sábado, 29 de dezembro de 2018

NÃO, AINDA ESTOU A BULIR


Há quem substitua a conveniência do desconhecimento
 pelo conhecimento da verdade.
A primeira, alivia; o segundo destrói.
(A.       Figueiredo)

NÃO, AINDA ESTOU A BULIR

Costuma dizer-se que, “depois da tormenta, vem a bonança”.
Após desmedido e inusitado interregno temporal, decorrente de factores diversos em que a minha disposição para a narrativa esteve em letargia, não posso ocultar o meu assombro e ao mesmo tempo a minha exultação ao receber mensagens de diversos seguidores, inquirindo-me sobre o meu silêncio grafológico, onde a mineração da crítica mordaz e jocosa é uma constante, conquanto que não deixo passar em branco o filão maciço de palavras de elogio, quando entendo que são elas são justas – posso estar enganado, como é compreensível.
Apesar das circunstâncias adversas da vida, ainda me sinto com capacidade – disponibilidade não me falta – para triturar e espalhar a bolota e o feno pelos montados e manjedouras que alguns suínos e asininos deste depauperado país, são dignos.
É… é a refeição pictórica adequada àqueles que em pouco tempo ofuscaram o sol da manhã, quando este começava a raiar no horizonte da liberdade. Foi tudo uma farsa e um jogo de interesses que culminou num assalto descarado às economias da nossa Pátria. Já passou bastante tempo, é certo, mas conseguiram e continuam descaradamente a zombar connosco ao longo de uma hibernação de quarenta e poucos anos.
Quando a conveniência é servida numa bandeja de prata, os que deviam saber, não sabem nada, os cães ladram, - os ladrões roubam - e a caravana continua incólume o seu andamento, rumo ao hemisfério do desconhecimento absoluto; contudo, se essa mesma conveniência fosse servida numa escudela, a aplicação sansionatória seria uma evidência; isto é, se a capacidade de governar não sofresse de anquilose, a honradez não estivesse claudicante e os órgãos de soberania, não entrassem em greve, como aconteceu agora com um, titulado de… Magistratura.
Anda tudo à balda!
E ninguém sabe nada, porra!
Ah, mas eu sei!?

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 29/12/2018

Obs: Continuo a dizer: não sou a favor do novo acordo ortográfico.





  


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