terça-feira, 17 de outubro de 2017

REBELIÃO NA POCILGA

“Porcos ressurgidos

bandidos banidos,

magoados, falidos por dinheiro, libido

caçoam, surgindo, dos fossos, pervertidos

macabros, banidos, mau sonho revivido

pedante, frustrante, justiça mendicante

de pratas, pedintes, asquerosos purgantes

suplante sufrágio, prepotentes mandantes

agouro sonante, dos sonhos meliantes”

(Filipe Belotto)

 

 

REBELIÃO NA POCILGA

 

(Esta é para desanuviar a "cachimónia" e dar um tom colorido à vida)


As histórias do passado, quase sempre começam por "era uma vez", então:

Era uma vez...

Existia uma pocilga cuja população era suína e o seu senhor feudal, por incúria ou outro motivo que agora não é pr'áqui chamado, abandonou o seu "povo" ó Deus-dará, privado de proventos para a sua sobrevivência, enquanto esperava pela pena capital, sem culpa formada.

Aconteceu que, como o ser porco não volatiliza a inteligência, devia no meio deles ter havido um, mais corajoso e obstinado, que conseguiu formar e reunir um parlamento, o "Parlamento da Porcaria", que alguém da bancada sugeriu que fosse titulado de "Parlamento Suíno", tendo sido aprovado por uma maioria parlamentar.

Por força das circunstâncias e também por unanimidade, resolveram IMIGRAR - à semelhança do que há tempos, ao que parece, foi sugerido aos portugueses por “distinta” figura do nosso governo.

Se o pensaram melhor o fizeram.

Os deputados mais aguerridos e espertos – que também os há - romperam as redes que os cercavam e puseram-se em fuga; só que, pouco organizados - também os temos, se não isto não andava de muletas como anda – porque a liberdade foi repentina – à semelhança do 25 de Abril – escapuliram-se em debandada; no entanto, alguns formaram grupos - apelidados pelos Kamaradas, de "células"; uma dessas "células" veio para a Vila Verde de Oura e "aportou" numa zona conhecida por Prado.

Por ali andavam a catar umas bolotas ou coisa parecida - pedras não eram com certeza - para mitigarem a larica, presumivelmente grunhindo a sua sorte e reunindo ideias enquanto torciam o rabo.

A sua presença foi de tal importância ministerial, de tal modo significativa, que fez parar o trânsito; até a televisão deu relevo à porcaria, que andava por ali em liberdade condicionada - como nós - sem qualquer documentação e à procura de emprego - pois ele escasseia - até que apareceu alguém, com melhor coração, que os levou e lhes deu um acolhimento eterno, transformando-os em rojões e outros acepipes, sabe-se lá, à laia transmontana; muito bons por sinal.

Como se pode ver por esta crónica meio fabulizada, até os recos podem ser inteligentes, ter ideias válidas e serem deputados de uma porcaria qualquer.

 

Precisam é de “burros” que os alimente.





António Figueiredo e Silva

Coimbra, 17/10/2017

https://www.facebook.com/antonio.figueiredo.54584/videos/841368032697464/

ou

www.antoniofsilva.blogspot.com

 

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