quarta-feira, 28 de julho de 2010

MAN'EL ALEGRE A PRESIDENTE

MAN’EL ALEGRE A PRESIDENTE?!...


Oh, oh, oh!... Seria pior do que mictar na sopa! Creio ainda, apesar das besteiradas que se têm praticado, que os portugueses sabem diferenciar um patriota de um anti-patriota que não olhou onde punha os pés para atingir as suas conveniências. Espero bem, que os portugueses não se deixem adormecer pela sua inspirada lenga-lenga de “trovadoresca” veia.
Lá que tem um verbo sonante e cadenciado, capaz de superar o timbre decibélico de uma vuvuzela, é qualidade que se lhe não pode retirar; de resto, tem sido mais um pescador de oportunidades do que outra coisa. É uma figura que ainda conserva em seu âmago a fibra da “arte” teatral do seu tempo de aluno da Universidade de Coimbra, marca que até hoje lhe tem sido proveitosa, porque lhe permitiu rabear por entre os canaviais da política e cozinhar em diversos “tachos”, acabando, ao que se sabe, com um pecúlio de três mil duzentos e dezanove euros, como aposentado da RDP, onde “trabalhou” um tempito rosnando a favor da guerrilha no Ultramar, a juntar a um auxílio vitalício que vai além dos dois mil euros mensais. Nada mau!? Sempre vale a pena ser actor!... Mas existem muitos idênticos! Somos na verdade um país de “artistas” nas mais diversas áreas e principalmente no espaço que concerne à política, cuja “moléstia” germinou desordenadamente e sem qualidade, após o 25 de Abril de 1974.
É isso que se tem verificado.
O Sr. Man’el Alegre de Melo Duarte, que hoje poderia ser o distinto presidente de um país chamado Ilha de S. Miguel, se o seu plano de “conquista” se tivesse concretizado em 1961, vem agora afigurar-se como candidato à presidência da República Portuguesa, depois de em Argel, onde se auto-exilou, ter sido um fanático porta-voz contra a doutrina deste país no que se referia à guerra no Ultramar e, consequentemente, contra os portugueses. Lamentavelmente varreu-se-lhe da memória marxista que todos aqueles – como eu – que lá andaram e não fugiram, foi num gesto de cidadania e no cumprimento do seu dever.
Pelas competências consignadas na Constituição da República Portuguesa, o Presidente da República é o Chefe Supremo das Forças Armadas. Assim sendo, para que queríamos um presidente que sempre foi contra a “traulitada” quando ela era necessária e imperativa, em defesa dos seus compatriotas? Dá p´ra pensar, não dá?
Quero lembrar, ou antes, avivar a memória, a todos os espoliados ou seus descendentes, que este indivíduo foi uma das vozes que se levantaram em prol da desgraça que no passado atingiu muitos deles, cujas sequelas ainda hoje subsistem. Por isso, quando calmamente se dirigirem à greta das urnas para enfiarem o voto, pensem duas vezes nisto que acabei de dizer.
Man’el Alegre a Presidente da República?!... Oh, oh, oh! Só faltava esta!?
A minha afirmação é: se a recandidatura de Cavaco Silva se concretizar, a guerra já estará perdida e ainda não a peleja começou. Aí, Man’el Alegre poderá arrumar as botas e abalar para carpir o seu desgosto enxergando as areias sideradas pelo sol do deserto argelino a ver os camelos a blaterar; contudo, à sombra de um bom hotel, porque os nossos impostos para isso são suficientes.
Homem que não luta pela sua pátria, por covardia ou por convicção – nesta não acredito - quando a isso é chamado, não merece um pão que nela se possa produzir. Não vale um naco de consideração, por muito pequeno que seja.

António Figueiredo e Silva
Coimbra
www.antoniofigueiredo.pt.vu



Sem comentários:

Enviar um comentário