sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

AÍ O TEMOS!


Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande.
Senão puder andar, rasteje, mas continue em frente
de qualquer maneira.
 (Martin Luther King)


AÍ O TEMOS!

“Que país é este”?!
- Questiona o nosso amigo Pedro Santa Lopes - que nesta desorientada selva promoveu um mais um safari na caça à mangedoura. Bem, eu penso que é Portugal.
Depois de ter usado e abusado de diversos tipos de armamento, desde fisgas até carabinas, parece-me que desta vez optou por armas mais possantes cujas munições de carregamento, penso que vão ser zagalotes.
Avalio-o por ser já uma figura sobejamente conhecida de todos os portugueses, pela sua legitimada lábia e aguerrida teimosia, na conquista, não direccionada para a governação do Zé Povinho, mas ao garimpo de uma posição cimeira que lhe possa garantir bons rendimentos e notoriedade. É uma ambição sua, não contesto, pela qual tem lutado com unhas - bem polidas e sem calos nos dedos - e dentes - se não naturais, pelo menos inseridos.
Não sei, porém, como o nosso povo é achacado a ataques de sonambulismo amnésico, pode ser que alcance o que ambiciona. Já no passado, numa renhida e consistente peleja, também politiqueira, em que fez luzir com fulgor toda a sua brilhantina, nem com as “santanetes” lá foi; lembram-se?
Não duvido que não possa existir na sua pessoa, volumetria capacitiva de querer governar (se), porque é uma “ocupação” à qual tem “sacrificado” a sua alma e o seu coração, não abdicando, como é óbvio, dos seus interesses e ambições, que sempre me quis parecer, colocá-los em seu primeiro plano de actuação, como um experiente artista, com traquejo nato e sabedor do papel que representa. E até se tem safo, não digo tanto como ele desejaria, porque se assim tivesse acontecido, naturalmente que já se havia “reformado” com uma choruda jubilação a servir-lhe de encosto, como fizeram alguns “marmelos” oportunistas, também da sua faixa etária.
Gosto muito o ouvir o seu papaguear; é possuidor de uma magnífica locução que convida à sonolência; as palavras são convincentes – pelo menos ele deve pensar isso – e de uma macieza incomuns. Nunca consegui compreender como é que Pedro Santana Lopes, ao longo de tantos anos, tem conseguido articular paleio para preencher todo esse tempo. Por vezes ponho-me analisá-lo e fico com a sensação de que a ladainha é sempres a mesma, porque ele continua igualzinho a si mesmo.
É a figuras como a dele, que podemos outorgar a titularidade de tachista nato. Isto é, já nasceu para essa realidade, sendo o motivo para continuar sempre “em frente de qualquer maneira”, custe o que custar. É como as rãs, que não desistem de saltar de nenúfar em nenúfar, e lá vão agarrando as moscas mais desacauteladas.
“Balente”!
Que sorte o proteja… e a mim também.
Amen.

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 20/02/2019

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