1 - “Nunca tivemos tantos
médicos e enfermeiros no SNS”.
2 – “Eu tenho a certeza
de uma coisa: o Serviço Nacional
de Saúde, hoje, é melhor
do que era em 2015.
Não tenho nenhuma
dúvida”.
(Mário Centeno, Ministro
da Economia)
A FALÁCIA
Sem ousar duvidar um “cagagéssimo” se quer,
das concisas e sapientes afirmações do Sr. Ministro da Economia, por razões que
não consigo justificar, veio-me à “lembradura” redigir esta crónica
sobre a falácia, que, embora fugindo à profundidade dos meus conhecimentos, vou
tentar contruí-la da melhor forma que o meu entendimento me consentir.
Para dar cabeça
à mesma, vou iniciar com um excerto de um texto bíblico, pela filosofia que o
facto contém.
Voltando-Se,
o Senhor fixou os olhos em Pedro, e Pedro recordou-se da palavra do Senhor, quando
lhe disse:
"Antes de o galo cantar, negar-Me-ás três vezes".
"Antes de o galo cantar, negar-Me-ás três vezes".
E isto aconteceu.
A falácia
existia já antes de Jesus Cristo ter nascido. Penso que desde o aparecimento
dos dois primeiros seres humanos, porque só um não teria a quem, nem porque
mentir.
O certo é que
parece que esta maneira de falar “verdade iludindo”, transformou-se num vicio
para alguns, os chamados mitómanos, que até acreditam nas mentiras que
proferem, e numa imperativa necessidade para outros, os titulados de
oportunistas que, mesmo sabendo que estão a aldrabar, dá-lhes jeito, na medida
em que a mentira, apesar de não lhe tapar bem as fendas, vai-lhe remendando os
buracos.
Esta arte, mais
antiga do que o cagar dos cães, modernamente tem atingido um progresso de
inimaginável magnitude, porque a necessidade a isso obriga, como uma forma
divertida e sorridente de transmitir a transmutação de uma realidade falida,
numa verdade utópica, oca de conteúdo, porém com o propósito de convencer
elementos pertencentes a determinada casta em que intelecto é sofrível, para
não dizer, deplorável.
Remontando à
filosofia aristotélica, o seu criador, Aristóteles, mencionou a falácia mais ou
menos, nestes termos: um sofisma; um raciocínio errado que tenta furar a razão
como verdadeiro, usado para enganar mentes fracas ou que se situem na corda
bamba da indecisão.
É utilizada,
como é costume dizer-se, para tapar os olhos a quem os tem abertos, criando-lhe
uma visão cor-de-rosa, num esforço, por vezes conseguido, de bloquear o fundo
escuro da realidade. Resume-se como um raciocínio fundamentado numa objecção
manifesta, porém, com o intuído de defender algo, cuja realidade não está
congruente.
É uma maneira
muito engraçada, - quando não cai em desgraça -, utilizada com abundante
frequência na política como muleta filosófica, para dizer o que não se sente,
asseverar o que não se vê e substituir a realidade daquilo que se pensa, ou até
mesmo, que se sabe; actua como uma protecção, ainda que translúcida, para
cobrir a ineficácia e a incompetência daqueles que “beneficiam” destas duas
particularidades, que no mundo de hoje, reflectem cada vez mais, as insígnias
do sucesso, por muito obscuro que este possa ter sido.
Daqui resulta a
forma frequente, ou mesmo, viciante, da sua utilização.
A FALÁCIA.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,26/06/2019
Agradecimentos:
A
Jesus Cristo, de ascendência judaica, Pregador da Moral para o entendimento
entre os Homens de boa-fé.
A
Aristóteles, conceituado filósofo grego, cujas cogitações ainda hoje são
estudadas.
A Mário Centeno, português de gema e Ministro
da Economia, por ter iluminado a minha mente para a matéria em causa.
Pelo
contributo concedido, para que eu pudesse ter edificado esta “deslumbrante”
“história”, quero aqui deixar expressa a minha mais sincera gratidão.
(A. Figueiredo)
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