A
história do poder político, nada mais é
do
que a história do crime internacional
e
do assassínio em massa.
(Karl
Popper)
SE
ELE O DIZ!?
IF
HE SAYS IT!?
ЕСЛИ
ОНО ГОВОРИТ!
WENN
ER ES SAGT?
אויב
ער זאָגט עס!
Resolvi escrever esta resenha, pela
simples razão de que, esta figura que devia ser elevada a “Herói Nacional”, já
não digo Europeu, por modéstia, tem andado envolta por serrada neblina e parece
que ninguém se lembra dela. Entendo ser pertinente avivar a memória dos
portugueses, porque não acolho dentro de mim quaisquer formas de ingratidão,
para quem tanto merece ser lembrado, pelo “excelente e sofisticado trabalho de
engenharia económica” que fabricou, em prol do “bem-estar” dos seus “concidadões”, e, como cidadão que é, da
sua própria estabilidade também.
É
evidente que não devo fazer juízos de valor errados, nem posso fabricar afirmações
sem fundamento. Assim sendo, até que a entravada justiça prove o contrário, sou“obrigado”
a acreditar integralmente nas “palavras honradas e sacramentais” do sr. José
Sócrates, “Nunca cometi
nenhum crime”.
Todos
– ou pelos menos uma grande maioria – sabe que, um dos privilégios que Deus atribuiu ao Homem, foi a faculdade de mentir;
concebeu-o com uma perfeição tal, que é suposto ao mentiroso, que depois muito
mentir para fazer os outros acreditarem que a mentira é uma verdade, até ele acaba por interiorizar
piamente o seu próprio embuste.
Não
é intenção minha contraditar a idoneidade e honestidade de tão “grande” figura,
- que foi - perante os argumentos que com salientado pragmatismo – penso não
ser lirismo – tem apresentado.
Foi
uma pessoa que sempre “admirei” pelos seus eloquentes discursos atestados de exuberância
que com aguerrida frontalidade, “lisura” e convicção, sempre soube esgrimir,
como o mais hábil espadachim da política portuguesa… e arredores.
Pode
realmente não ser engenheiro, (mas isso não creio (?),valha-me Deus tal ideia!?),
mas foi Primeiro-ministro e não lhe faltaram conhecimentos engenharia
suficientes para construir o sólido caminho que o elevou aos céus da governação
de Portugal, que as más línguas da inveja, em intrigantes conversas de alcova,
se encarregaram de o remeter, sem culpa formada – tadinho – para o “Hotel” de
Évora, condecorado-o com uma “medalha” sob a capicua 44, cognome pelo qual,
este inocente ficará conhecido p’rá história.
Depois
de durante uns tempitos ter sofrido na sua epiderme mimosa várias incursões de
pulgas – como na altura “choramingou” - famintas por sangue “aristocrático”, lá surgiu
o dia em que as portas da “masmorra” se escancararam para a sua libertação - que
achei muito bem ?...) - não sem antes
ter sido bafejado pelo “infortúnio”, onde deve ter passado provações e
sacrifícios, que nunca deviam ter passado pela cabeça ao cardeal Tomás de
Torquemada.
Mas
é de ter em conta que há sempre um anjo que nos protege – e ele não podia ficar
de fora - e como depois da tempestade
vem a bonança, lá teve a sorte de
“descobrir” um primo/amigo que lhe emprestou um casebre para onde, acompanhado
das as suas inseparáveis pantufas, se foi domiciliar.
Penso
que todos os portugueses, se não mais, num acto de misericórdia, deviam
promover um peditório qualquer, para angariar algum bagalho, com o objectivo de
que este cidadão possa saldar as facturas do gás, electricidade e água; já não
falo no aluguer da “casota” porque creio na boa vontade e nas humanitárias intenções
do primo/amigo, que na suposição das características genéticas que lhe escorregam pelas artérias serem
idênticas – penso que sim – deve ser também uma pessoa “idónea”, de palavra análoga
à do primo/amigo Zé.
Também
agora me veio à ideia que a Natureza “pensou” bem em ter dado voz ao Homem,
porque esta particularidade, - não soprada aos outros animais - permite-lhe
dissimular o pensamento e muitos sabem usá-la engenhosamente, com apurada perfeição.
Bem, como não conhecemos outro mundo semelhante, não temos outro remédio senão
vivermos neste, embriagado de fingimento, onde as pessoas alquimiam falar
verdade, pensando que nós desconhecemos a realidade.
“Nunca
cometi nenhum crime”.
Se
ele o afirma, é porque é verdade.
Para
finalizar: quem fala a verdade merece condescendência.
Pelo
menos até ver, e… ponto final.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,06/06/2019
www.antiniofsilva.blogspot.com
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