segunda-feira, 6 de agosto de 2018

O INFERNO DE DANTE DANTE'S HELL АДОН ДАНТЕ


O mêdo é o pai da moralidade.
(Friedrich Nietzsche)


O INFERNO DE DANTE
DANTE'S HELL
АДОН ДАНТЕ
(Mais uma vez, os incêndios!)


É mais ou menos isto: “mata-se o bicho, acaba a peçonha”.
Todavia, matar o bicho, não quer dizer cortar as árvores; como para empandeirar os piolhos, não é necessário rapar o cabelo. Todos sabemos que elas são o pulmão do planêta e racionalmente a razão da sua existência como um planeta vivo. Pelo menos eu, não conheço nenhum ser vivente que o seja, sem oxigénio. É natural que ele exista, na cachimónia dos pirómanos e na cabeça vazia de quem lhes apara os golpes criminosos.
Tenho perguntado a mim próprio: será que a China e o Japão são países que ficam situados em algum deserto Asiático? Porque será que não existem fogos na Rússia, onde ficam situados os Montes Urais? Será que Putin ordenou um plágio da lei portuguesa e mandou cortar as árvores?
Não sei se esta pergunta é suficiente para despertar o pensamento criogenado de quem tem poder para refrear estes actos, - quando os criminosos apanhados – e não o faz.
Não pretendo dizer com isto, que todos os incêndios são de origem acusável; no entanto, não só em Portugal, como noutros países da Europa, América do Norte, América do Sul, Oceânia (Astrália) e alguns estados do Continente africano, estas catástrofes têm surgido com acentuada pontualidade.
Também não consigo admitir que todas estas desgraças sejam somente obra do acaso, ou só resultantes de causas naturais. Creio que, na origem destes cataclismos, há influência de mãos criminosas subjacentes, certamente a uma qualquer seita mística fundamentada numa doutrina suicida, ou ambição atada a interesses comerciais, ambos religiosamente apostados na liquidação total e absoluta da vida na Terra. Bem, deixemos esta parte, que é hipersensível pela sua complexidade. Ainda me vão catalogar de alucinado, mas… futuro o dirá.
Não é por algumas pessoas se terem servido de uma faca de cozinha para assassinar, que as cutelarias devem ser encerradas. Do mesmo modo, também não será lógico que se combatam os incêndios procedendo ao corte de amalucado de árvores, como da legislação portuguesa se pode inferir. Da diminuição do arvoredo, além de outros factores agora aqui não chamados à colação, resulta uma grande contribuição para o aquecimento local e também uma modesta colecta para calefacção global.
Sou de opinião que o mal, deve, não… tem de ser cortado pela raiz, que consiste, quando mãos criminosas são descobertas, já não digo que lhes deva ser decepada a vida esturricando-os no meio do fogo, mas condená-las a pelo menos metade da presumível vida que lhes possa restar, a plantar árvores e a limpar as matas num íntegro ressarcimento pelo injusto mal que causaram à sociedade, que não tem culpa nenhuma da tresloucada conduta que tiveram.
O aborrecimento é que quando são capturados em flagrante delito ou patenteados com provas concludentes, por meios artificiosos são permanentemente atamancadas desculpas que a própria lei tutela; é tolinho (mas é manhoso), vem de uma família com problemas (todos os temos), estava emborrachado (que pensasse antes de beber), carecia de dinheiro (que fosse trabalhar), tinha tido uma zanga com a mulher (que cerrasse as hastes de queratina), etc. A comunidade não tem de pagar por esses desmandos, e é ao poder central que institui a regulamentação, que compete modifica-la, para que a criminalidade incineradora diminua.
Para que essa mudança possa ocorrer, é indispensável aos nossos governantes, terem túberos escuros entre as pernas e mão-de-ferro no controlo desta situação, que está a ser alarmante e terrífica.
Se pensarmos bem, ainda há mais uma razão a equacionar: o número de fogos com várias frentes tem aumentado na razão directa dos meios de combate aos mesmos.
Isto dirá alguma coisa?
Aqui, que objectem os entendidos no assunto.

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 06/08/2018
www.antoniofsilva.blogspot.com      

Sem comentários:

Enviar um comentário