quarta-feira, 1 de agosto de 2018

PELA BOCA MORRE O PEIXE


O problema de resistires a uma tentação é
que podes não ter uma segunda oportunidade.
(Laurence J. Peter)

PELA BOCA MORRE O PEIXE


Não, Miguel Sousa Tavares, apesar de se ter como um erudito, um poço sapiência (e vaidade), ainda não teve magnanimidade suficiente para chegar à conclusão de que não descobriu a pólvora.
É manifesto, que nas críticas sociais tecidas a Ricardo Robles, e ensacadas em papel pardo, subsiste uma mistura de inveja com uma justa razão de as fazer, não porque ele tenha praticado algo de ilegal, mas porque meteu o pescoço na lâmina da guilhotina da sua incoerência. O facto a apontar foi esse. Naturalmente que, se muitos tivessem tido uma oportunidade semelhante, certamente que a não haveriam extraviado, porque, como reza um provérbio árabe, “camelo selado não passa duas vezes na nossa vida”; a questão é apregoarmos que somos contra quem monta camelos (o caso de Ricardo Robles), e, armados em “camelos”, quando eles aparecem, vamos montá-los.   
As apreciações propagandeadas pelos meios de informação da nossa comunidade, não incidem sobre quaisquer ilicitudes por ele praticadas. A questão foi que, esta figura pertencente ao catálogo autárquico olissipense, mercê das suas dissertações “populistas”, naturalmente com vista a solidificar a demarcação da sua imagem, avalisou-se com grande tenacidade e “convicção”, como uma barreira forte contra a gentrificação. Até aqui, é verdade.
Bem, como a ambição - própria de todo o ser humano - e a oportunidade surgiram, caiu na patetice de remar contra a ladainha que ele próprio instituiu?! Perante a sua tomada de posição em face da ocasião surgida, mordeu o anzol. Claro que foi um “oportunista”, mas talvez não tivesse sabido sê-lo na oportunidade certa; por isso, é notório que expôs o seu canastro às pauladas da sociedade!?
Isto sempre foi assim, e quanto mais alta é a alcândora, maior é o trambolhão.
É preciso ter sempre em mente que, “pela boca morre o peixe”.
O certo é que aconteceu.

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 01/08/2018

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