Não
basta dirigires-te ao rio com a intenção de
pescar peixes; é preciso levares também a rede.
(Provérbio
Chinês)
“ACTUAÇÃO
CIRCENSE”
(“Esta
é p’ra rir!” Fartos de chorar, estamos nós.)
Não
consigo encapotar o meu contentamento por saber que Portugal é um país onde
proliferam grandes artistas, cujo talento julgo ser digno de actuação na arena
do “Cirque du Soleil”, onde chove a
mais fina nata mundial da arte circense.
É com estes talentos sui generis, estimulados por pessoas amantes da diversão, que
conseguem no seu natural jejum intelectual, transformar uma “coragem alienada”
numa paródia séria, mas “ridícula”, que
impelem a nossa fama a fazer uma viagem de “circo-navegação”
numa exaustiva demonstração, que considero burlesca, da fraqueza de espírito
dos portugueses; não de todos, como é evidente, mas em número suficiente para
ajudar ao achincalhamento da nossa maneira de ser, que no exterior já não é
muito abonada no que concerne à fraqueza de espírito.
Ora então aí temos o partido RIR, (Reagir,
Incluir e Reciclar) liderado pelo Sr. Vitorino Francisco da Rocha e Silva, mais
conhecido pelo cognome, TINO DE RANS, a mais insigne, “inteligente” e
desinibida figura do concelho de Penafiel, nascida e criada na freguesia de
Rans, dali herdando a sua mui nobre e austera titulatura.
Com forte amor à terra, - não duvido -,
atirou-se de cabeça para tourada política, numa demonstração corajosa de que
para governar este país, qualquer “camponês” serve, conquanto que diga duas
lérias para a caixa. Perante todas as borradas que têm sido cometidas, não
posso deixar de atribuir-lhe a razão justa que lhe é meritória.
E porque ninguém reage mesmo quando as
estructuras regulamentares que regem os deveres e os direitos, não funcionam sincronicamente
e com igualdade plena, excluindo dessa paridade os mais fracos, o Tino de Rans,
vai encarnar a figura de Robin dos Bosques e promover a reciclagem todas as
componentes da estratégia política portuguesa, no que diz respeito a todo
sistema legislativo e sua consequente aplicação, com justiça igual todos os
cidadãos, não excluindo estender essa paridade a todos os corruptos, vigaristas
e ladrões, como tem vindo a ser feito até agora.
Bem-haja este “cavaleiro” sem montada, que,
não sendo como os da Távola Redonda, a eles se assemelha, pela sua coragem
desvairada que com afinco jurou, ao propor-se travar uma renhida batalha com os
seus próprios sonhos. Bem-haja.
Nas últimas eleições presidenciais, tive a
oportunidade e o prazer de, perante as suas argumentações, ainda que submetidas
uma notável tartamudez, reconhecer que é um verdadeiro “lavrador político” que
se prontificou a agarrar na rabiça e proceder à condução da aiveca do arado que
sulca o terreno incerto, escorregadio e de textura duvidosa, da nossa
complicada, polémica e imprestável política.
Um infatigável homem da terra, que
corajosamente trocou o seu martelo de calceteiro com a ajuda do qual movia
pedras pequenas, para se dedicar cegamente a mover “montanhas” e a endireitar e
aplainar os caminhos da responsabilidade e da rectidão, que no seu tosco
entender, estão tortos e repletos de sulcos – e tem toda a razão; é cada um!
Apesar
da força de vontade que o anima ser enorme, e os seus “rudimentares”
conhecimentos politiqueiros se situarem abaixo do aceitável, ele, a meu ver, é
um herói! E como todos os heróis, também não pensa na alhada que se vai meter,
mas está certo; os portugueses sentem necessidade de se alegrarem e esta é uma
das habilidades que apesar do insólito, é bastante atraente e consegue derreter
a nostalgia e minorar a infelicidade do povo português, por mais “enfezado” que
seja o seu (dele) entendimento
Mesmo sendo p’ra rir, é de levar a sério;
isto porque, os que pertencem ao Governo, apenas se governam a si próprios e a
sua “prole”, enquanto que os que governam o Governo e atulham também as algibeiras,
estão fora dele – aparentemente.
É uma espécie de marionetismo em que os
fios de dominação se resumem a um meticuloso entrançamento, constituído por
pagamentos de favores, amizades interesseiras e laços de ascendência e claro
está, unidos pela ganância voraz entre si.
Como tal, é suposto que qualquer “lavrador”
possa ser um “bom” governante”.
Venha o “RIR”
(Reagir Incluir e Reciclar).
VIVA O TINO! – com
ou sem redes.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 09/06/2019
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