NA MINHA CABEÇA NÃO CABE
Por tanta coisa desacertada que se tem executado, já não sei o que dizer, mas… Não consigo ficar retraido.
Percebo e compreendo
que as universidades e outros firmamentos análogos, são instituições de ensino
cujo objectivo é desenvolver todas as capacidades a nível intelectual e científico; até a
incapacidade.
Se grande parte dos
pardais que administram o nosso milheiral, neste momento fossem confrontados
com a feitura de provas de aferição de competência para o cargo que desempenham,
certamente que a maioria dos poleiros ficariam sem pássaros e o espaço limitado
pela cúpula parlatorial permaneceria quase despopulado.
Nos professores, como
noutras profissões ou noutros cargos quaisquer, a existência de nódias é uma certeza; porém, a culpa não
é deles, todavia de quem lhes passou as credenciais que os autorizaram a
fazerem-se valer das suas (in)capacidades, como exímios insinadores, defensores,
magistrados, médicos, veterinários, alveitares, inginheiros, gobernantes e outros que por aí pululam sorrateiramete no meio buliçoso da manada. Só são notados quando as coisas começam a dar raia, o que na maioria das vezes já é tarde para estabilizar a barcaça.
Estaria correcto, e
acima de tudo justo, que, se antes de treparem para o cargo ou para o poleiro a
que se propõem, lhes fossem feitas provas destinadas avaliar as suas
competências científicas e, no caso do professorado, a bitolar também o seu
sentido pedagógico, que no ensino é uma qualidade de primordial importância,
pois permite ao professor a comunicação do seu saber aos diferentes entenderes -
ainda por clivar - que o ouvem.
Tendo em conta que no
meio educacional existem muitos nabos e nabiças que são verdadeiras “pérolas”
na ministração do ensino, e em vez de instruir apenas se limitam a lambuzar,
penso que a lei deve ser mudada nesse sentido, porém, baseada nos parâmetros doutrinais
de que a implementação de um regulamento
legisla para o futuro.
Ora, a meu ver não
faz sentido, no caso presente, apresentar uma lei cuja extensão lambe o tempo e
se ostenta com uma execução rectroactivista.
No caso dos professores, todos eles foram
autorizados a lecionar em função das leis vigentes na altura em que se
candidataram; idealizaram e organizaram as suas vidas em função dos proventos
obtidos e agora sai, sob uma forma de prestidigitação, uma lei que obriga
àqueles que têm menos de cinco anos de ensino à realização de uma prova para
apreçar - e afiançar novamente - as suas competências.
Nããããão! Esta tomada
de posição, NA MINHA CABEÇA NÃO CABE.
António Figueiredo e
Silva
19/12/2013
www.antoniofigueiredo.pt.vu
Nota: Nunca fui nem sou professor,
ou detentor de qualquer cargo
público ou administrativo.
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