O
mêdo é o pai da moralidade.
(Friedrich
Nietzsche)
O
INFERNO DE DANTE
DANTE'S
HELL
АДОН
ДАНТЕ
(Mais
uma vez, os incêndios!)
É
mais ou menos isto: “mata-se o bicho, acaba a peçonha”.
Todavia, matar o bicho, não quer dizer
cortar as árvores; como para empandeirar os piolhos, não é necessário rapar o
cabelo. Todos sabemos que elas são o pulmão do planêta e racionalmente a razão
da sua existência como um planeta vivo. Pelo menos eu, não conheço nenhum ser
vivente que o seja, sem oxigénio. É natural que ele exista, na cachimónia dos
pirómanos e na cabeça vazia de quem lhes apara os golpes criminosos.
Tenho perguntado a mim próprio: será que
a China e o Japão são países que ficam situados em algum deserto Asiático? Porque
será que não existem fogos na Rússia, onde ficam situados os Montes Urais? Será
que Putin ordenou um plágio da lei portuguesa e mandou cortar as árvores?
Não sei se esta pergunta é suficiente
para despertar o pensamento criogenado de quem tem poder para refrear estes
actos, - quando os criminosos apanhados – e não o faz.
Não pretendo dizer com isto, que todos
os incêndios são de origem acusável; no entanto, não só em Portugal, como noutros
países da Europa, América do Norte, América do Sul, Oceânia (Astrália) e alguns
estados do Continente africano, estas catástrofes têm surgido com acentuada
pontualidade.
Também não consigo admitir que todas
estas desgraças sejam somente obra do acaso, ou só resultantes de causas
naturais. Creio que, na origem destes cataclismos, há influência de mãos
criminosas subjacentes, certamente a uma qualquer seita mística fundamentada
numa doutrina suicida, ou ambição atada a interesses comerciais, ambos
religiosamente apostados na liquidação total e absoluta da vida na Terra. Bem,
deixemos esta parte, que é hipersensível pela sua complexidade. Ainda me vão
catalogar de alucinado, mas… futuro o dirá.
Não é por algumas pessoas se terem
servido de uma faca de cozinha para assassinar, que as cutelarias devem ser
encerradas. Do mesmo modo, também não será lógico que se combatam os incêndios
procedendo ao corte de amalucado de árvores, como da legislação portuguesa se
pode inferir. Da diminuição do arvoredo, além de outros factores agora aqui não
chamados à colação, resulta uma grande contribuição para o aquecimento local e
também uma modesta colecta para calefacção global.
Sou de opinião que o mal, deve, não… tem
de ser cortado pela raiz, que consiste, quando mãos criminosas são descobertas,
já não digo que lhes deva ser decepada a vida esturricando-os no meio do fogo,
mas condená-las a pelo menos metade da presumível vida que lhes possa restar, a
plantar árvores e a limpar as matas num íntegro ressarcimento pelo injusto mal
que causaram à sociedade, que não tem culpa nenhuma da tresloucada conduta que
tiveram.
O aborrecimento é que quando são
capturados em flagrante delito ou patenteados com provas concludentes, por
meios artificiosos são permanentemente atamancadas desculpas que a própria lei
tutela; é tolinho (mas é manhoso), vem de uma família com problemas (todos os
temos), estava emborrachado (que pensasse antes de beber), carecia de dinheiro
(que fosse trabalhar), tinha tido uma zanga com a mulher (que cerrasse as
hastes de queratina), etc. A comunidade não tem de pagar por esses desmandos, e
é ao poder central que institui a regulamentação, que compete modifica-la, para
que a criminalidade incineradora diminua.
Para que essa mudança possa ocorrer, é indispensável
aos nossos governantes, terem túberos escuros entre as pernas e mão-de-ferro no
controlo desta situação, que está a ser alarmante e terrífica.
Se pensarmos bem, ainda há mais uma
razão a equacionar: o número de fogos com várias frentes tem aumentado na razão
directa dos meios de combate aos mesmos.
Isto dirá alguma coisa?
Aqui, que objectem os entendidos no assunto.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 06/08/2018
www.antoniofsilva.blogspot.com
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