Há
quem substitua a conveniência do desconhecimento
pelo conhecimento da verdade.
A
primeira, alivia; o segundo destrói.
(A.
Figueiredo)
NÃO,
AINDA ESTOU A BULIR
Após desmedido e inusitado interregno
temporal, decorrente de factores diversos em que a minha disposição para a
narrativa esteve em letargia, não posso ocultar o meu assombro e ao mesmo tempo
a minha exultação ao receber mensagens de diversos seguidores, inquirindo-me
sobre o meu silêncio grafológico, onde a mineração da crítica mordaz e jocosa é
uma constante, conquanto que não deixo passar em branco o filão maciço de
palavras de elogio, quando entendo que são elas são justas – posso estar
enganado, como é compreensível.
Apesar das circunstâncias adversas da
vida, ainda me sinto com capacidade – disponibilidade não me falta – para
triturar e espalhar a bolota e o feno pelos montados e manjedouras que alguns
suínos e asininos deste depauperado país, são dignos.
É… é a refeição pictórica adequada àqueles
que em pouco tempo ofuscaram o sol da manhã, quando este começava a raiar no
horizonte da liberdade. Foi tudo uma farsa e um jogo de interesses que culminou
num assalto descarado às economias da nossa Pátria. Já passou bastante tempo, é
certo, mas conseguiram e continuam descaradamente a zombar connosco ao longo de
uma hibernação de quarenta e poucos anos.
Quando a conveniência é servida numa
bandeja de prata, os que deviam saber, não sabem nada, os cães ladram, - os
ladrões roubam - e a caravana continua incólume o seu andamento, rumo ao
hemisfério do desconhecimento absoluto; contudo, se essa mesma conveniência
fosse servida numa escudela, a aplicação sansionatória seria uma evidência; isto
é, se a capacidade de governar não sofresse de anquilose, a honradez não
estivesse claudicante e os órgãos de soberania, não entrassem em greve, como
aconteceu agora com um, titulado de… Magistratura.
Anda tudo à balda!
E ninguém sabe nada, porra!
Ah, mas eu sei!?
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
29/12/2018
Obs: Continuo a dizer: não sou a favor do
novo acordo ortográfico.
Sem comentários:
Enviar um comentário