Ao examinarmos
os erros de um homem,
conhecemos
o seu carácter.
(Confúcio)
CONHECEM-NO?
DO YOU KNOW IT?
ЗНАЕТЕ ЛИ ВЫ?
Weet jy dit?
Eu
não!?
Dizem os órgãos de comunicação, que é o
Presidente do Município de Pedrógão Grande, o concelho por onde o ano passado
impiedosamente o fogo varreu bens e ceifou vidas.
O conselho cuja catástrofe comoveu uma
colossal fatia da população portuguesa, e não só.
A Municipalidade que “alberga” pessoas
que ainda hoje contestam lacrimejando pérolas salgadas de indignação causadas
pelo oportunismo sem pejo, abrigado na penumbra do proteccionismo e do
compadrio, ou comodamente descansando à sombra da infelicidade alheia.
Eu vi a reportagem. Fiquei indignado com
a calma e a passividade do Sr. Valdemar
Alves, pelas suas explicações às perguntas inteligentes e ambiciosas que
lhe foram feitas pela Digníssima jornalista.
O seu semblante era frio, (mas tenso),
como o de um jogador de poker; naquela face nada bulia, a não ser o movimento
alternado do pestanejar ou os movimentos labiais, único transporte para
transmitir o que pensava (e quiçá, o que não pensava), em arguição da sua
inculpabilidade no que era referido à atribuição restrita dos subsídios aos
arruinados que ficaram sem nada e a alguns que, mercê de artimanhas diversas
além tudo açambarcaram mais.
Auxílios,
além dos estatais, foram também engrossados por ajudas de portugueses de boa
índole, sob as mais diversas formas; todos no intuito de ajudar os que
realmente estavam no desespero causado pela penúria material e também moral.
Ao que parece as intenções não sortiram
os efeitos desejados. Mas…
Tenho muita compaixão do Sr. Valdemar Marques, Presidente da Câmara de
Pedrógão Grande! O que lhe citaram na entrevista, bem conduzida por sinal,
era tudo mentira, desconhecia ou eram simples termos soltos pela boca da
“raposa” da jornalista.
A sua gelada passividade persuadiu-me de
tal modo, que no final fiquei com um profundo sentimento de compaixão por ele!
A inquiridora comunicacional é que foi chata por ter aberto o missal das suas
investigações com as quais corajosamente confrontou este Sr., e transformou-o numa
vítima, da avidez noticiosa, como tal, digna de uma canonização em vida.
Eu sei que as atitudes são elementos
fundamentais e determinantes para definir a índole de uma pessoa. Mas,
reflectindo bem e por causa das desconfianças geradas, que a serem verdade são
vergonhosas, se eu estivesse no seu (dele) lugar…
DEMITIA-ME.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 23/08/2018
Sem comentários:
Enviar um comentário