quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

NA MINHA CABEÇA NÃO CABE



    NA MINHA CABEÇA NÃO CABE


Por tanta coisa desacertada que se tem executado, já não sei o que dizer, mas… Não consigo ficar retraido.
Percebo e compreendo que as universidades e outros firmamentos análogos, são instituições de ensino cujo objectivo é desenvolver todas as capacidades a nível intelectual e científico; até a incapacidade.
Se grande parte dos pardais que administram o nosso milheiral, neste momento fossem confrontados com a feitura de provas de aferição de competência para o cargo que desempenham, certamente que a maioria dos poleiros ficariam sem pássaros e o espaço limitado pela cúpula parlatorial permaneceria quase despopulado.
Nos professores, como noutras profissões ou noutros cargos quaisquer, a existência de nódias é uma certeza; porém, a culpa não é deles, todavia de quem lhes passou as credenciais que os autorizaram a fazerem-se valer das suas (in)capacidades, como exímios insinadores, defensores, magistrados, médicos, veterinários, alveitares, inginheiros, gobernantes e outros que por aí pululam sorrateiramete no meio buliçoso da manada. Só são notados quando as coisas começam a dar raia, o que na maioria das vezes já é tarde para estabilizar a barcaça.
Estaria correcto, e acima de tudo justo, que, se antes de treparem para o cargo ou para o poleiro a que se propõem, lhes fossem feitas provas destinadas avaliar as suas competências científicas e, no caso do professorado, a bitolar também o seu sentido pedagógico, que no ensino é uma qualidade de primordial importância, pois permite ao professor a comunicação do seu saber aos diferentes entenderes - ainda por clivar - que o ouvem.
Tendo em conta que no meio educacional existem muitos nabos e nabiças que são verdadeiras “pérolas” na ministração do ensino, e em vez de instruir apenas se limitam a lambuzar, penso que a lei deve ser mudada nesse sentido, porém, baseada nos parâmetros doutrinais de que a implementação de um regulamento legisla para o futuro.
Ora, a meu ver não faz sentido, no caso presente, apresentar uma lei cuja extensão lambe o tempo e se ostenta com uma execução rectroactivista.
No caso dos professores, todos eles foram autorizados a lecionar em função das leis vigentes na altura em que se candidataram; idealizaram e organizaram as suas vidas em função dos proventos obtidos e agora sai, sob uma forma de prestidigitação, uma lei que obriga àqueles que têm menos de cinco anos de ensino à realização de uma prova para apreçar - e afiançar novamente - as suas competências.
Nããããão! Esta tomada de posição, NA MINHA CABEÇA NÃO CABE.

António Figueiredo e Silva
19/12/2013
www.antoniofigueiredo.pt.vu

Nota: Nunca fui nem sou professor,
ou detentor de qualquer cargo
público ou administrativo.

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