Uma mulher bonita,
não é aquela de quem se
elogiam as pernas
ou os braços, mas aquela
cuja inteira
aparência é de tal beleza que não
deixa
possibilidades para
admirar as partes
isoladas.
(Séneca)
A
MULHER
ЖЕНЩИНА
THE WOMAN
DIE FRAU
די פרוי
மகளிர்
औरत
Dispenso
o Dia da Mulher para escrever sobre este ser tão cheio de virtudes, porque,
mulher que é mulher, é-o todos os dias.
Não compreendo que este ser tenha vindo a
ser tão ostracizado pelo machismo doentio - pelo menos eu, não consigo entender.
A mulher foi a melhor prenda com que a Natureza brindou o homem. Foi ela que,
com uma “trinca” numa simples “maçã”, abriu a mente do homem para o mundo que o
rodeia, e lhe mostrou todas as venturas e desventuras que se lhe podiam
deparar. Além de tudo isto, é o único meio de que o homem dispõe para chegar ao
Mundo.
Na minha visão, o Mundo sem a Mulher,
seria semelhante a um deserto repleto de camelos e não um jardim de alegria
como, extasiados, podemos contemplar.
Só a virtude naturalmente concedida, de
poder ser mãe, merece que seja venerada; e isso não tem vindo a suceder.
Quase em todas as culturas, excepto
naquelas em que funciona a sociedade matriarcal – que são pouquíssimas - a
mulher é relegada para segundo plano, espezinhada e liquidada se assim for
entendido, onde lhe é extraído todo o valor que na realidade devia ter.
Ela é a mãe. É ela que concebe, que dá à
luz e que amamenta; é o elo de ligação familiar que está sempre presente, nas
horas boas e nas horas de grande aflição; o seu papel é muito diferente do
papel do homem; este é mais desprendido, mais independente e mais burro. O
único ser que pode garantir ao homem que ele é o pai dos seus filhos, é a
mulher – que se lixe o ADN.
Em relação ao homem, ela é esposa,
companheira, confidente e mãe; é o elo estabilizador da família e apaziguador
de desavenças, colocando-a muitas vezes entre a espada e a parede, sacrifício
que ela suporta com paciência e firmeza de carácter.
Vejo-a como um ser incansável e muitas
vezes sujeita a duros sacrifícios, mas não perde o sentido do amor e da
ternura.
Estou farto de ver a mulher ser menosprezada
e selvaticamente molestada e por vezes abatida, sob as mais mórbidas e
requintadas formas, para no fim, os seus carrascos cumprirem meia dúzia de anos,
por vezes nem isso, à sombra do repouso, cujo descanso é remunerado por todos
nós. Esse desrespeito que se tem manifestado com de “rios” de sangue, hematomas
e ossos partidos, está seguramente comprovado pelo que fizeram alguns verdugos,
que não foi mais do que proceder à eliminação completa do ser que mais sombra fazia
às suas incapacidades físicas, pelo menos; se mais não for, aos seus complexos
de inferioridade obsessivos, infectados por particular patologia.
Depois de toda esta argumentação, é manifesto
e natural, possa aparecer alguém que, com todo o direito, possa questionar:
então e quando acontece o reverso da medalha? Só poderei responder o que me vai
na alma: é “a vingança do herói”.
E queria terminar esta dissertação com uma
frase de Victor Hugo:
O
homem é uma águia que voa; a mulher um rouxinol que canta. Voar é dominar os
espaços; cantar é conquistar a alma.
Devem respeitar-se mutuamente, para que o
voo e o canto possam fundir-se e formar um mundo mais propenso à felicidade.
Só lamento que hoje, em pleno século XXI,
ainda subsistam palermas, que recorram a termos Bíblicos, Corânicos, Hindus e outros,
para deliberar veredictos com tendência ao aviltamento das qualidades da
MULHER.
Seria bem melhor que as mães deles
tivessem provocado o aborto; certamente teríamos uma sociedade mais limpa e
talvez mais tolerante.
*As minhas felicitações a todas as mulheres do mundo,
porque elas representam a beleza grandiosa do universo, com a qual enchemos os
olhos de prazer.
António Figueiredo e
Silva
Coimbra, 24/02/2019
*A todas aquelas que realmente sabem assumir
o seu verdadeiro papel de MULHER.
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