não vê, o Diabo o leva”.
(Provérbio velho)

TRIBUNAL COM ESTE GADO…

…sem apelo nem agravo.
Então para que serve a Justiça, senão para castigar os devassadores e absolver os inocentes? - Nem sempre, mas…
A cabrada sapadora, foi “contratada” para assear os pinhais e as matas, - excepto o Pinhal de Leiria - no intuito de que os pirómanos e os lacaios das negociatas madeireiras, não possam levar a sua maluquice, por diante. Esta animalada cornuda não foi “licenciada” para limpar pomares e culturas que, além de não lhes pertencerem, também não estão consagradas nos estatutos contractuais – é uma admiração, mas é verdade; não pertence a nenhuma PPP.
Esta atitude está consignada na lei, como um abuso de poder e uma invasão à propriedade privada com destruição do património particular – que nunca foi, mas isso é outro assunto   
O gado sapador caprino, assimilou bem na “cornadura” a doutrina suja contida nas cartilhas de alguns políticos portugueses, e já está a armar-se ao pingarêlho. “É tudo nosso”.
Processo-crime em riba dos cornos por incumprimento do acordado, má-fé e abuso de confiança. Se a jurisprudência não for condescendente no acto do julgamento, e por trás não houve antecipadamente circulado umas caçoilas dela, chanfana com elas; não sem antes lhe serem serrados os cornos, para contemplar possíveis apreciadores de queratina, que serve para lhes ensombrar as mioleiras.
Se as cabras, e os chibos, como é de compreender, gozarem de imunidade, que esta lhe seja cortada para que o processo jurídico possa correr com fluidez e não fique p’raí emperrado até prescrever, como lamentavelmente tem acontecido com alguns - muitos.
Perante isto, é natural o desabrochamento tempestivo de um revoltado “berreiro” no hemiciclo parlamentar, parte do PAN (Partido do Ambiente e Natureza), mas isso é só para lamentar; não interessa o que este partido – podia ser inteiro – possa vir a argumentar, porque esta animalada foi apanhada com a boca-na-botija; ou antes, com o focinho nas maçãs e nos milheirais, usando e abusando do “carrego” para o qual foi mandatada.
Deixaram estes animais cornudos à vontade, que agora se sentem senhores e proprietários do que não lhes pertence – filosofia bastante actualizada, por acaso!?
Mas, a este gado sapador – assim o alcunharam – se não lhe for travado o nomadismo cabral, além dos milheirais e dos pomares, daqui a pouco tempo serão as uvas, os pepinos, as cabaças e os tomates; abuso que de certeza vai colocar em crise – mais outra! -, a economia leguminosa e vinhateira portuguesas. Quanto aos legumes, isso é o menos, porque podem ser substituídos por capim, que por cá, por enquanto, não vai faltando decorar as margens dos ribeiros e regatos de águas poluídas, as leiras, poileiras e baldios. Demos graças a Deus. O problema é a inflacção do preço da pinga, (agora já se fabrica sem uvas, mas é caríssimo), que vai resultar numa diminuição compulsiva da dose diária deste néctar dos deuses, a “cuba” onde os amantes da pinagra afogam as agruras da vida. São “cromos” que normalmente se apresentam com as fuças rosadas e o fungão em forma de torneira, portadores de um ou dois dentes na matraca, que alguns completam com uma prótese cheia de “lôdo”, há muitos dias ou semanas por higienizar.
A política caprina é assim; damos-lhes uma unha para se entreterem a roer e no lugar de se contentarem com a unha e agradecerem o nosso gesto “perdulario”, pagam-nos com moeda cunhada pela ingratidão e comem-nos os dedos até à última falange, deixando-nos com eles decepados e com as mãos a abanar.
Assim não pode ser.
Cabras!? Caçoila com elas. Chibos e tudo, que é para lhes acabar com a raça.
 Moral da “história”:
Cada um deve cumprir com os deveres a que se comprometeu. 

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 24/06/2019

Teimosia:
Não faço uso do Novo Acordo Ortográfico.  



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