terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

OLIGARQUIA


As ideias dominantes numa época, nunca
passaram das ideias da classe dominante.
(Karl Marx)


OLIGARQUIA

Uma caldeirada à fragateira bem adubada.
À detenção do poder por uma minoria influente, para subjugar uma maioria escravizada, chama-se oligarquia; esta forma de “governar”, com a mão direita encolhida e voltada para trás, num gesto característico de “rapinagem conveniente”, raramente muda de azimute, porque os interesses e os vínculos que os unem são sempre os mesmos; amistosos por conveniência ou familiares por apelo genético, todavia que se fundem num só princípio doutrinário: uma minoria coesa tem força para subjugar uma maioria plebeia.
Esta é a explicação que consigo extrair da nossa “aristocracia” corrompida que tem retido o domínio, com o qual dita e promulga as regras segundo os interesses de toda a camarilha que a congrega. É, a fidalgaria está de volta; figurar-se-me até, que é uma oligarquia monarquizada.
Tem havido uma indecorosa promiscuidade política rasca que se tem manifestado abertamente ao “assumir” com descerrada insolência uma governação composta por células unidas por laços familiares.
Este “estilo”, em algo semelhante a uma monarquia devassa, além de outros “requintes”, faz parte dum universo egocêntrico, em que, estrumada pela ganância, germina a semente da incompetência que tem arruinado o poder económico e político Portugal, e, naturalmente, a vida dos portugueses.
Estou esperançado de que com ela surja também um Sebastião José de carvalho e Melo, para acabar com todos os trampolineiros de colarinho branco que como lobos esfaimados têm derriçado a economia, ensombrado o prestígio de Portugal, e por consequência, nos têm feito comer pão que o Diabo amassou, para garantirem a sua lagosta.
Podemos notar que o exercício da oligarquia que entre nós tem “reinado”, está sempre arrolado com movimentos empresariais, financeiros e industriais, além de outros, desde que as especificidades das mesmas possam gerar enriquecimento rápido e “inabalável” para os elementos que a constituem. 
Tudo isto é originado pela da falta de carácter, pela avidez desmedida e pela falta de respeito pela comunidade de uma nação. É a consumação de diversos jogos de interesses de conservados em môlho de partidarite.
Poderia eu fazer como muitos… “deixa andar”! Mas não consigo esconder a minha sublevação por ver tanto ludíbrio tutelado pelos preceitos, que com salientada manhosice a própria oligarquia tem vindo a confeccionar, e… cagou e andou; lei é lei.
Já não afirmo que os ditos “oligarcas reinantes” a cumpram, mas garanto que a fazem executar ao Zé Povinho.

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 26/02/2019

Advertência: ainda não estou em consonância
 “cu” o Novo Acordo Ortográfico.

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