O mentiroso é
sempre pródigo em juramentos.
(Pierre Corneille)
“HIPNOSE”
POLÍTICA
"HYPNOSIS"
POLITICS
"ГИПНОЗ"
ПОЛИТИКА
Até têm habilidade! Pelo menos na pose.
É certo que, sem se ser mentiroso, na
política não se trepa.
Espero bem que a “multidão” que se
encontra de boca aberta e mente fechada, “alapada” nas tábuas falsas da incerteza,
a assistir ao espectáculo circense agora em veiculação, a caminho da manjedoura europeia, não se deixe
embalar pelo paleio papaguiante ou pela fisionomia de preocupação fingida de
alguns laparôtos espertos e entre em transe, deixando-se levar por promessas
“ambiciosas” que, antes de se converterem em factos, já se esvaíram à nascença,
ou nem sequer chegaram a nascer.
As figuras que, à laia de cometas, espigam
este “triste” espectáculo teatral, estão empenhadas, não em tratar dos nossos
interesses, mas, como sempre, das suas ambições, que até agora não têm sido
nada comedidas.
É sempre a mesma coisa; são capazes de
descer ao mais baixo nível do patamar social, “curvando-se e abanando o rabo”
como cães lamber as botas do seu dono, só com a firme intenção de chegarem ao
topo de uma “profissão”, que não devia sê-lo, e, aí chegados, tratarem-nos da
“saúde” - que já não é muita; isto acontece, por não serem limitados a um tempo
certo de mandato. Podemos enxergar alguns, velhos na idade e velhos na
carreira, mas que prosseguem com salientada sofreguidão, a chafurdar - muitas
vezes meio adormecidos - na gamela que os alimentam, cheia à custa da
escravidão de muitos desgraçados.
Mas continuam a apresentar a mesma
ladainha, principalmente dizendo “larachas” enfezadas – não passam disso – que
o povo gosta de ouvir, traduzindo-se como tal, populismo puro.
Com essas larachas, os “lavradores” das
grandes herdades e os campónios das pequenas leiras e courelas portuguesas,
(sem desprimor algum da minha parte) é que devem estar contentes (não sei!?),
por vislumbrarem a fantasia de um Erasmus (?), que nem devem ter bem a
noção do que é, mas tem um toque fino ao trato e deduzem que fica situado no “estrangeiro”,
não sei aonde.
Não tenhamos dúvidas de que os artífices
da politiquice são mestres em engendrarem as mais inusitadas artimanhas para
caça ao sufrágio; estratagemas que não lembram ao Diabo, apesar de ser velho e
esperto.
Plantam árvores, de tesoura na mão e com
relevância fingida apalpam as videiras, abraçam toda agente, mesmo aqueles que
por onde o sabão e a água raramente passam, beijocam sem distinção todos os
rostos, ainda que contaminados por queratose actínica e são exímios em dar “sim senhor, tem muita razão” ou “eu vou tratar disso” ou ainda, “conto com o seu voto e deixe o resto comigo”.
Outros arengam que, “Tudo tem de estar sempre em
pratos limpos quanto à utilização regular dos fundos europeus”. A mim,
dá piada, porque os pratos têm andado sempre sujos; os únicos “artefactos” que
vejo sempre limpinhos, são os “tachos”.
Concluo que, para os políticos, a realidade
e o embuste gozam de reduzida importância; se assim não fosse, nunca seriam
políticos. Por isso estou com Eça de Queirós, quando diz que, “Os
políticos e as fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo
motivo”.
Como em Portugal isso não tem acontecido,
somos o repositório onde a Europa despeja as suas insolências.
Lamento!
António
Figueiredo e Silva
Coimbra, 20/05/2019
Nota:
abaixo o Novo Acordo Ortográfico.
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